quinta-feira, 20 de abril de 2017

E o Oscar da Lava-Jato vai pra... mídia!

Por Renata Mielli, no site da Mídia Ninja:

É preciso admitir: a performance da mídia privada nacional é digna de um Oscar.

É verdade que o roteiro não é nada original, mas a construção midiática da narrativa martelada cotidianamente por Globo, Folha, Estadão & cia – de que uma quadrilha de corruptos tomou de assalto o governo, como se nunca antes neste país houvesse qualquer tipo de corrupção – convenceu muita gente.

Escandalizados, os porta-vozes desses veículos de comunicação iniciaram uma verdadeira pregação em defesa da ética e da moral. Se colocaram como defensores de uma depuração, de uma cruzada para dizimar os políticos corruptos.

Neste processo, alçaram à condição de heróis da nação os “caçadores de corruptos”: o Juiz Sérgio Moro virou capa de revista semanal algumas vezes. “Ele salvou o ano”, “O Juiz vê mais longe”...



Terceirização e sua sombra: a corrupção

Por Leomar Daroncho, na revista Caros Amigos:

Viver à sombra do poder e intermediar negócios com Estado, preferencialmente realizando serviços cuja quantificação é de difícil aferição e confrontação é, desde muito cedo, um negócio que rende fortunas no Brasil. A terceirização é uma nova roupa dessa velha prática.

O discurso empresarial de que o Projeto de Lei da terceirização ampla – pendente de sanção presidencial - encaminharia a modernização das relações trabalhistas, “permitindo maior flexibilidade nas formas de contratação e procedimentos mais ágeis e adequados à realidade do setor produtivo”, não encontra sustentação na realidade.

O início do fim do ciclo da Lava-Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Cena 1 – o quadro político atual

Têm-se um presidente, Michel Temer, com 5% de aprovação e com viés de baixa, apresentado a toda Nação como chefe de uma organização corrupta, que há vinte anos chantageia presidentes eleitos. Têm-se, também, o Congresso mais corrupto da história, ambos unidos para enfiar goela abaixo do povo reformas profundamente antissociais.

Além disso, um governo que não tem um plano de voo para recuperar a economia, reeditando práticas da ditadura, de manipulação de índices (https://goo.gl/lZG9Ud) .

Como sabotar a marca "Donald Trump"



Por Naomi Klein, no site Carta Maior:

As ações da United Airlines despencaram após a publicação de imagens de um passageiro sendo retirado à força de um voo com overbooking. A Pepsi retirou do ar um comercial que mostrava policiais e supostos ativistas do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) usando uma lata de refrigerante para fazer as pazes. A rede de TV americana Fox News sofre com a debandada de anunciantes após a revelação de vultosos pagamentos para silenciar as vítimas de assédio sexual praticado pelo apresentador Bill O’Reilly.

Os efeitos da reforma trabalhista de Temer

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O texto da reforma trabalhista do governo Temer conseguiu ser ainda pior do que se imaginava. O relator do projeto na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), ampliou os prejuízos aos direitos dos trabalhadores já previstos no projeto enviado pelo governo ao Congresso, via medida provisória, em dezembro do ano passado. Na prática, o que fez o tucano Marinho foi apenas um “ctrlC + ctrlV” (copiar e colar) das 101 propostas de “modernização” feitas pelos patrões da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Não por acaso, o relatório dele tem 100 propostas e utiliza o mesmo jargão “modernização”, um eufemismo para “precarização”.

Falta uma disciplina na escola: democracia!

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Duas vereadoras paulistanas tiveram seus números de telefone celular divulgados e estão sendo alvo de uma campanha fascista de pressão, com insultos e mensagens em massa, por não apoiarem as teses do tal "Escola sem Partido".

Pelo comportamento daqueles que as estão insultando, pela tática de pressão covarde e anônima adotada, pela covardia de quem divulgou seus números de telefones celulares, dá para adivinhar o partido, não oficial, nem declarado, que está por trás dos ataques: o do fascismo.

Enquanto isso, outro vereador paulistano resolveu dar uma de Dória - a quem apoiou nas eleições - ou seria de Jânio Quadros? - e decidiu invadir e fiscalizar pessoalmente escolas públicas, para verificar o conteúdo das aulas e pressionar professores, no contexto do mesmo "movimento", descaradamente partidário e ideológico - o de impedir - fazendo exatamente o que condena- uma suposta "politização" do ensino.

Um golpe para desmontar o Brasil

Ilustração: Paulo Batista
Editorial do site Vermelho:

Nesta segunda-feira (17) completou um ano o primeiro passo do golpe judicial-midiático-parlamentar de 2016 que afastou a presidenta Dilma.

O golpe de 2016 encerra, na verdade, o ciclo iniciado nos anos 1930, quando o Brasil começou a viver avanços como o desenvolvimento mais intenso e dinâmico e as conquistas dos direitos dos trabalhadores, além de conquistas democráticas. Um dos marcos mais importantes deste ciclo é a Constituição de 1988, que os golpistas tentam desfigurar.

Placar da Previdência: uma arma de pressão


Do jornal Brasil de Fato:

O posicionamento de cada deputado em relação à polêmica reforma da Previdência agora pode ser acessado de forma fácil e rápida por meio do Placar da Previdência. A plataforma, lançada nesta quarta-feira (18), foi criada como "um instrumento de pressão em defesa da aposentadoria e contra a reforma da Previdência", como definem os articuladores da iniciativa – jornalistas, ativistas e hackers da redelivre.org, junto a entidades do movimento popular e sindical.

Golpista atropela na reforma trabalhista

Da Rede Brasil Atual:

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (19), o regime de urgência para o substitutivo ao Projeto de Lei 6.787, que mexe com a legislação trabalhista. Era uma nova tentativa de aprovar a urgência, rejeitada na sessão de ontem, em uma derrota do governo. Desta vez, foram 287 votos a favor, 30 acima do número necessário e 57 a mais do que ontem, e 144 contrários, menos que os da véspera (163).

A base governista tentava votar de qualquer maneira, enquanto a oposição queria mais tempo. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ignorou recurso contra o requerimento de urgência e esticou o prazo para garantir quórum maior do que o da véspera. A estratégia irritou a oposição. "Desse jeito não tem mais relação política aqui dentro", disse o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE). "O governo não pode agir desse jeito, não pode tratorar", acrescentou.

Golpe trabalhista: Maia reedita Cunha

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

A Câmara dos Deputados viu seu presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fazer uma manobra, na noite desta quarta-feira, 19, para conseguir a aprovação de um requerimento que coloca em regime de urgência a proposta de Reforma Trabalhista.

A solicitação já havia sido rejeitada na sessão de terça, 18, quando o governo não conseguiu os 257 votos necessários para a aprovação. Mas, um dia depois, foi colocada em votação novamente e acabou sendo aprovada, por 287 votos a 144. O embuste era algo conhecido da gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – ex-presidente da Câmara condenado a 15 anos de prisão.