sexta-feira, 16 de junho de 2017
O "deus-mercado" já se cansou de Temer
Por Marcelo P. F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
No último dia 12 de junho os porta-vozes do “mercado” pareciam indicar que estão rompendo definitivamente o namoro com governo Temer. Depois de algumas semanas discutindo a relação, a depender das notícias estampadas nos jornais no dia dos namorados (veja aqui, aqui ou aqui) a teimosia de Temer em se agarrar ao cargo já faz cair ainda mais as projeções econômicas, com várias instituições revendo os seus números para baixo.
As cem cabeças do mercado que compõe o Boletim Focus, por exemplo, que até aqui pareciam insensíveis ao terremoto causado pelas delações da JBS, reduziram suas projeções de crescimento do PIB em 2017 de 0,5% para 0,41% em apenas uma semana, aparentemente atormentadas pela ideia de um presidente moribundo que parece disposto a se manter no poder a qualquer custo e assim evitar sua própria prisão.
No último dia 12 de junho os porta-vozes do “mercado” pareciam indicar que estão rompendo definitivamente o namoro com governo Temer. Depois de algumas semanas discutindo a relação, a depender das notícias estampadas nos jornais no dia dos namorados (veja aqui, aqui ou aqui) a teimosia de Temer em se agarrar ao cargo já faz cair ainda mais as projeções econômicas, com várias instituições revendo os seus números para baixo.
As cem cabeças do mercado que compõe o Boletim Focus, por exemplo, que até aqui pareciam insensíveis ao terremoto causado pelas delações da JBS, reduziram suas projeções de crescimento do PIB em 2017 de 0,5% para 0,41% em apenas uma semana, aparentemente atormentadas pela ideia de um presidente moribundo que parece disposto a se manter no poder a qualquer custo e assim evitar sua própria prisão.
Crise persiste e derruba a arrecadação
Editorial do site Vermelho:
Há uma enorme contradição no noticiário divulgado pela mídia que patrocinou o golpe de Estado de 2016. São notícias que revelam uma verdadeira torcida em torno de informações “positivas” irreais, de que o Brasil estaria saindo da grave recessão em que foi colocado nos últimos dois anos, agravada pelas medidas reacionárias da dupla Michel Temer/Henrique Meireles. E que seria superada por um discreto crescimento do PIB este ano – menos de 1% – e cerca de 2% em 2018, apostam alguns analistas.
Esse “otimismo” é desmentido diariamente pelas notícias que mostram o aumento no desemprego e queda na arrecadação pública.
Há uma enorme contradição no noticiário divulgado pela mídia que patrocinou o golpe de Estado de 2016. São notícias que revelam uma verdadeira torcida em torno de informações “positivas” irreais, de que o Brasil estaria saindo da grave recessão em que foi colocado nos últimos dois anos, agravada pelas medidas reacionárias da dupla Michel Temer/Henrique Meireles. E que seria superada por um discreto crescimento do PIB este ano – menos de 1% – e cerca de 2% em 2018, apostam alguns analistas.
Esse “otimismo” é desmentido diariamente pelas notícias que mostram o aumento no desemprego e queda na arrecadação pública.
Temer anuncia fim das Farmácias Populares
Por Aristóteles Cardona Júnior, no jornal Brasil de Fato:
Hoje o Brasil vive uma grande farsa: Michel Temer, o homem que ocupa o cargo de Presidente sem ter sido eleito, finge governar o Brasil. E enquanto ele ainda consegue fingir, temos visto a classe exploradora atacar os direitos do povo de uma forma muito rápida. De uma forma nunca antes vista por estas bandas de cá. Nem mesmo Fernando Henrique Cardoso foi tão agressivo e odiava tanto o Brasil como Temer, e seus comparsas, têm demonstrado desde que deram um golpe e tomaram o governo.
E o ataque aos direitos estão sendo tocados em várias frentes: tentativa de pôr fim à aposentadoria e às garantias trabalhistas, fim do financiamento de habitação para a população mais pobre em nosso país, entre outras. Na saúde, infelizmente, não é diferente. Desde que Temer assumiu, nosso SUS não tem tido um dia de descanso.
Hoje o Brasil vive uma grande farsa: Michel Temer, o homem que ocupa o cargo de Presidente sem ter sido eleito, finge governar o Brasil. E enquanto ele ainda consegue fingir, temos visto a classe exploradora atacar os direitos do povo de uma forma muito rápida. De uma forma nunca antes vista por estas bandas de cá. Nem mesmo Fernando Henrique Cardoso foi tão agressivo e odiava tanto o Brasil como Temer, e seus comparsas, têm demonstrado desde que deram um golpe e tomaram o governo.
E o ataque aos direitos estão sendo tocados em várias frentes: tentativa de pôr fim à aposentadoria e às garantias trabalhistas, fim do financiamento de habitação para a população mais pobre em nosso país, entre outras. Na saúde, infelizmente, não é diferente. Desde que Temer assumiu, nosso SUS não tem tido um dia de descanso.
Suor e sangue na América Latina
Por Euzébio Jorge, no site da UJS:
A América Latina se defronta com a crise do capitalismo mundial ao seu jeito. Não me refiro aqui a também histórica usurpação do sangue, do suor e das riquezas naturais que sempre sustentaram o capitalismo mundial em períodos de crise e bonança. Refiro-me a incontestável capacidade dos latino-americanos das classes subalternas – originários ou trazidos nos porões dos navios – de resistirem com uma bravura que tende a questionar a sensatez.
Porém, a própria razão é capaz de reafirmar o que foi dito há mais de um século: os despossuídos não têm nada a perder. Como pode ser observado no “livro maldito” de Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latina, a interconexão dos países latinos se reafirma século pós século, mesmo antes das invasões espanhola e portuguesa no “novo mundo”. Povos Incas, Maias, Astecas, Guaranis já tinham costurado o continente com as linhas inquebrantáveis de nossa história social, econômica e política.
Porém, a própria razão é capaz de reafirmar o que foi dito há mais de um século: os despossuídos não têm nada a perder. Como pode ser observado no “livro maldito” de Eduardo Galeano, As Veias Abertas da América Latina, a interconexão dos países latinos se reafirma século pós século, mesmo antes das invasões espanhola e portuguesa no “novo mundo”. Povos Incas, Maias, Astecas, Guaranis já tinham costurado o continente com as linhas inquebrantáveis de nossa história social, econômica e política.
Temer e a soberania ameaçada
Por Celso Amorim, na revista CartaCapital:
Não é só no terreno das medidas internas (como Previdência Social, relações trabalhistas e investimentos sociais) que a desmontagem do que resta de um projeto de desenvolvimento autônomo e inclusivo do Brasil está sendo levada a cabo por um governo que carece da legitimidade que só o voto do povo pode conferir.
Dois fatos recentemente noticiados, sem muita análise, têm o potencial de afetar de maneira significativa a visão que até hoje prevaleceu sobre a inserção do Brasil no contexto global e regional. Comecemos pelo mais simples. Segundo relatos, sempre esparsos e desprovidos de detalhes, estariam programados (ou já em curso) exercícios militares envolvendo alguns de nossos vizinhos, além de Panamá e Estados Unidos.
Dois fatos recentemente noticiados, sem muita análise, têm o potencial de afetar de maneira significativa a visão que até hoje prevaleceu sobre a inserção do Brasil no contexto global e regional. Comecemos pelo mais simples. Segundo relatos, sempre esparsos e desprovidos de detalhes, estariam programados (ou já em curso) exercícios militares envolvendo alguns de nossos vizinhos, além de Panamá e Estados Unidos.
Lanceiros Negros e as atrocidades no RS
Foto: Fabiano do Amaral |
A atrocidade da Brigada Militar [BM] na desocupação do movimento Lanceiros Negros é triplamente abominável.
1. O edifício de propriedade do governo do Estado, localizado no centro de Porto Alegre, foi ocupado pelos Lanceiros Negros em novembro de 2015. Antes disso, por 10 anos este imóvel estatal ficou sem uso e abandonado.
Naquele edifício, dos Lanceiros Negros, convertido num lugar-movimento e transformado numa escola de vida e política, mais de 170 jovens constituíram famílias, geraram as crianças que recém nasceram [ali residia inclusive um bebê de 30 dias], montaram uma biblioteca para si e para seus filhos, definiram regras comunitárias e processos democráticos de deliberação, se integraram com dignidade e respeito à vida no bairro, se tornaram personagens do centro da cidade, enfim, se fizeram luzes indicadoras de que a reurbanização do centro histórico da cidade só é possível quando acolhe e integra com humanidade na sua paisagem o povo simples e trabalhador.
O fantasma do coronel assombra Temer
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A Folha de S. Paulo, hoje, dá manchete e materialidade a tudo o que foi dito na noite de terça-feira pelo Jornal Nacional.
Escalou um de seus melhores repórteres, Mario Cesar Carvalho, para “correr atrás” da matéria da Globo e ele trouxe os dados concretos, com valores até aos centavos.
Um e-mail rasgado, com a cobrança de R$ 44.394,42 à arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do agora famoso coronel João Baptista Lima Filho, o amigo de Temer citado na delação da JBS como “apanhador” de uma propina vice-presidencial de R$ 1 milhão.
A Folha de S. Paulo, hoje, dá manchete e materialidade a tudo o que foi dito na noite de terça-feira pelo Jornal Nacional.
Escalou um de seus melhores repórteres, Mario Cesar Carvalho, para “correr atrás” da matéria da Globo e ele trouxe os dados concretos, com valores até aos centavos.
Um e-mail rasgado, com a cobrança de R$ 44.394,42 à arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do agora famoso coronel João Baptista Lima Filho, o amigo de Temer citado na delação da JBS como “apanhador” de uma propina vice-presidencial de R$ 1 milhão.
A barafunda institucional do pós-Temer
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A Constituição de 1988 foi um oásis em um país que conviveu pouquíssimos períodos de democracia plena. Foi uma construção, com princípios sólidos, propostas socialmente modernas, mas fincada na areia e sustentada por uma única pilastra: a capacidade de articulação do Executivo.
Em períodos de normalidade democrática, funcionou pela inércia, especialmente nas relações entre Poderes. O presidente da República sabia como tratar com o Presidente do Supremo, que sabia como tratar com o Procurador Geral da República, que sabia como tratar com o STJ e vice-versa. Mas o eixo central era a Presidência da República.
Ora, o que avaliza a consistência democrática de um país são os testes de stress.
A Constituição de 1988 foi um oásis em um país que conviveu pouquíssimos períodos de democracia plena. Foi uma construção, com princípios sólidos, propostas socialmente modernas, mas fincada na areia e sustentada por uma única pilastra: a capacidade de articulação do Executivo.
Em períodos de normalidade democrática, funcionou pela inércia, especialmente nas relações entre Poderes. O presidente da República sabia como tratar com o Presidente do Supremo, que sabia como tratar com o Procurador Geral da República, que sabia como tratar com o STJ e vice-versa. Mas o eixo central era a Presidência da República.
Ora, o que avaliza a consistência democrática de um país são os testes de stress.
A suspeita vida de rico de FHC em Paris
Em abril de 2003, a revista Viagem e Turismo, da Editora Abril, publicou uma reportagem sobre um personagem e um lugar que viraram quase sinônimos um do outro: Fernando Henrique Cardoso e Paris.
O ex-presidente falou sobre sua vida na capital francesa, inclusive dando detalhes do apartamento na Avenue Foch, endereço dos ricos e de poderosos como Idi Amin Dada.
Nestes dias em que o “triplex do Lula no Guarujá” e “o sítio do Lula em Atibaia” causam indignação (fingida), é cada vez mais curioso notar como nenhuma sobrancelha na mídia nunca se levantou por causa do apê.