Imagem: Revista Forum |
A Band, da falida e deprimente famiglia Saad, chegou a antecipar o resultado do “julgamento” no Tribunal Regional Federal da 4ª Região em seis horas: 3 a 0, “Lula é condenado por unanimidade”. Não foi uma simples mancada do seu departamento de “jornalismo”. Todos já sabiam que a sessão no TRF-4 era um jogo de cartas marcadas. O golpe dos corruptos, que depôs a presidenta Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, não estaria completo sem o impedimento legal do líder petista, que aparece disparado nas sondagens de intenção de votos. A decisão dos “juízes”, porém, não significa o fim nem o esmorecimento da luta pela democracia no Brasil. A tendência é que ela se radicalize nos próximos meses.
Como argumenta em seu blog o jornalista Kennedy Alencar, “a guerra judicial e eleitoral de Lula ainda será longa”. Além dos vários recursos jurídicos disponíveis, a prioridade estará nas ações políticas. O PT já havia decidido registrar a candidatura de Lula até o prazo final previsto em lei, 15 de agosto, mesmo com a sua condenação. “Na prática, só a partir do registro podem incidir os efeitos da Lei da Ficha Limpa... O PT apostará na radicalização na opção por levar a candidatura presidencial de Lula às últimas consequências por avaliar que não tem alternativa melhor. O partido foi apeado do poder com o impeachment de Dilma. Lula é sua maior esperança de sucesso eleitoral. Por isso, faz sentido político radicalizar a fim de tentar viabilizar a candidatura do petista. Estender a guerra judicial é estratégico para o sucesso desse plano”.
Lula já planeja novas caravanas pelo Brasil. A próxima será na região Sul, a partir de São Borja (RS), o simbólico local onde nasceu e está enterrado o líder trabalhista Getúlio Vargas. Nos próximos dias, o sindicalismo deverá intensificar suas ações contra a aprovação da contrarreforma da Previdência – que, afirmam os abutres financeiros e a mídia privatista, ganhou novo folego com a condenação do ex-presidente. As centrais sindicais já anteciparam a proposta de nova greve geral, afirmando que o Brasil vai parar contra o fim da aposentadoria. O clima de radicalização vai se intensificar no período. Já os movimentos sociais, reunidos nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, prometem novas manifestações em defesa da democracia e refirmam que “eleição sem Lula é fraude”.
O dia 24 de janeiro, com a farsa do “julgamento” no TRF-4, marcou uma etapa, mas não encerrou o confronto. Muito pelo contrário! A luta de classes no país agora está ainda mais escancarada – desmentindo muitos que no passado previram o seu fim!
Eu acho que a luta precisa radicalizar ou os golpistas conseguem acabar com a previdência - Meu email está cheio de propaganda de planos de saúde privado- como fizeram com a reforma trabalhista. Eu não vejo nenhuma possibilidade de radicalização sem os trabalhadores/as, por outro lado, não há organização sindical e mobilização em condições de dar resposta a altura, pelo menos uma greve geral que dure mais de um dia.
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