Por Altamiro Borges
O Jornal do Brasil informa que “o Ministério Público de São Paulo investiga um bloco de Carnaval, programado para desfilar no dia 10 de fevereiro, que faz apologia à ditadura e tem o nome de ‘Porão do Dops’, em alusão ao extinto Departamento de Ordem Política e Social, acusado de promover sessões de tortura no regime militar do Brasil. O evento está sendo divulgado pela página do Facebook ‘Direita São Paulo’ e traz no convite a imagem do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015 e ex-chefe do DOI-CODI, um dos centros de tortura”. O convite macabro e a ficha corrida da seita fascista justificam a decisão do MPSP. Mais do que isto: justificariam enviar os “sambistas” aloprados para desfilar na cadeia!
O grupelho “Direita São Paulo” ganhou projeção na cavalgada golpista que resultou no impeachment de Dilma Rousseff e na chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer. No seu extremismo doentio, pedia intervenção militar e a volta da ditadura. Na sequência, ele passou a fazer pregação da censura e da chamada “escola sem partido” e tornou-se um ativo participante da campanha presidencial do fascista Jair Bolsonaro. Na descrição do bloco, a seita rosna: “Se você é anticomunista, não pode perder! Venham à caça, soldados!”. O convite diz que “haverá cerveja, carne e marchinhas opressoras” e apresenta algumas paródias: “Você pensa que bandido é gente/ bandido não é gente não/ bandido bom tá descansando/ deitado em um caixão”.
A provocação do grupelho fascista já gerou reações na sociedade. A vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) já anunciou que tomará medidas contra o bloco. “Não há nada de engraçado nisso. Tampouco isto tem a ver com carnaval. Nossa legislação é clara em definir como crime a apologia à tortura e a incitação à violência. Sou membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e, junto à minha equipe jurídica, vou tomar as medidas contra esse evento bizarro, essa atrocidade, essa provocação contra a cidade de São Paulo que meia dúzia de reacionários estão querendo fazer, justamente, em meio ao carnaval”.
O dono do restaurante na Lapa onde estava marcada a “concentração” da seita também reagiu em comunicado à sociedade: “A todos os clientes e amigos, não sediaremos qualquer evento político em nosso estabelecimento. A nossa primeira missão é servir bem a comunidade, e quando a comunidade não está bem, nós também não estamos. Pedimos desculpas a todos. O evento foi cancelado e todas as providências já foram tomadas. Não apoiamos a violência, o preconceito ou quaisquer outras condutas relativas em nosso estabelecimento. Novamente pedimos desculpas pelo nosso erro”.
Em tempo: Recentemente, na Alemanha, a polícia prendeu vários malucos que faziam saudações nazistas e discursos de ódio e de violência contra os imigrantes. Em algumas localidades, os trogloditas inclusive levaram uns safanões de populares. Caso não dê para manter o bloco “Porão do Dops”, os fascistas nativos poderiam montar um outro na Alemanha – “Campos de concentração do Hitler” – para ver o que é bom para a tosse!
*****
Leia também:
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O Jornal do Brasil informa que “o Ministério Público de São Paulo investiga um bloco de Carnaval, programado para desfilar no dia 10 de fevereiro, que faz apologia à ditadura e tem o nome de ‘Porão do Dops’, em alusão ao extinto Departamento de Ordem Política e Social, acusado de promover sessões de tortura no regime militar do Brasil. O evento está sendo divulgado pela página do Facebook ‘Direita São Paulo’ e traz no convite a imagem do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015 e ex-chefe do DOI-CODI, um dos centros de tortura”. O convite macabro e a ficha corrida da seita fascista justificam a decisão do MPSP. Mais do que isto: justificariam enviar os “sambistas” aloprados para desfilar na cadeia!
O grupelho “Direita São Paulo” ganhou projeção na cavalgada golpista que resultou no impeachment de Dilma Rousseff e na chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer. No seu extremismo doentio, pedia intervenção militar e a volta da ditadura. Na sequência, ele passou a fazer pregação da censura e da chamada “escola sem partido” e tornou-se um ativo participante da campanha presidencial do fascista Jair Bolsonaro. Na descrição do bloco, a seita rosna: “Se você é anticomunista, não pode perder! Venham à caça, soldados!”. O convite diz que “haverá cerveja, carne e marchinhas opressoras” e apresenta algumas paródias: “Você pensa que bandido é gente/ bandido não é gente não/ bandido bom tá descansando/ deitado em um caixão”.
A provocação do grupelho fascista já gerou reações na sociedade. A vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) já anunciou que tomará medidas contra o bloco. “Não há nada de engraçado nisso. Tampouco isto tem a ver com carnaval. Nossa legislação é clara em definir como crime a apologia à tortura e a incitação à violência. Sou membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e, junto à minha equipe jurídica, vou tomar as medidas contra esse evento bizarro, essa atrocidade, essa provocação contra a cidade de São Paulo que meia dúzia de reacionários estão querendo fazer, justamente, em meio ao carnaval”.
O dono do restaurante na Lapa onde estava marcada a “concentração” da seita também reagiu em comunicado à sociedade: “A todos os clientes e amigos, não sediaremos qualquer evento político em nosso estabelecimento. A nossa primeira missão é servir bem a comunidade, e quando a comunidade não está bem, nós também não estamos. Pedimos desculpas a todos. O evento foi cancelado e todas as providências já foram tomadas. Não apoiamos a violência, o preconceito ou quaisquer outras condutas relativas em nosso estabelecimento. Novamente pedimos desculpas pelo nosso erro”.
Em tempo: Recentemente, na Alemanha, a polícia prendeu vários malucos que faziam saudações nazistas e discursos de ódio e de violência contra os imigrantes. Em algumas localidades, os trogloditas inclusive levaram uns safanões de populares. Caso não dê para manter o bloco “Porão do Dops”, os fascistas nativos poderiam montar um outro na Alemanha – “Campos de concentração do Hitler” – para ver o que é bom para a tosse!
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