Por Altamiro Borges
O ex-executivo do BankBoston e da JBS, Henrique Meirelles, apresentou nos últimos dias forte viés de baixa. Queridinho do “deus-mercado” para disputar as eleições presidenciais deste ano, o czar da economia do covil golpista não consegue empolgar. Apesar da intensa exposição midiática, ele aparece com apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto. Para piorar, o candidato dos abutres financeiros é vítima de várias punhaladas. Em entrevista à Folha na sexta-feira (5), o próprio chefão do PSD, o camaleônico Gilberto Kassab, “cristalizou em aliados de Henrique Meirelles (Fazenda) a sensação de que há risco de ele ficar sem partido para disputar a Presidência. O fundador do PSD externou o que já dizia em privado: o correligionário não é sua única aposta eleitoral”.
Para se viabilizar como candidato da direita – já que a vaga da extrema-direita foi ocupada pelo fascista Jair Bolsonaro –, o rentista precisa desalojar concorrentes pesados. Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo, não está disposto a recuar – apesar da sua também minguada intenção de voto. Nos últimos dias, ele reforçou as negociações – ou negociatas – para atrair aliados. Seu maior objeto de desejo é o DEM, que sempre foi um apêndice do PSDB. Geraldo Alckmin se reuniu com os dois chefões da sigla (Rodrigo Maia e ACM Neto) e inclusive sinalizou que está disposto a ceder a vaga de vice em sua chapa aos demos. A iniciativa pode isolar ainda mais Henrique Meirelles, que apostava todas suas fichas no DEM, deixando-o pendurado na brocha.
Sem o apoio do PSDB e do DEM – que ainda estuda se apoia Geraldo Alckmin ou lança a candidatura própria de Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal –, o czar da economia pode ficar sem palanque em vários Estados e, pior, sem um tempo competitivo no horário eleitoral de rádio e televisão. Sobra a alternativa do MDB, mas vários caciques desta legenda já manifestaram que não embarcarão numa canoa furada. O “quadrilhão” que comanda a legenda e assaltou o Palácio do Planalto tem faro para as eleições e não costuma rasgar dinheiro – nem aquele encontrado no bunker de Geddel Vieira em Salvador.
O forte viés de baixa do rentista já foi captado pela mídia chapa-branca. “O projeto de Henrique Meirelles é se lançar à presidência como ‘candidato do governo’ e obter o apoio automático das siglas que ocupam cargos na gestão de Temer, mas o ministro patina nas articulações até dentro de seu partido. Ele confidenciou a aliados que teme ser rifado pelo PSD. O ministro marca só 1% das intenções de voto e, por isso, a legenda poderia apoiar outro candidato, em busca de se manter no poder em 2019. Como plano B, Meirelles procurou o DEM e o MDB para insinuar que seu nome está à disposição dessas siglas para encabeçar uma chapa presidencial”, relata Bruno Boghossian, em artigo publicado na Folha quarta-feira (3).
Diante da dificuldade política – que se soma à frustração dos que apostaram numa “recuperação instantânea” da economia –, o ministro da Fazenda resolveu apelar para Deus. Segundo uma cômica postagem da revista Época, agora ele resolveu “pregar” nos templos. “Henrique Meirelles (PSD) disse na noite de sexta-feira (5) em discurso de pouco mais de seis minutos para fiéis da igreja evangélica Sara Nossa Terra, em Brasília, que ‘fez algumas coisas básicas’ para colocar a economia ‘em ordem’. Ao subir ao palco montado em um pavilhão, foi apresentado por Flávio Rocha, presidente do grupo Riachuelo, como o responsável pelo ‘maravilhoso milagre da economia brasileira’... Sem citar o presidente Michel Temer, Meirelles afirmou que foi graças ao seu trabalho à frente da Fazenda que ‘saímos da maior crise da história do Brasil’”.
Será que até os crentes mais fanáticos, que vivenciam o aumento do desemprego e da pobreza, acreditam na “pregação religiosa” do representante dos abutres financeiros?
*****
Leia também:
- Rejeição de Temer atropela Meirelles
- A corrupção do BankBoston. Meirelles sabia?
- A ausência de Meirelles na delação da JBS
- 'Época' tenta esconder Meirelles
- Kishiyama, a ponte Meirelles-Bahamas?
- Meirelles, o lobista, detonou a economia
- Globo já descarta o “companheiro” Meirelles
- Meirelles, um “presidenciável” do Caribe
- Henrique Meirelles e Consenso de Washington
- Economia afunda e Temer “frita” Meirelles
O ex-executivo do BankBoston e da JBS, Henrique Meirelles, apresentou nos últimos dias forte viés de baixa. Queridinho do “deus-mercado” para disputar as eleições presidenciais deste ano, o czar da economia do covil golpista não consegue empolgar. Apesar da intensa exposição midiática, ele aparece com apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto. Para piorar, o candidato dos abutres financeiros é vítima de várias punhaladas. Em entrevista à Folha na sexta-feira (5), o próprio chefão do PSD, o camaleônico Gilberto Kassab, “cristalizou em aliados de Henrique Meirelles (Fazenda) a sensação de que há risco de ele ficar sem partido para disputar a Presidência. O fundador do PSD externou o que já dizia em privado: o correligionário não é sua única aposta eleitoral”.
Para se viabilizar como candidato da direita – já que a vaga da extrema-direita foi ocupada pelo fascista Jair Bolsonaro –, o rentista precisa desalojar concorrentes pesados. Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo, não está disposto a recuar – apesar da sua também minguada intenção de voto. Nos últimos dias, ele reforçou as negociações – ou negociatas – para atrair aliados. Seu maior objeto de desejo é o DEM, que sempre foi um apêndice do PSDB. Geraldo Alckmin se reuniu com os dois chefões da sigla (Rodrigo Maia e ACM Neto) e inclusive sinalizou que está disposto a ceder a vaga de vice em sua chapa aos demos. A iniciativa pode isolar ainda mais Henrique Meirelles, que apostava todas suas fichas no DEM, deixando-o pendurado na brocha.
Sem o apoio do PSDB e do DEM – que ainda estuda se apoia Geraldo Alckmin ou lança a candidatura própria de Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal –, o czar da economia pode ficar sem palanque em vários Estados e, pior, sem um tempo competitivo no horário eleitoral de rádio e televisão. Sobra a alternativa do MDB, mas vários caciques desta legenda já manifestaram que não embarcarão numa canoa furada. O “quadrilhão” que comanda a legenda e assaltou o Palácio do Planalto tem faro para as eleições e não costuma rasgar dinheiro – nem aquele encontrado no bunker de Geddel Vieira em Salvador.
O forte viés de baixa do rentista já foi captado pela mídia chapa-branca. “O projeto de Henrique Meirelles é se lançar à presidência como ‘candidato do governo’ e obter o apoio automático das siglas que ocupam cargos na gestão de Temer, mas o ministro patina nas articulações até dentro de seu partido. Ele confidenciou a aliados que teme ser rifado pelo PSD. O ministro marca só 1% das intenções de voto e, por isso, a legenda poderia apoiar outro candidato, em busca de se manter no poder em 2019. Como plano B, Meirelles procurou o DEM e o MDB para insinuar que seu nome está à disposição dessas siglas para encabeçar uma chapa presidencial”, relata Bruno Boghossian, em artigo publicado na Folha quarta-feira (3).
Diante da dificuldade política – que se soma à frustração dos que apostaram numa “recuperação instantânea” da economia –, o ministro da Fazenda resolveu apelar para Deus. Segundo uma cômica postagem da revista Época, agora ele resolveu “pregar” nos templos. “Henrique Meirelles (PSD) disse na noite de sexta-feira (5) em discurso de pouco mais de seis minutos para fiéis da igreja evangélica Sara Nossa Terra, em Brasília, que ‘fez algumas coisas básicas’ para colocar a economia ‘em ordem’. Ao subir ao palco montado em um pavilhão, foi apresentado por Flávio Rocha, presidente do grupo Riachuelo, como o responsável pelo ‘maravilhoso milagre da economia brasileira’... Sem citar o presidente Michel Temer, Meirelles afirmou que foi graças ao seu trabalho à frente da Fazenda que ‘saímos da maior crise da história do Brasil’”.
Será que até os crentes mais fanáticos, que vivenciam o aumento do desemprego e da pobreza, acreditam na “pregação religiosa” do representante dos abutres financeiros?
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Parabens Miro,pela correta análise. Este Meireles é pior do que se pensava.Como pode um homem com o curriculum que ostenta cair num ridículo desses. Pleitear a Presidencia da República com 1% de intencao ? Acho que ele pensou assim: "Se o Temer conseguiu ser Presidente, por que eu nao posso ser ? Afinal sou eu quem governa o País e ainda tenho que aceitar a corrupcao e gastanca dele"
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