Por Altamiro Borges
O desastre do “vampirão” Michel Temer, atestado em todas as pesquisas de opinião, está espantando os aliados de primeiro hora do golpe dos corruptos – ou, em termos mais populares, está afugentando os ratos do navio à deriva. Eles temem ser escorraçados nas eleições deste ano. Recentemente, o PSDB do “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin anunciou sua saída do covil golpista, apesar dos protestos do cambaleante Aécio Neves. Na prática, como já virou folclore, o partido manteve-se em cima do muro. Saiu, mas está dentro – apoiando a agenda regressiva do usurpador e mantendo no cargo o “sinistro” e sumido Aloysio Nunes. Agora, são os demos de Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal, que ameaçam abandonar o “vampirão”.
Segundo artigo de Bruno Boghossian, publicado na Folha neste domingo (25), “a cúpula do DEM começa a discutir os termos de seu desembarque do governo Michel Temer daqui a duas semanas, depois da convenção partidária marcada para o 8 de março. Na ocasião, a sigla lançará Rodrigo Maia como pré-candidato à Presidência, em um caminho que deve ser traçado a partir do distanciamento gradual em relação ao Palácio do Planalto. Não haverá rompimento, ataques ou comportamento de oposição – e nem poderia haver. O partido foi sócio do impeachment que levou Temer ao poder e colaborou com a implantação de sua agenda econômica, o que elimina a credibilidade de uma mudança brusca de posição”.
Mas o desembarque pode complicar ainda mais os planos continuístas da quadrilha que assaltou o poder. A midiática intervenção militar no Rio de Janeiro, que visou unicamente alterar a agenda política – da derrota na contrarreforma da Previdência para o inflamável debate sobre a segurança pública –, parece que não convenceu os demos. Oportunistas históricos, eles não acreditam na recuperação do atual governo. Como afirma a Folha, “os que os caciques do DEM debatem é uma fórmula segura para reduzir a contaminação que a enorme impopularidade do presidente deve ter na campanha eleitoral. Os dirigentes estão convencidos de que Rodrigo Maia e outros candidatos da sigla pelo Brasil só serão viáveis se estiverem desvinculados do patrocínio do governo”.
Aos poucos, como já era previsto, Michel Temer vai ficando isolado com seus fantasmas no Palácio do Planalto. Ele terá mais dificuldades para aprovar suas maldades, ficará empacado e ainda reforçará o discurso da oposição. Se bobear, a ideia de que deve ser preso por seus inúmeros crimes pode crescer – inclusive na mídia chapa-branca, que garfou tanta grana em publicidade do governo. A vida é cruel, inclusive para o Judas!
*****
Leia também:
- Maia e Meirelles vão peitar Temer?
- O pano de fundo da intervenção no RJ
- O poder enlouqueceu a turma de Temer?
- Temer está certo: intervenção foi “jogada”
- Nova pauta de Temer tem tudo para fracassar
- Intervenção no RJ e a interrogação militar
O desastre do “vampirão” Michel Temer, atestado em todas as pesquisas de opinião, está espantando os aliados de primeiro hora do golpe dos corruptos – ou, em termos mais populares, está afugentando os ratos do navio à deriva. Eles temem ser escorraçados nas eleições deste ano. Recentemente, o PSDB do “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin anunciou sua saída do covil golpista, apesar dos protestos do cambaleante Aécio Neves. Na prática, como já virou folclore, o partido manteve-se em cima do muro. Saiu, mas está dentro – apoiando a agenda regressiva do usurpador e mantendo no cargo o “sinistro” e sumido Aloysio Nunes. Agora, são os demos de Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal, que ameaçam abandonar o “vampirão”.
Segundo artigo de Bruno Boghossian, publicado na Folha neste domingo (25), “a cúpula do DEM começa a discutir os termos de seu desembarque do governo Michel Temer daqui a duas semanas, depois da convenção partidária marcada para o 8 de março. Na ocasião, a sigla lançará Rodrigo Maia como pré-candidato à Presidência, em um caminho que deve ser traçado a partir do distanciamento gradual em relação ao Palácio do Planalto. Não haverá rompimento, ataques ou comportamento de oposição – e nem poderia haver. O partido foi sócio do impeachment que levou Temer ao poder e colaborou com a implantação de sua agenda econômica, o que elimina a credibilidade de uma mudança brusca de posição”.
Mas o desembarque pode complicar ainda mais os planos continuístas da quadrilha que assaltou o poder. A midiática intervenção militar no Rio de Janeiro, que visou unicamente alterar a agenda política – da derrota na contrarreforma da Previdência para o inflamável debate sobre a segurança pública –, parece que não convenceu os demos. Oportunistas históricos, eles não acreditam na recuperação do atual governo. Como afirma a Folha, “os que os caciques do DEM debatem é uma fórmula segura para reduzir a contaminação que a enorme impopularidade do presidente deve ter na campanha eleitoral. Os dirigentes estão convencidos de que Rodrigo Maia e outros candidatos da sigla pelo Brasil só serão viáveis se estiverem desvinculados do patrocínio do governo”.
Aos poucos, como já era previsto, Michel Temer vai ficando isolado com seus fantasmas no Palácio do Planalto. Ele terá mais dificuldades para aprovar suas maldades, ficará empacado e ainda reforçará o discurso da oposição. Se bobear, a ideia de que deve ser preso por seus inúmeros crimes pode crescer – inclusive na mídia chapa-branca, que garfou tanta grana em publicidade do governo. A vida é cruel, inclusive para o Judas!
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