Notícias recentes revelam que, depois do setor de óleo e gás e construção civil, desmantelados ou desnacionalizados a toque de caixa nos últimos meses, a preço vil, a vítima da vez é o setor siderúrgico, o último bastião onde o capital brasileiro ainda tinha alguma participação.
A Votorantim está sendo vendida para a ArcelorMittal, a maior corporação do mundo no setor de aço.
O parque eólico do Ceará, que tinha participação do BB e da Votorantim, e que foi financiado com dinheiro público, está sendo posto à venda.
Por fim, a Gerdau começa a se desfazer de seus ativos mais importantes. Notícia do Valor de hoje informa que a empresa vendeu duas importantes usinas hidrelétricas à canadense Kinross. Há pouco, a Gerdau já havia vendido usinas de produção de peças de aço para a americana Commercial Metals Company.
Os ativos mais estratégicos do país, ligados a infraestrutura, financiados ao longo dos últimos cinquenta anos com generosos emprestimos públicos, estão sendo entregues a preços vis ao capital internacional.
CSN e Usiminas também enfrentam fortes problemas financeiros, em razão da queda na demanda provocada pela operação Lava Jato, e devem ser vendidas a estrangeiros.
A notícia abaixo informa ainda que as participações das empresas brasileiras em ativos externos também estão sendo vendidas.
Lembrem-se que Odebrecht e Petrobras, vitimadas pela Lava Jato, já venderam (e ainda estão vendendo) muitos de seus mais importantes ativos a corporações estrangeiras.
Isso significa que a transferência de lucros, dividendos e empregos para o exterior irá aumentar muito nos próximos meses e anos, e o país ficará mais pobre, mais dependente e menos soberano.
Apenas países invadidos por exércitos estrangeiros testemunharam um processo de desnacionalização tão rápido, brutal e lesivo aos interesses nacionais.
Falta ainda um setor a ser desmontado: os servicos de TI.
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