Por Altamiro Borges
Em mais um gesto truculento de abuso de poder, a Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (8) o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), condenado na segunda instância da Justiça a cinco anos e três meses por dispensa irregular de licitação quando foi prefeito de Pinhalzinho (SC). A detenção ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A PF identificou que o parlamentar, que estava nos EUA, fez uma alteração na sua passagem, mudando o destino final do Brasil para Paraguai. Como na segunda-feira (12) a execução da pena estaria prescrita, o “sinistro” Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a inclusão do nome do deputado na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
A prisão de João Rodrigues traz inúmeros riscos à democracia. Ela evidencia que a “ditadura da toga” ganha espaços, impondo um Estado de Exceção no país. Para muitos analistas, a postura do tucano Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer ao STF, serve de recado ao ex-presidente Lula, que também foi condenado em segunda instância. Por outro lado, a detenção do parlamentar do PSD de Gilberto Kassab é uma ironia da história. O deputado sempre bajulou os “justiceiros” da Lava-Jato e do Judiciário. Hipócrita, adorava posar de vestal da ética e participou da campanha midiática “Tchau, querida”, que defendia o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, deram um “tchau” ao picareta!
João Rodrigues é um golpista convicto e um direitista militante. Nas redes sociais, o valentão prega a redução da maioridade penal, a pena de morte e a liberação do porte de armas de fogo. Ele também gosta de postar selfies com celebridades, como o jogador Neymar Junior. O deputado, que é membro das bancadas da bala e do boi (ruralista), já se envolveu em várias polêmicas. Na onda obscurantista liderada pelos fascistas do MBL contra uma exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo, ele babou ódio contra os artistas, chamando-os de “pilantras”, “imorais” e “vagabundos”. Pouco depois, porém, o falso moralista foi flagrado assistindo um vídeo pornô no plenário da Câmara Federal.
João Rodrigues também tem um passado sombrio. Em fevereiro de 1999, como prefeito em exercício de Pinhalzinho (SC), ele autorizou a abertura de processo licitatório para a compra de uma retroescavadeira. Como forma de pagamento, além da verba do Ministério da Agricultura, o prefeito entregou uma outra retroescavadeira, usada. A jogada gerou desconfiança no Ministério Público e a Polícia Federal abriu inquérito em novembro de 2001 para investigar a aquisição do equipamento. Dois anos depois, em novembro de 2003, João Rodrigues e outros agentes públicos foram acusados por licitação fraudulenta e desvio de recursos da prefeitura, que prevê pena de prisão com base na Lei de Licitações. O direitista, porém, sempre ficou impune. Agora, dançou. Tchau, querido!
*****
Leia também:
- Fãs de Sergio Moro são indiciados e presos
- Falsos moralistas agora caçam o nu
- Eduardo Cunha e os falsos moralistas
- A cólera dos falsos moralistas
- Os 28 golpistas na planilha da Odebrecht
- Os 119 golpistas com processos na Justiça
- O casamento gay e os falsos moralistas
Em mais um gesto truculento de abuso de poder, a Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (8) o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), condenado na segunda instância da Justiça a cinco anos e três meses por dispensa irregular de licitação quando foi prefeito de Pinhalzinho (SC). A detenção ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A PF identificou que o parlamentar, que estava nos EUA, fez uma alteração na sua passagem, mudando o destino final do Brasil para Paraguai. Como na segunda-feira (12) a execução da pena estaria prescrita, o “sinistro” Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a inclusão do nome do deputado na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
A prisão de João Rodrigues traz inúmeros riscos à democracia. Ela evidencia que a “ditadura da toga” ganha espaços, impondo um Estado de Exceção no país. Para muitos analistas, a postura do tucano Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer ao STF, serve de recado ao ex-presidente Lula, que também foi condenado em segunda instância. Por outro lado, a detenção do parlamentar do PSD de Gilberto Kassab é uma ironia da história. O deputado sempre bajulou os “justiceiros” da Lava-Jato e do Judiciário. Hipócrita, adorava posar de vestal da ética e participou da campanha midiática “Tchau, querida”, que defendia o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, deram um “tchau” ao picareta!
João Rodrigues é um golpista convicto e um direitista militante. Nas redes sociais, o valentão prega a redução da maioridade penal, a pena de morte e a liberação do porte de armas de fogo. Ele também gosta de postar selfies com celebridades, como o jogador Neymar Junior. O deputado, que é membro das bancadas da bala e do boi (ruralista), já se envolveu em várias polêmicas. Na onda obscurantista liderada pelos fascistas do MBL contra uma exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo, ele babou ódio contra os artistas, chamando-os de “pilantras”, “imorais” e “vagabundos”. Pouco depois, porém, o falso moralista foi flagrado assistindo um vídeo pornô no plenário da Câmara Federal.
João Rodrigues também tem um passado sombrio. Em fevereiro de 1999, como prefeito em exercício de Pinhalzinho (SC), ele autorizou a abertura de processo licitatório para a compra de uma retroescavadeira. Como forma de pagamento, além da verba do Ministério da Agricultura, o prefeito entregou uma outra retroescavadeira, usada. A jogada gerou desconfiança no Ministério Público e a Polícia Federal abriu inquérito em novembro de 2001 para investigar a aquisição do equipamento. Dois anos depois, em novembro de 2003, João Rodrigues e outros agentes públicos foram acusados por licitação fraudulenta e desvio de recursos da prefeitura, que prevê pena de prisão com base na Lei de Licitações. O direitista, porém, sempre ficou impune. Agora, dançou. Tchau, querido!
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