Por Cezar Xavier, no site da Fundação Maurício Grabois:
Na sexta (9), o Programa de Pós-graduação em Ciência da Comunicação da ECA-USP recepcionou seus alunos no Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE) para uma Aula Magna de Olival Freire Jr, um dos cientistas brasileiros mais destacados internacionalmente, pesquisador da história da ciência. A aula magna versou sobre a trajetória da ciência no Brasil.
Olival Freire Júnior é pesquisador em história da teoria quântica, história da física no Brasil e utilizações da história e filosofia da ciência no ensino das ciências. Já realizou estágios de pesquisa pós-doutoral nas universidades Paris 7, Harvard, MIT e Maryland. Em 2004, recebeu a Senior Fellowship do Dibner Institute for the History of Science and Technology, MIT, EUA. Em 2011, ganhou o Prêmio Jabuti pela obra Teoria quântica: estudos históricos e implicações culturais, co-editado com O. Pessoa e J.L. Bromberg. É o atual Pró-Reitor de Pesquisa, Criação e Inovacão da UFBa e integra o conselho da History of Science Society (EUA).
Olival fez um relato saboroso e elegíaco sobre a ciência produzida no Brasil e seus cientistas, desde o período colonial, quando ainda não havia universidades, mas os religiosos jesuítas deram sua contribuição ao conhecimento sobre o país. O pesquisador baiano mostrou as contribuições mais importantes de cada período e seus heróis engajados. Mostrou que não há relação direta entre períodos políticos e resultados científicos, já que momentos democráticos nem sempre foram acompanhados de avanços, assim como momentos ditatoriais nem sempre foram sinônimo de retrocesso na academia.
O olhar do pesquisador sobre a história revela um século XX com resultados importantes na área da ciência e tecnologia, enquanto século XXI começa com questionamentos profundos e perda da credibilidade pela ciência junto à sociedade. Isso afeta de modo dramático o financiamento das pesquisas, assim como abre um campo para o obscurantismo e a irracionalidade. Embora se considere otimista, esta é apenas uma das observações negativas de Olival Freire para a atualidade no Brasil e no mundo.
“Não faz diferença se você é desenvolvimentista ou neoliberal; na hora que bate a crise econômica, corta essa coisa de ciência e tecnologia...”, diz ele, sobre a atual crise econômica e todas as outras que atingiram os governos brasileiros, ditatoriais ou democráticos. “Os cientistas ficam dizendo que é importante que, na crise, não se reduz investimento em ciência e tecnologia; que a Malásia e a Coreia não reduziram. O argumento é bom, mas não tem ressonância nas elites políticas e econômicas brasileiras”, completa ele, considerando esta uma importante lição para a compreensão do funcionamento do Brasil.
Crise política e econômica
Olival aponta que patrimônios científicos brasileiros como a rede de Embrapas, institutos mantidos pela Petrobras, como o Cenpes, O ITA e a Embraer, o Impa, a Fiocruz, a Capes, a Fapesp e o CnPq, entre tantos, “podem estar em risco e não deveriam jamais ser ameaçados”.
Olival observa que não tem consciência na sociedade brasileira do papel da geração do conhecimento para atravessar momentos de crise. Este, para ele, é o maior desafio a ser enfrentado. Para ele, esta é uma missão dos educadores, dos cientistas e dos comunicadores, aproveitando que estava falando com graduados em Comunicação Social.
No âmbito da universidade, ele critica o conflito na quantidade versus a relevância da produção científica brasileira. Para ele, há um problema da pressão pela produção, em que, embora a produção indexada brasileira se situe em 12a lugar internacionalmente (quantidade), no número de citações (qualidade) o Brasil cai para a 27a. posição. “Nossas melhores agências não têm conseguido equacionar isso”, afirmou.
Ele conta ainda que o Brasil tem 1,33 pesquisadores por mil habitantes, enquanto países comparáveis, como a Argentina, têm 2 por mil. “Não tem país com aspiração de desenvolvimento autônomo que não tenha ao menos 2.5, 3, 4 e até 5 por mil habitantes”.
Em sua aula, após situar as décadas de 1980 e 1990 como as décadas perdidas da ciência no Brasil, ele admite que o Governo Lula promoveu importantes avanços em termos de financiamento da produção científica e tecnológica com relevante continuidade entre os ministros. A partir do Governo Dilma, os indícios da crise econômica começam a atingir a escala de investimentos. “No governo Temer, o financiamento acabou. 25% a menos do que foi aprovado em 2017, que já foi dramaticamente reduzido em relação aos anos anteriores”, diz ele.
A autonomia universitária abalada
A crise política tem contaminado o ambiente universitário. Esta é uma constatação e denúncia feita pelo cientista a partir de episódios graves ocorridos recentemente. Ele admite que seria inevitável que isso ocorresse, “afinal a universidade não é uma torre de marfim”. “Mas temos que ter consciência dos riscos que estão presentes nesta contaminação”, alerta.
Entre os indícios disso, Olival observa que vivemos hoje, particularmente nas Universidades Federais, uma verdadeira tensão entre direitos individuais e investigações que são dirigidas para sua espetacularização na mídia. Ele mencionou o caso do reitor da UFSC, que se suicidou “diante de uma atitude absolutamente arbitrária do Ministério Público Federal, da Justiça e da Polícia Federal”.
Posteriormente, houve a prisão do reitor da UFMG, embora a comunidade acadêmica tenha reagido de maneira diferente. “Dez horas da manhã, estava parte importante da UFMG na porta da Polícia Federal e o reitor saiu de cabeça erguida, coisa que não aconteceu na UFSC”.
Olival considera, também, que a autonomia da universidade tem sido questionada. “Este episódio recente da oferta da disciplina sobre o golpe é um exemplo disso”. De acordo com sua experiência, é típico da universidade que não haja consenso sobre as disciplinas oferecidas, particularmente sobre o viés que as disciplinas que são criadas têm. “O que é absurdo é imaginar que o ministro da Educação queira colocar na justiça um professor que criou, nos mecanismos legais da universidade, uma disciplina para examinar o golpe de 2016”.
As protelações na indicação do reitor da UFABC são outro elemento dessa contaminação, na opinião dele. O reitor foi indicado pela comunidade e o conselho, mas a indicação não sai, em sinal de crise.
Para concluir, ele menciona o episódio recente da investigação sobre o trabalho de pesquisa do professor Elisaldo Carlini. “Um episódio que, em qualquer país do mundo, quando você começa a explicar, ninguém entende o que você está falando. O professor Elisaldo Carlini, mais de 80 anos de idade, um expert mundialmente conhecido em usos medicinais da maconha, é objeto de investigação policial sob a suspeita de apologia ao uso de drogas”, indigna-se ele.
Olival enfatiza que não existem universidades centenárias no Brasil, embora já existam dois exemplos de como experiências [universitárias] podem ser destruídas pela influência de crise política. Durante sua explanação historiográfica, ele mencionou o caso da UnB, atacada durante a ditadura militar nos anos 1970, e da Universidade do Distrito Federal, em 1937, criada por Pedro Ernesto e Anízio Teixeira, entre outros, que termina sendo fechada e incorporada pela Faculdade Nacional de Filosofia, que seria depois a Universidade do Brasil. “Uma experiência que também é truncada e depois encerrada. A lição da história é que universidade nova competente e dinâmica é muito difícil de ser criada, mas muito fácil de ser destruída”, lamenta ele.
Outro aspecto mais complexo deste cenário de crise econômica mundial, em sua opinião, é a redução da confiança da sociedade na ciência. Ele cita Hobsbawm, quando sentencia que a única comparação possível entre o mal-estar da sociedade atual com a ciência, é com a época da retratação de Galileu. Hobsbawm cita o exemplo das pesquisas genéticas, em que os cientistas decidiram por uma moratória nas pesquisas nos anos 1970, para haver uma regulação ética. Diz ainda sobre o modo como a sociedade “faz de tudo” com um leitor ótico de celular, sem ter a mínima ideia da ciência que está por trás disso. E, também, que os governos passaram a apoiar ciência e tecnologia sistematicamente, depois da Segunda Guerra, não por compreender a importância, mas por motivos de defesa militar.
“No início do século XXI, temos tido questionamentos dos melhores resultados da pesquisa científica, como a dinâmica do aquecimento global, desafiada por Trump; o problema das vacinas, em que a imprensa paulista presta um péssimo serviço; e nos EUA há inúmeras denominações religiosas que têm um papel decisivo no impedimento de certos tratamentos médicos; além da resistência em vários lugares às pesquisas com células tronco”, pontua ele.
“Sou um otimista convicto e não acho que estejamos marchando para o caos e a barbárie, mas precisamos elevar a relação ciência sociedade a um novo patamar”, declara ele. Para ele, é ingênua a visão de que é automático que a sociedade tem que entender a importância da ciência. “Não tem efeito nenhum. O discurso da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências é justo, mas é inócuo”, pondera.
Olival acredita que tem um papel absolutamente crucial a educação em ciências e o jornalismo. Um enorme problema para isso, salienta ele, é que estamos prisioneiros de um modelo de ciência que, para ser boa, tem que ser a demonstração de teoremas matemáticos. “Nem todas as áreas da própria matemática se prestam a demonstrações de teoremas. A ideia de que ciência é sinônimo de consenso é outra dificuldade apontada. Consenso na ciência é absoluta exceção. Na mecânica quântica, são 80 anos de controvérsias, mas a ciência tem ido para a frente, nesse período, baseada nos resultados consolidados aceitos por críticos e não críticos”, explica ele, com profundo conhecimento de causa.
De acordo com Olival, o problema da relação da sociedade com a ciência tem que evoluir para um patamar que a própria sociedade, - e que os cientistas contribuam para isso -, tenha uma visão mais crítica do que é o empreendimento da ciência. “Não é o terreno da certeza absoluta, não é o terreno da demonstração dos teoremas matemáticos, nem sempre é o terreno do consenso. Mas é por esse caminho complexo e complicado que temos produzido o melhor conhecimento que nós somos capazes de produzir, ao longo da nossa história”, encerrou.
Olival Freire Júnior é pesquisador em história da teoria quântica, história da física no Brasil e utilizações da história e filosofia da ciência no ensino das ciências. Já realizou estágios de pesquisa pós-doutoral nas universidades Paris 7, Harvard, MIT e Maryland. Em 2004, recebeu a Senior Fellowship do Dibner Institute for the History of Science and Technology, MIT, EUA. Em 2011, ganhou o Prêmio Jabuti pela obra Teoria quântica: estudos históricos e implicações culturais, co-editado com O. Pessoa e J.L. Bromberg. É o atual Pró-Reitor de Pesquisa, Criação e Inovacão da UFBa e integra o conselho da History of Science Society (EUA).
Olival fez um relato saboroso e elegíaco sobre a ciência produzida no Brasil e seus cientistas, desde o período colonial, quando ainda não havia universidades, mas os religiosos jesuítas deram sua contribuição ao conhecimento sobre o país. O pesquisador baiano mostrou as contribuições mais importantes de cada período e seus heróis engajados. Mostrou que não há relação direta entre períodos políticos e resultados científicos, já que momentos democráticos nem sempre foram acompanhados de avanços, assim como momentos ditatoriais nem sempre foram sinônimo de retrocesso na academia.
O olhar do pesquisador sobre a história revela um século XX com resultados importantes na área da ciência e tecnologia, enquanto século XXI começa com questionamentos profundos e perda da credibilidade pela ciência junto à sociedade. Isso afeta de modo dramático o financiamento das pesquisas, assim como abre um campo para o obscurantismo e a irracionalidade. Embora se considere otimista, esta é apenas uma das observações negativas de Olival Freire para a atualidade no Brasil e no mundo.
“Não faz diferença se você é desenvolvimentista ou neoliberal; na hora que bate a crise econômica, corta essa coisa de ciência e tecnologia...”, diz ele, sobre a atual crise econômica e todas as outras que atingiram os governos brasileiros, ditatoriais ou democráticos. “Os cientistas ficam dizendo que é importante que, na crise, não se reduz investimento em ciência e tecnologia; que a Malásia e a Coreia não reduziram. O argumento é bom, mas não tem ressonância nas elites políticas e econômicas brasileiras”, completa ele, considerando esta uma importante lição para a compreensão do funcionamento do Brasil.
Crise política e econômica
Olival aponta que patrimônios científicos brasileiros como a rede de Embrapas, institutos mantidos pela Petrobras, como o Cenpes, O ITA e a Embraer, o Impa, a Fiocruz, a Capes, a Fapesp e o CnPq, entre tantos, “podem estar em risco e não deveriam jamais ser ameaçados”.
Olival observa que não tem consciência na sociedade brasileira do papel da geração do conhecimento para atravessar momentos de crise. Este, para ele, é o maior desafio a ser enfrentado. Para ele, esta é uma missão dos educadores, dos cientistas e dos comunicadores, aproveitando que estava falando com graduados em Comunicação Social.
No âmbito da universidade, ele critica o conflito na quantidade versus a relevância da produção científica brasileira. Para ele, há um problema da pressão pela produção, em que, embora a produção indexada brasileira se situe em 12a lugar internacionalmente (quantidade), no número de citações (qualidade) o Brasil cai para a 27a. posição. “Nossas melhores agências não têm conseguido equacionar isso”, afirmou.
Ele conta ainda que o Brasil tem 1,33 pesquisadores por mil habitantes, enquanto países comparáveis, como a Argentina, têm 2 por mil. “Não tem país com aspiração de desenvolvimento autônomo que não tenha ao menos 2.5, 3, 4 e até 5 por mil habitantes”.
Em sua aula, após situar as décadas de 1980 e 1990 como as décadas perdidas da ciência no Brasil, ele admite que o Governo Lula promoveu importantes avanços em termos de financiamento da produção científica e tecnológica com relevante continuidade entre os ministros. A partir do Governo Dilma, os indícios da crise econômica começam a atingir a escala de investimentos. “No governo Temer, o financiamento acabou. 25% a menos do que foi aprovado em 2017, que já foi dramaticamente reduzido em relação aos anos anteriores”, diz ele.
A autonomia universitária abalada
A crise política tem contaminado o ambiente universitário. Esta é uma constatação e denúncia feita pelo cientista a partir de episódios graves ocorridos recentemente. Ele admite que seria inevitável que isso ocorresse, “afinal a universidade não é uma torre de marfim”. “Mas temos que ter consciência dos riscos que estão presentes nesta contaminação”, alerta.
Entre os indícios disso, Olival observa que vivemos hoje, particularmente nas Universidades Federais, uma verdadeira tensão entre direitos individuais e investigações que são dirigidas para sua espetacularização na mídia. Ele mencionou o caso do reitor da UFSC, que se suicidou “diante de uma atitude absolutamente arbitrária do Ministério Público Federal, da Justiça e da Polícia Federal”.
Posteriormente, houve a prisão do reitor da UFMG, embora a comunidade acadêmica tenha reagido de maneira diferente. “Dez horas da manhã, estava parte importante da UFMG na porta da Polícia Federal e o reitor saiu de cabeça erguida, coisa que não aconteceu na UFSC”.
Olival considera, também, que a autonomia da universidade tem sido questionada. “Este episódio recente da oferta da disciplina sobre o golpe é um exemplo disso”. De acordo com sua experiência, é típico da universidade que não haja consenso sobre as disciplinas oferecidas, particularmente sobre o viés que as disciplinas que são criadas têm. “O que é absurdo é imaginar que o ministro da Educação queira colocar na justiça um professor que criou, nos mecanismos legais da universidade, uma disciplina para examinar o golpe de 2016”.
As protelações na indicação do reitor da UFABC são outro elemento dessa contaminação, na opinião dele. O reitor foi indicado pela comunidade e o conselho, mas a indicação não sai, em sinal de crise.
Para concluir, ele menciona o episódio recente da investigação sobre o trabalho de pesquisa do professor Elisaldo Carlini. “Um episódio que, em qualquer país do mundo, quando você começa a explicar, ninguém entende o que você está falando. O professor Elisaldo Carlini, mais de 80 anos de idade, um expert mundialmente conhecido em usos medicinais da maconha, é objeto de investigação policial sob a suspeita de apologia ao uso de drogas”, indigna-se ele.
Olival enfatiza que não existem universidades centenárias no Brasil, embora já existam dois exemplos de como experiências [universitárias] podem ser destruídas pela influência de crise política. Durante sua explanação historiográfica, ele mencionou o caso da UnB, atacada durante a ditadura militar nos anos 1970, e da Universidade do Distrito Federal, em 1937, criada por Pedro Ernesto e Anízio Teixeira, entre outros, que termina sendo fechada e incorporada pela Faculdade Nacional de Filosofia, que seria depois a Universidade do Brasil. “Uma experiência que também é truncada e depois encerrada. A lição da história é que universidade nova competente e dinâmica é muito difícil de ser criada, mas muito fácil de ser destruída”, lamenta ele.
Outro aspecto mais complexo deste cenário de crise econômica mundial, em sua opinião, é a redução da confiança da sociedade na ciência. Ele cita Hobsbawm, quando sentencia que a única comparação possível entre o mal-estar da sociedade atual com a ciência, é com a época da retratação de Galileu. Hobsbawm cita o exemplo das pesquisas genéticas, em que os cientistas decidiram por uma moratória nas pesquisas nos anos 1970, para haver uma regulação ética. Diz ainda sobre o modo como a sociedade “faz de tudo” com um leitor ótico de celular, sem ter a mínima ideia da ciência que está por trás disso. E, também, que os governos passaram a apoiar ciência e tecnologia sistematicamente, depois da Segunda Guerra, não por compreender a importância, mas por motivos de defesa militar.
“No início do século XXI, temos tido questionamentos dos melhores resultados da pesquisa científica, como a dinâmica do aquecimento global, desafiada por Trump; o problema das vacinas, em que a imprensa paulista presta um péssimo serviço; e nos EUA há inúmeras denominações religiosas que têm um papel decisivo no impedimento de certos tratamentos médicos; além da resistência em vários lugares às pesquisas com células tronco”, pontua ele.
“Sou um otimista convicto e não acho que estejamos marchando para o caos e a barbárie, mas precisamos elevar a relação ciência sociedade a um novo patamar”, declara ele. Para ele, é ingênua a visão de que é automático que a sociedade tem que entender a importância da ciência. “Não tem efeito nenhum. O discurso da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências é justo, mas é inócuo”, pondera.
Olival acredita que tem um papel absolutamente crucial a educação em ciências e o jornalismo. Um enorme problema para isso, salienta ele, é que estamos prisioneiros de um modelo de ciência que, para ser boa, tem que ser a demonstração de teoremas matemáticos. “Nem todas as áreas da própria matemática se prestam a demonstrações de teoremas. A ideia de que ciência é sinônimo de consenso é outra dificuldade apontada. Consenso na ciência é absoluta exceção. Na mecânica quântica, são 80 anos de controvérsias, mas a ciência tem ido para a frente, nesse período, baseada nos resultados consolidados aceitos por críticos e não críticos”, explica ele, com profundo conhecimento de causa.
De acordo com Olival, o problema da relação da sociedade com a ciência tem que evoluir para um patamar que a própria sociedade, - e que os cientistas contribuam para isso -, tenha uma visão mais crítica do que é o empreendimento da ciência. “Não é o terreno da certeza absoluta, não é o terreno da demonstração dos teoremas matemáticos, nem sempre é o terreno do consenso. Mas é por esse caminho complexo e complicado que temos produzido o melhor conhecimento que nós somos capazes de produzir, ao longo da nossa história”, encerrou.
A direita odeia pesquisadores. Eu sai do Brasil em 1995 porque o Collor sucateou a pesquisa e o FHC ainda mais. Tucanos nao gostam de gente que se informa. Eu escutei diretores de estatais de segundo escalao em governo tucano dizendo sobre uma greve de servidores, mande os lideres para a rua, estes vagabundos. Ao contrario de greves do judiciario pediamos melhores condicoes de trabalho e reposisao de inflacao do governo Collor. A globo e o p$db sao o que tem de pior no planeta. No Pais onde hoje vivo a direita seria considerada comunista sob os olhos desta elite atrasada e medieval. Pior que a elite e' a classe merdia capataz desta elite. Nenhum antropologo ou filosofo consegueria explicar porque esta classe merdia faz este papel de capatazes? Na minha opiniao e' a existencia de um cancer chamado globo. Tem que fechar esta porcaria na guerra.
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