Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Só uma absoluta falta de senso explicaria a indicação, por Raul Jungman, de Armínio Fraga como consultor do recém-criado Ministério da Segurança Pública. Jungman é um bom mancheteiro. Especializou-se em criar factoides que ecoam na imprensa não especializada, e são desprezados pelos especialistas.
Segundo Jungman, a Segurança terá, para os tempos atuais, a mesma importância do combate à inflação nos anos 80. Pretende ser o Plano Real da segurança. Daí, a escolha de Armínio Fraga como consultor, destinado a trazer empresários para ajudar na luta contra o crime.
Só uma absoluta falta de senso explicaria a indicação, por Raul Jungman, de Armínio Fraga como consultor do recém-criado Ministério da Segurança Pública. Jungman é um bom mancheteiro. Especializou-se em criar factoides que ecoam na imprensa não especializada, e são desprezados pelos especialistas.
Segundo Jungman, a Segurança terá, para os tempos atuais, a mesma importância do combate à inflação nos anos 80. Pretende ser o Plano Real da segurança. Daí, a escolha de Armínio Fraga como consultor, destinado a trazer empresários para ajudar na luta contra o crime.
A indicação de Armínio tem outras implicações, além das manchetes.
Uma das facetas mais complexas do crime organizado são suas ramificações financeiras, os esquemas de lavagem de dinheiro e seus embricamentos com a economia real.
Aliás, uma das grandes razões para o tratado anti-corrupção da OCDE, e para os sistemas de cooperação internacional comandado pelo DHS norte-americano, foi a mistureba entre investimentos formais, caixa 2 e dinheiro do crime organizado nas grandes instituições financeiras e nos grandes fundos de investimento internacionais. É por essa razão que se criaram instituições como a COAF, se montaram acordos internacionais, visando monitorar esses fluxos.
Não se pode perder de vista que todo o escândalo da CC5, no caso Banestado, foi gestado pelo Banco Central do Plano Real, na época comandado por Gustavo Franco – outro bem sucedido gestor de fundos de investimento.
É sabido, por exemplo, que o próprio presidenciável José Serra se vale dos fundos operados por sua filha para lavar dinheiro. Já publiquei várias vezes aqui o caso da Serasa-Experian com a Virid. Recebeu de Serra o Cadin estadual e, alguns meses depois, comprou de Verônica Serra uma empresa de e-mail marketing por um valor três vezes superior ao de mercado.
Aécio Neves foi acusado de receber propinas através de compra de participação acionária nasempresas de seu amigo Alexandre Accioly. Os negócios de Accioly envolvem Luciano Huck e outros luminares cariocas, do grupo de Armínio.
Armínio Fraga é um dos principais operadores financeiros do país. Administra fundos vultosos. Tem relações pessoais e políticas com empresários e políticos que se valem desse mercado, como o próprio Serra e Aécio.
Segundo Jungman, Armínio envolverá empresários na luta contra a corrupção. Seu papel será de relações públicas, trazendo para Jungman empresários interessados em colaborar ou será o batedor incumbido de identificar territórios perigosos, que não devem ser investigados? Não se tenha dúvida sobre qual será o papel de Armínio.
Não há nenhuma sutileza na ação desse pessoal.
Leia clicando aqui: 'Jungmann compara crise da segurança no país a hiperinflação dos anos 80'
Uma das facetas mais complexas do crime organizado são suas ramificações financeiras, os esquemas de lavagem de dinheiro e seus embricamentos com a economia real.
Aliás, uma das grandes razões para o tratado anti-corrupção da OCDE, e para os sistemas de cooperação internacional comandado pelo DHS norte-americano, foi a mistureba entre investimentos formais, caixa 2 e dinheiro do crime organizado nas grandes instituições financeiras e nos grandes fundos de investimento internacionais. É por essa razão que se criaram instituições como a COAF, se montaram acordos internacionais, visando monitorar esses fluxos.
Não se pode perder de vista que todo o escândalo da CC5, no caso Banestado, foi gestado pelo Banco Central do Plano Real, na época comandado por Gustavo Franco – outro bem sucedido gestor de fundos de investimento.
É sabido, por exemplo, que o próprio presidenciável José Serra se vale dos fundos operados por sua filha para lavar dinheiro. Já publiquei várias vezes aqui o caso da Serasa-Experian com a Virid. Recebeu de Serra o Cadin estadual e, alguns meses depois, comprou de Verônica Serra uma empresa de e-mail marketing por um valor três vezes superior ao de mercado.
Aécio Neves foi acusado de receber propinas através de compra de participação acionária nasempresas de seu amigo Alexandre Accioly. Os negócios de Accioly envolvem Luciano Huck e outros luminares cariocas, do grupo de Armínio.
Armínio Fraga é um dos principais operadores financeiros do país. Administra fundos vultosos. Tem relações pessoais e políticas com empresários e políticos que se valem desse mercado, como o próprio Serra e Aécio.
Segundo Jungman, Armínio envolverá empresários na luta contra a corrupção. Seu papel será de relações públicas, trazendo para Jungman empresários interessados em colaborar ou será o batedor incumbido de identificar territórios perigosos, que não devem ser investigados? Não se tenha dúvida sobre qual será o papel de Armínio.
Não há nenhuma sutileza na ação desse pessoal.
Leia clicando aqui: 'Jungmann compara crise da segurança no país a hiperinflação dos anos 80'
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