Por Emilio Chernavsky, no site Brasil Debate:
Desde que assumiu, a equipe formada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles e pelo presidente do Banco Central Ilan Goldfajn e por seus auxiliares diretos tem sido largamente celebrada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro e da mídia especializada, que a ela com frequência se referem como “dream team” da economia, o time dos sonhos.
Não obstante os aplausos, os resultados alcançados têm estado distantes daqueles que manchetes publicadas desde então tais como “A decolagem da economia” (Isto É Dinheiro, 22/07/2016) sugeriam. Com efeito, a despeito de partir de uma base deprimida por dois anos de profunda recessão e desfrutando de um cenário externo favorável e de um apoio no Congresso que o governo anterior nunca teve, o PIB em 2017, primeiro ano completo do governo Temer, registrou um crescimento pífio de 1% que, mesmo pequeno, somente foi possível graças ao avanço recorde da produção agropecuária e à tímida expansão do consumo no ano proporcionada pela liberação dos saldos das contas inativas do FGTS, eventos que não se repetirão em 2018.
O baixo crescimento frustrou as expectativas da própria equipe econômica que em 2016 previa, no mês de agosto quando da apresentação da proposta orçamentária pelo Ministério da Fazenda e um mês depois quando da divulgação do Relatório de Inflação pelo Banco Central, expansão bastante maior, como vemos na figura abaixo. Esta mostra que não apenas as previsões sobre o PIB se mostraram imprecisas, mas também aquelas referentes à inflação.
O erro nas previsões sobre a inflação, que resultou ser bem mais baixa do que o previsto pela equipe econômica, é produto de um crescimento econômico que também foi menor do que o previsto. Hoje essa equipe promete uma retomada vigorosa em 2018 que é, todavia, ainda incerta.
Nem essa incerteza nem a frustração com o crescimento de 2017 têm impedido, contudo, que os analistas citados continuem reverenciando o dream team. Isso não deve surpreender se considerarmos que o discurso da equipe continua a refletir largamente as preferências desses analistas quanto ao tipo de sociedade a ser construído e às políticas econômicas a serem seguidas. Assim, talvez esse seja mesmo o time dos sonhos. Deles.
Desde que assumiu, a equipe formada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles e pelo presidente do Banco Central Ilan Goldfajn e por seus auxiliares diretos tem sido largamente celebrada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro e da mídia especializada, que a ela com frequência se referem como “dream team” da economia, o time dos sonhos.
Não obstante os aplausos, os resultados alcançados têm estado distantes daqueles que manchetes publicadas desde então tais como “A decolagem da economia” (Isto É Dinheiro, 22/07/2016) sugeriam. Com efeito, a despeito de partir de uma base deprimida por dois anos de profunda recessão e desfrutando de um cenário externo favorável e de um apoio no Congresso que o governo anterior nunca teve, o PIB em 2017, primeiro ano completo do governo Temer, registrou um crescimento pífio de 1% que, mesmo pequeno, somente foi possível graças ao avanço recorde da produção agropecuária e à tímida expansão do consumo no ano proporcionada pela liberação dos saldos das contas inativas do FGTS, eventos que não se repetirão em 2018.
O baixo crescimento frustrou as expectativas da própria equipe econômica que em 2016 previa, no mês de agosto quando da apresentação da proposta orçamentária pelo Ministério da Fazenda e um mês depois quando da divulgação do Relatório de Inflação pelo Banco Central, expansão bastante maior, como vemos na figura abaixo. Esta mostra que não apenas as previsões sobre o PIB se mostraram imprecisas, mas também aquelas referentes à inflação.
O erro nas previsões sobre a inflação, que resultou ser bem mais baixa do que o previsto pela equipe econômica, é produto de um crescimento econômico que também foi menor do que o previsto. Hoje essa equipe promete uma retomada vigorosa em 2018 que é, todavia, ainda incerta.
Nem essa incerteza nem a frustração com o crescimento de 2017 têm impedido, contudo, que os analistas citados continuem reverenciando o dream team. Isso não deve surpreender se considerarmos que o discurso da equipe continua a refletir largamente as preferências desses analistas quanto ao tipo de sociedade a ser construído e às políticas econômicas a serem seguidas. Assim, talvez esse seja mesmo o time dos sonhos. Deles.
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