Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
A recém-falecida vereadora carioca Marielle Franco não foi vítima da violência urbana brasileira, não morreu por reagir a um assalto; foi executada com 4 (!!) tiros na cabeça por um carro que parou ao lado do seu. A quem interessava sua morte? Só se pode concluir que foi um assassinato político – ou seja, foi morta por sua militância política. Nada foi roubado e os tiros foram para matar. Matar Marielle interessava a quem quer acabar com a esquerda brasileira. Foi um recado.
Quem Marielle criticava?
É muito simplista ressaltar que ela criticou o 41º Batalhão da Polícia Militar.
É muito simplista ressaltar que ela criticava recorrentemente a intervenção militar no Rio
Ela também criticou o golpe que derrubou Dilma, o governo Temer e até a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, por se reunir com Temer furtivamente.
É claro que ela mexeu com os militares ao criticar a intervenção. Horas antes de ser morta, participou de um encontro com militantes do movimento negro e feminista via streaming no Facebook, intitulado “Roda de conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas!”.
Neste momento, muita gente tentará isolar a culpa e os culpados mais evidentes, ou seja, a intervenção militar e, o que seria pior, apenas um batalhão da PM violento, que tem cometido abusos que Marielle denunciou, mas, ainda assim, apenas um batalhão.
O fato é que Marielle era apenas mais uma entre muitas vozes que vêm criticando a intervenção militar no Rio e os abusos que tem cometido. Por que ela?
Velada na Câmara municipal do Rio, assunto mais comentado do momento, Marielle transforma-se em um símbolo de duas maneiras distintas.
Um dos simbolismos em que Marielle se converteu é por simbolizar a luta deste país pela redemocratização, já que tombou defendendo a mesma causa e fazendo a mesma crítica que todos nós, críticos do golpe de 2016, fazemos. Porém, ela também virou uma outra espécie de símbolo.
Quem mandou matar a jovem vereadora do PSOL – quem puxou o gatilho interessa menos porque agiu a mando, obviamente – não pretendia tirá-la de circulação, pretendia fazer dela um exemplo, ou, dito de outra maneira, um símbolo do que acontece com quem milita pela esquerda em um país em flerte desavergonhado com uma das maiores chagas da humanidade: o fascismo.
O golpe jurídico-parlamentar-midiático, sob desculpa do “combate à corrupção”, prende lideranças políticas de um lado só.
Agora, o consórcio jurídico-midiático que deu o golpe e só quer prender petistas, decidiu que vai prender blogueiros sob desculpa de que produzem “fake news”. O ministro do TSE Luiz Fux quer matar mais essa no peito. Vai prender por 5 anos – isso mesmo, cinco anos – blogueiros que divulgarem “fake news” como essa aí, que Veja e Estadão divulgaram.
Então ficamos assim: eles derrubam governos legitimamente eleitos sob desculpas esfarrapadas como “pedalada”, prendem-nos sem provas, querem nos prender por fazer jornalismo dando notícias que os desagradam e, agora, mandam nos encher de tiros para ver se paramos de dizer tudo aquilo que não querem que digamos.
Como num post como este, por exemplo…
Veja a matéria em vídeo [aqui].
A recém-falecida vereadora carioca Marielle Franco não foi vítima da violência urbana brasileira, não morreu por reagir a um assalto; foi executada com 4 (!!) tiros na cabeça por um carro que parou ao lado do seu. A quem interessava sua morte? Só se pode concluir que foi um assassinato político – ou seja, foi morta por sua militância política. Nada foi roubado e os tiros foram para matar. Matar Marielle interessava a quem quer acabar com a esquerda brasileira. Foi um recado.
Quem Marielle criticava?
É muito simplista ressaltar que ela criticou o 41º Batalhão da Polícia Militar.
É muito simplista ressaltar que ela criticava recorrentemente a intervenção militar no Rio
Ela também criticou o golpe que derrubou Dilma, o governo Temer e até a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, por se reunir com Temer furtivamente.
É claro que ela mexeu com os militares ao criticar a intervenção. Horas antes de ser morta, participou de um encontro com militantes do movimento negro e feminista via streaming no Facebook, intitulado “Roda de conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas!”.
Neste momento, muita gente tentará isolar a culpa e os culpados mais evidentes, ou seja, a intervenção militar e, o que seria pior, apenas um batalhão da PM violento, que tem cometido abusos que Marielle denunciou, mas, ainda assim, apenas um batalhão.
O fato é que Marielle era apenas mais uma entre muitas vozes que vêm criticando a intervenção militar no Rio e os abusos que tem cometido. Por que ela?
Velada na Câmara municipal do Rio, assunto mais comentado do momento, Marielle transforma-se em um símbolo de duas maneiras distintas.
Um dos simbolismos em que Marielle se converteu é por simbolizar a luta deste país pela redemocratização, já que tombou defendendo a mesma causa e fazendo a mesma crítica que todos nós, críticos do golpe de 2016, fazemos. Porém, ela também virou uma outra espécie de símbolo.
Quem mandou matar a jovem vereadora do PSOL – quem puxou o gatilho interessa menos porque agiu a mando, obviamente – não pretendia tirá-la de circulação, pretendia fazer dela um exemplo, ou, dito de outra maneira, um símbolo do que acontece com quem milita pela esquerda em um país em flerte desavergonhado com uma das maiores chagas da humanidade: o fascismo.
O golpe jurídico-parlamentar-midiático, sob desculpa do “combate à corrupção”, prende lideranças políticas de um lado só.
Agora, o consórcio jurídico-midiático que deu o golpe e só quer prender petistas, decidiu que vai prender blogueiros sob desculpa de que produzem “fake news”. O ministro do TSE Luiz Fux quer matar mais essa no peito. Vai prender por 5 anos – isso mesmo, cinco anos – blogueiros que divulgarem “fake news” como essa aí, que Veja e Estadão divulgaram.
Então ficamos assim: eles derrubam governos legitimamente eleitos sob desculpas esfarrapadas como “pedalada”, prendem-nos sem provas, querem nos prender por fazer jornalismo dando notícias que os desagradam e, agora, mandam nos encher de tiros para ver se paramos de dizer tudo aquilo que não querem que digamos.
Como num post como este, por exemplo…
Veja a matéria em vídeo [aqui].
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