Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:
Brasil viveu no dia de ontem (21-03) mais de 3 horas de blecaute. O apagão teve início por volta de 15h40 e até 19 horas o fornecimento de energia ainda não estava totalmente normalizado. As regiões Norte e Nordeste foram as mais afetadas, mas estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste também ficaram sem energia por algumas horas.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, afirmou que houve “praticamente um colapso” do sistema no Norte e Nordeste, com o desligamento de 22,5% da carga de energia do sistema interligado brasileiro. Todos os municípios do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte registraram o apagão. Na região metropolitana de Salvador e Recife, o blecaute causou problemas no trânsito, com todos os semáforos da cidade apagados e paralisação de trens e metrô. Hospitais e aeroportos também foram afetados.
O que gerou o apagão foi uma falha na linha de transmissão que conecta a hidrelétrica de Belo Monte e leva a energia ao Norte ao Nordeste do país. Uma falha técnica em um disjuntor de uma das estruturas de transmissão da subestação Xingu estava calibrado para receber até 3.700 megawatts (MW) de potência, em vez de mais de 4 mil MW, como deveria, e caiu quando a transmissão atingiu esse volume limite, paralisando todo o resto da rede.
O linhão de Belo Monte foi inaugurado em 13 de dezembro do ano passado, dois meses antes do cronograma original, e vinha operando abaixo da sua capacidade total. A linha é de responsabilidade da estatal Eletrobras e da chinesa State Grid e custou cerca de 5 bilhões de reais. As empresas ainda não justificaram os motivos da queda da rede de transmissão.
Em Janeiro, o “linhão” de Belo Monte já havia registrado um “desligamento automático” que causou blecaute com impactos em todas as regiões do país e comprometeu o abastecimento da hidrelétrica em construção no Rio Xingu (PA). Os problemas são alvos de questionamentos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que no último dia 23 de fevereiro notificou a concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica de Belo Monte, por descumprir 23 medidas técnicas de segurança para evitar desligamentos de suas operações.
A agência deixou claro que "a não implantação das ações acordadas em tempo combinado poderá ter como consequência a reincidência de novos desligamentos associados às mesmas causas e com transtornos durante as perturbações.”.
O ONS informou que o prazo para apuração das causas que levaram ao colapso no fornecimento de energia deve levar de dez a quinze dias. Além das causas que geraram falha no disjuntor da linha de transmissão, irá apurar também por que as usinas da região levaram mais tempo para recomposição do que o previsto.
Brasil viveu no dia de ontem (21-03) mais de 3 horas de blecaute. O apagão teve início por volta de 15h40 e até 19 horas o fornecimento de energia ainda não estava totalmente normalizado. As regiões Norte e Nordeste foram as mais afetadas, mas estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste também ficaram sem energia por algumas horas.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, afirmou que houve “praticamente um colapso” do sistema no Norte e Nordeste, com o desligamento de 22,5% da carga de energia do sistema interligado brasileiro. Todos os municípios do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte registraram o apagão. Na região metropolitana de Salvador e Recife, o blecaute causou problemas no trânsito, com todos os semáforos da cidade apagados e paralisação de trens e metrô. Hospitais e aeroportos também foram afetados.
O que gerou o apagão foi uma falha na linha de transmissão que conecta a hidrelétrica de Belo Monte e leva a energia ao Norte ao Nordeste do país. Uma falha técnica em um disjuntor de uma das estruturas de transmissão da subestação Xingu estava calibrado para receber até 3.700 megawatts (MW) de potência, em vez de mais de 4 mil MW, como deveria, e caiu quando a transmissão atingiu esse volume limite, paralisando todo o resto da rede.
O linhão de Belo Monte foi inaugurado em 13 de dezembro do ano passado, dois meses antes do cronograma original, e vinha operando abaixo da sua capacidade total. A linha é de responsabilidade da estatal Eletrobras e da chinesa State Grid e custou cerca de 5 bilhões de reais. As empresas ainda não justificaram os motivos da queda da rede de transmissão.
Em Janeiro, o “linhão” de Belo Monte já havia registrado um “desligamento automático” que causou blecaute com impactos em todas as regiões do país e comprometeu o abastecimento da hidrelétrica em construção no Rio Xingu (PA). Os problemas são alvos de questionamentos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que no último dia 23 de fevereiro notificou a concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica de Belo Monte, por descumprir 23 medidas técnicas de segurança para evitar desligamentos de suas operações.
A agência deixou claro que "a não implantação das ações acordadas em tempo combinado poderá ter como consequência a reincidência de novos desligamentos associados às mesmas causas e com transtornos durante as perturbações.”.
O ONS informou que o prazo para apuração das causas que levaram ao colapso no fornecimento de energia deve levar de dez a quinze dias. Além das causas que geraram falha no disjuntor da linha de transmissão, irá apurar também por que as usinas da região levaram mais tempo para recomposição do que o previsto.
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