Por Altamiro Borges
Uma notinha na revista Época informa que “o ex-senador Demóstenes Torres disputará as eleições ao Senado por Goiás neste ano. Na terça-feira (27), o ministro do Supremo Dias Toffoli concedeu liminar garantindo a possibilidade de se candidatar. Torres teve seu mandato de senador cassado em 2012 após ser acusado de ter mentido sobre suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, então investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Monte Carlo. Ele ficaria inelegível até 2027. Torres está filiado ao PTB, cujo principal nome no estado é o deputado federal Jovair Arantes. Torres afirmou que, em função das alianças da legenda em Goiás, deverá estar no mesmo palanque do governador Marconi Perillo (PSDB), que também tentará uma vaga no Senado”.
Demóstenes Torres, ex-líder do DEM, ganhou fama no cenário político em função dos seus discursos raivosos contra Lula, Dilma e as forças de esquerda. Pelos serviços sujos prestados, o ex-demo foi eleito pela revista Veja como um dos “mosqueteiros da ética” no Brasil. Pouco tempo depois, ele foi flagrado em suas relações íntimas com o mafioso Carlinhos Cachoeira e teve o seu mandato cassado em julho de 2012, por 56 a 19 votos. O falso moralista chegou até a ser preso pela Polícia Federal por suspeita de chefiar um bilionário esquema de corrupção. Com o passar do tempo, porém, ele sumiu do noticiário e retomou o cargo de procurador de Justiça no Ministério Público. Agora, livre e solto, o novo filiado do PTB já fala em disputar novamente uma vaga no Senado.
Em entrevista à Folha, em outubro passado, Demóstenes Torres exibiu toda a sua impunidade e disse que pretende retomar a vida pública para defender o “o belíssimo trabalho que fiz pelo Brasil”. No final de janeiro, a jornalista Mônica Bergamo informou que o ex-senador “recebeu do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) um salário bruto de R$ 218.547,17 em novembro. Como procurador de Justiça, ele tem um salário mensal de cerca de R$ 30 mil. O valor total foi atingido devido à adição da remuneração natalina (R$ 15 mil) e do ‘abono de permanência’ (R$ 172 mil) – a soma de todas as contribuições previdenciárias feitas por ele desde agosto de 2014, quando o ex-senador teria o direito de entrar com pedido de aposentadoria”.
“Demóstenes estava afastado desde 2012 e respondia a um processo por corrupção passiva e advocacia privilegiada em favor do empresário [sic] Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, mas seguia recebendo o salário com os descontos previdenciários. As provas foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016 e o Tribunal de Justiça de Goiás extinguiu a ação em junho de 2017, quando ele voltou ao cargo de procurador e solicitou a devolução da contribuição previdenciária”.
A conferir como será a votação do “mosqueteiro da ética” da revista Veja!
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Em entrevista à Folha, em outubro passado, Demóstenes Torres exibiu toda a sua impunidade e disse que pretende retomar a vida pública para defender o “o belíssimo trabalho que fiz pelo Brasil”. No final de janeiro, a jornalista Mônica Bergamo informou que o ex-senador “recebeu do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) um salário bruto de R$ 218.547,17 em novembro. Como procurador de Justiça, ele tem um salário mensal de cerca de R$ 30 mil. O valor total foi atingido devido à adição da remuneração natalina (R$ 15 mil) e do ‘abono de permanência’ (R$ 172 mil) – a soma de todas as contribuições previdenciárias feitas por ele desde agosto de 2014, quando o ex-senador teria o direito de entrar com pedido de aposentadoria”.
“Demóstenes estava afastado desde 2012 e respondia a um processo por corrupção passiva e advocacia privilegiada em favor do empresário [sic] Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, mas seguia recebendo o salário com os descontos previdenciários. As provas foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016 e o Tribunal de Justiça de Goiás extinguiu a ação em junho de 2017, quando ele voltou ao cargo de procurador e solicitou a devolução da contribuição previdenciária”.
A conferir como será a votação do “mosqueteiro da ética” da revista Veja!
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