Por Altamiro Borges
Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo, segue empacado nas pesquisas e ainda enfrenta problemas em seu próprio partido. Ninguém se entende no ninho. FHC, por exemplo, não esconde a sua rejeição ao presidenciável do PSDB e espalha a cizânia. Após a desistência de Luciano Huck, que fugiu da briga temendo a exposição das suas tretas, o grão-tucano agora resolveu testar o nome do dono da Riachuelo, o escravocrata Flávio Rocha. Outros tucaninhos, menos paparicados pela mídia, também já fixam prazo para depenar o governador. Caso não decole nas pesquisas até abril, eles prometem retomar a campanha do traíra João Doria, o “prefake” da capital paulista. No meio destas bicadas sangrentas, porém, Geraldo Alckmin teve uma notícia alvissareira na semana passada. Os monarquistas sinalizaram apoio ao seu sonho presidencial. Agora vai!
Segundo matéria da Folha, publicada na quinta-feira (1), a tendência foi apontada pelo “príncipe” dom Bertrand de Orleans e Bragança, 77 anos, trineto de dom Pedro 2º. “Reunidos no Nacional Club, espaço com ares aristocráticos cercado de árvores no Pacaembu (zona oeste de São Paulo), apoiadores da restauração do regime monarquista se refestelam nos assentos após um almoço de confraternização na sexta-feira (23). Com cardápio a R$ 55, bebidas à parte, o ‘almoço com a família imperial’, como anunciado inicialmente no convite, acaba ocorrendo com um só membro do clã. Cerca de 70 pessoas comparecem. ‘É bom saber que não somos 'avis rara' [ave rara] na sociedade, pelo contrário", diz dom Bertrand, celebrando o quórum”.
“Diante da plateia salpicada de cabeças brancas, o príncipe – segundo na linha de sucessão, se um dia o Brasil voltasse à monarquia – faz curto discurso. Festeja a ‘onda conservadora’ que cria ambiente favorável à causa da realeza, “já que a República claramente deu errado’. ‘O Brasil sente muito um fenômeno, que é o aspecto pendular da história. A juventude hoje é mais conservadora’, segue ele, citando o apego a valores cristãos como família, trabalho e temor de Deus. Como o Brasil não voltou a ter uma corte, a eleição presidencial ainda é um tema a ser debatido. Os convidados assentem com a cabeça quando dom Bertrand diz ‘que nossa bandeira é verde e amarela, jamais será vermelha’”.
Ouvido pela Folha, dom Bertrand de Orleans e Bragança apresentou o programa da seita – ele aposta em “um candidato que tenha coragem de defender os valores da família, da livre iniciativa, do princípio de solidariedade, da redução do tamanho do paquiderme estatal” – e indicou que “Geraldo Alckmin é uma boa opção”. Arrogante e aristocrático, o “príncipe” decrépito deu até conselhos ao tucano. “Se tiver coragem de tomar posições claras nessas matérias, ele vence tranquilamente”. A seita garante que está em expansão no país, embora não apresente qualquer indicador seguro. Em plebiscito realizado em 1993, a proposta da volta da monarquia teve apenas 10% dos votos. Geraldo Alckmin deve estar aliviado com este expressivo apoio!
Leia também:
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- Alckmin enquadra PSDB contra os aposentados
Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo, segue empacado nas pesquisas e ainda enfrenta problemas em seu próprio partido. Ninguém se entende no ninho. FHC, por exemplo, não esconde a sua rejeição ao presidenciável do PSDB e espalha a cizânia. Após a desistência de Luciano Huck, que fugiu da briga temendo a exposição das suas tretas, o grão-tucano agora resolveu testar o nome do dono da Riachuelo, o escravocrata Flávio Rocha. Outros tucaninhos, menos paparicados pela mídia, também já fixam prazo para depenar o governador. Caso não decole nas pesquisas até abril, eles prometem retomar a campanha do traíra João Doria, o “prefake” da capital paulista. No meio destas bicadas sangrentas, porém, Geraldo Alckmin teve uma notícia alvissareira na semana passada. Os monarquistas sinalizaram apoio ao seu sonho presidencial. Agora vai!
Segundo matéria da Folha, publicada na quinta-feira (1), a tendência foi apontada pelo “príncipe” dom Bertrand de Orleans e Bragança, 77 anos, trineto de dom Pedro 2º. “Reunidos no Nacional Club, espaço com ares aristocráticos cercado de árvores no Pacaembu (zona oeste de São Paulo), apoiadores da restauração do regime monarquista se refestelam nos assentos após um almoço de confraternização na sexta-feira (23). Com cardápio a R$ 55, bebidas à parte, o ‘almoço com a família imperial’, como anunciado inicialmente no convite, acaba ocorrendo com um só membro do clã. Cerca de 70 pessoas comparecem. ‘É bom saber que não somos 'avis rara' [ave rara] na sociedade, pelo contrário", diz dom Bertrand, celebrando o quórum”.
“Diante da plateia salpicada de cabeças brancas, o príncipe – segundo na linha de sucessão, se um dia o Brasil voltasse à monarquia – faz curto discurso. Festeja a ‘onda conservadora’ que cria ambiente favorável à causa da realeza, “já que a República claramente deu errado’. ‘O Brasil sente muito um fenômeno, que é o aspecto pendular da história. A juventude hoje é mais conservadora’, segue ele, citando o apego a valores cristãos como família, trabalho e temor de Deus. Como o Brasil não voltou a ter uma corte, a eleição presidencial ainda é um tema a ser debatido. Os convidados assentem com a cabeça quando dom Bertrand diz ‘que nossa bandeira é verde e amarela, jamais será vermelha’”.
Ouvido pela Folha, dom Bertrand de Orleans e Bragança apresentou o programa da seita – ele aposta em “um candidato que tenha coragem de defender os valores da família, da livre iniciativa, do princípio de solidariedade, da redução do tamanho do paquiderme estatal” – e indicou que “Geraldo Alckmin é uma boa opção”. Arrogante e aristocrático, o “príncipe” decrépito deu até conselhos ao tucano. “Se tiver coragem de tomar posições claras nessas matérias, ele vence tranquilamente”. A seita garante que está em expansão no país, embora não apresente qualquer indicador seguro. Em plebiscito realizado em 1993, a proposta da volta da monarquia teve apenas 10% dos votos. Geraldo Alckmin deve estar aliviado com este expressivo apoio!
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