Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Brasil da classe média que aparece nos jornais é algo bem diferente do Brasil real do povão, onde as dificuldades, que nunca se atenuaram de forma significativa nos últimos anos, voltaram a crescer de forma vertiginosa.
Nos jornais, basta a sua própria observações, anuncia-se a toda hora “fatos positivos”: queda dos juros, índice de inflação mais baixo deste “X” anos, crescimento nas vendas de automóveis e disto e mais aquilo.
Na vida real, a história é outra e quem convive e conversa com trabalhadores cuja atividade depende da renda disponível a quem os contrata (faxineiras, pedreiros, pintores, serventes etc…) percebe que “o serviço”, que já era pouco, minguou dramaticamente nos últimos meses.
A queda no emprego formal e, consequentemente, da manutenção da renda de subsistência, fora de qualquer dúvida, abalaram a única forma de crescimento da ocupação laboral que vinha apresentando crescimento, embora tímido: o trabalho informal, que está situado exatamente neste “nicho” que representa a contratação por assalariados ou microempresários que se valem destes profissionais sem vínculo permanente e que são um contingente imenso no Brasil.
O país “oficial”, entretanto e os jornais ainda mais “oficiais” do “mercado”, costumam ignorar solenemente o drama destas pessoas.
O problema é que, mesmo invisíveis, estas pessoas existem. Existem e votam.
Será que os 1,5 milhão de pessoas que perderam seu meio de vida desde janeiro pretendem votar em Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles ou qualquer outro candidato que proclame que “o mercado” lhes dará o que comer?
Naturalmente que não, mesmo com a expressão curiosa dos jornais dizendo que o desastre no emprego se origina da “retomada lenta” da economia. Ora, é possível falar em retomada com 500 mil pessoas perdendo os meios de subsistência a cada mês?
Nada indica que essa “retomada para baixo” vá se reverter, ao contrário.
Não há ninguém que seja capaz de manter expectativas sólidas para o país, que sejam capazes de injetar confiança (a de verdade, não a declaratória, para repetir o discurso oficial, claro). Os candidatos da direita estão empacado e, sob o olhar dos donos do dinheiro, a única novidade que surgiu neste campo, Joaquim Barbosa, é mais arriscada que um jogo de roleta.
O Brasil da classe média que aparece nos jornais é algo bem diferente do Brasil real do povão, onde as dificuldades, que nunca se atenuaram de forma significativa nos últimos anos, voltaram a crescer de forma vertiginosa.
Nos jornais, basta a sua própria observações, anuncia-se a toda hora “fatos positivos”: queda dos juros, índice de inflação mais baixo deste “X” anos, crescimento nas vendas de automóveis e disto e mais aquilo.
Na vida real, a história é outra e quem convive e conversa com trabalhadores cuja atividade depende da renda disponível a quem os contrata (faxineiras, pedreiros, pintores, serventes etc…) percebe que “o serviço”, que já era pouco, minguou dramaticamente nos últimos meses.
A queda no emprego formal e, consequentemente, da manutenção da renda de subsistência, fora de qualquer dúvida, abalaram a única forma de crescimento da ocupação laboral que vinha apresentando crescimento, embora tímido: o trabalho informal, que está situado exatamente neste “nicho” que representa a contratação por assalariados ou microempresários que se valem destes profissionais sem vínculo permanente e que são um contingente imenso no Brasil.
O país “oficial”, entretanto e os jornais ainda mais “oficiais” do “mercado”, costumam ignorar solenemente o drama destas pessoas.
O problema é que, mesmo invisíveis, estas pessoas existem. Existem e votam.
Será que os 1,5 milhão de pessoas que perderam seu meio de vida desde janeiro pretendem votar em Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles ou qualquer outro candidato que proclame que “o mercado” lhes dará o que comer?
Naturalmente que não, mesmo com a expressão curiosa dos jornais dizendo que o desastre no emprego se origina da “retomada lenta” da economia. Ora, é possível falar em retomada com 500 mil pessoas perdendo os meios de subsistência a cada mês?
Nada indica que essa “retomada para baixo” vá se reverter, ao contrário.
Não há ninguém que seja capaz de manter expectativas sólidas para o país, que sejam capazes de injetar confiança (a de verdade, não a declaratória, para repetir o discurso oficial, claro). Os candidatos da direita estão empacado e, sob o olhar dos donos do dinheiro, a única novidade que surgiu neste campo, Joaquim Barbosa, é mais arriscada que um jogo de roleta.
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