Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
Com Lula preso e fora do páreo, o tucano Geraldo Alckmin e outros candidatos de direita empacados e Ciro Gomes tamponado, como ele diz, pelo drama do PT, Jair Bolsonaro nada de braçadas. A candidatura do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa pelo PSB pode finalmente tornar-se a variável tão buscada pelos caçadores do “novo”. “Ele só não será candidato se não quiser, porque 98% dos problemas internos já foram superados”, garante o deputado Júlio Delgado, líder do PSB, ao qual Barbosa se filiou no dia 7. Compreendendo isso, ontem o ex-deputado Aldo Rebelo anunciou sua desfiliação do partido, onde passou sete meses tentando se viabilizar como alternativa. Os mais entusiasmados com a candidatura de Barbosa sonham ainda com uma aliança que faria de Marina Silva sua vice.
O nome dele estará entre os candidatos testados pelo Datafolha na primeira pesquisa após a prisão do ex-presidente Lula, esperada para este final de semana. Qualquer que seja seu desempenho inicial, o ânimo do PSB vem das pesquisas qualitativas que algumas seções estaduais estão fazendo (como a gaúcha e a paulista). “Nestes levantamentos a resposta ao nome dele é altamente positiva mas muitos ainda não ligam o nome à pessoa. Imagine quando o nome e a fotografia aparecerem juntos, evocando sua atuação como presidente do STF, seu rigor no julgamento do mensalão, sua posição corajosa contra o impeachment...As pessoas estão enojadas dos políticos, , querem alguém que represente uma nova ética e uma nova prática ”, diz Delgado.
A discussão principal no PSB está vencida: alguns segmentos defendiam que o partido se concentrasse na eleição de governadores e deputados mas prevaleceu o entendimento de que, por sua expressão, não deve se ausentar de uma disputa presidencial tão crucial para a definição do futuro do país. Por conta da comoção com a prisão de Lula, o líder diz ter adiado o pronunciamento que faria na Câmara saudando a chegada de Barbosa ao partido. “Foi uma semana triste, imprópria para este tipo de anúncio”.
E a aliança com a Rede, com Marina na vaga de vice, tem futuro? Delgado não descarta mas nega que já existam conversas neste sentido. Lembra que 2014, não tendo conseguido registrar em tempo a Rede, Marina aliou-se a Eduardo Campos e tornou-se candidata a vice pelo PSB. Quando Campos morreu, ocupou a cabeça de chapa. “Esta é uma história forte, que nos aproxima e pode resultar numa nova aliança mas não vamos nos antecipar. Estamos abertos a discutir alianças, desde que programáticas e coerentes”.
A candidatura de Marina é competitiva, ela tem se mantido em terceiro lugar nas pesquisas mas enfrenta dificuldades que dão sentido a uma eventual aliança. A Rede terá menos de um minuto de tempo de televisão e sua cota do fundo eleitoral será ínfima.
Sujos e mal lavados
Nada mais irônico que o tema da Cúpula das Américas que começa hoje em Lima, a colaboração regional no combate à corrupção. Pois mesmo tendo Donald Trump desistido de comparecer (ocupado em planejar um ataque à Síria), a reunião será uma espécie de cúpula de governos corruptos. Começando pelo Brasil, cujo presidente estava ontem reunido com advogados, após a revelação de que obras na casa de uma filha foram pagas em dinheiro vivo pela mulher do coronel Lima, a quem a JBS diz ter entregado recursos destinados a Temer.
O nome dele estará entre os candidatos testados pelo Datafolha na primeira pesquisa após a prisão do ex-presidente Lula, esperada para este final de semana. Qualquer que seja seu desempenho inicial, o ânimo do PSB vem das pesquisas qualitativas que algumas seções estaduais estão fazendo (como a gaúcha e a paulista). “Nestes levantamentos a resposta ao nome dele é altamente positiva mas muitos ainda não ligam o nome à pessoa. Imagine quando o nome e a fotografia aparecerem juntos, evocando sua atuação como presidente do STF, seu rigor no julgamento do mensalão, sua posição corajosa contra o impeachment...As pessoas estão enojadas dos políticos, , querem alguém que represente uma nova ética e uma nova prática ”, diz Delgado.
A discussão principal no PSB está vencida: alguns segmentos defendiam que o partido se concentrasse na eleição de governadores e deputados mas prevaleceu o entendimento de que, por sua expressão, não deve se ausentar de uma disputa presidencial tão crucial para a definição do futuro do país. Por conta da comoção com a prisão de Lula, o líder diz ter adiado o pronunciamento que faria na Câmara saudando a chegada de Barbosa ao partido. “Foi uma semana triste, imprópria para este tipo de anúncio”.
E a aliança com a Rede, com Marina na vaga de vice, tem futuro? Delgado não descarta mas nega que já existam conversas neste sentido. Lembra que 2014, não tendo conseguido registrar em tempo a Rede, Marina aliou-se a Eduardo Campos e tornou-se candidata a vice pelo PSB. Quando Campos morreu, ocupou a cabeça de chapa. “Esta é uma história forte, que nos aproxima e pode resultar numa nova aliança mas não vamos nos antecipar. Estamos abertos a discutir alianças, desde que programáticas e coerentes”.
A candidatura de Marina é competitiva, ela tem se mantido em terceiro lugar nas pesquisas mas enfrenta dificuldades que dão sentido a uma eventual aliança. A Rede terá menos de um minuto de tempo de televisão e sua cota do fundo eleitoral será ínfima.
Sujos e mal lavados
Nada mais irônico que o tema da Cúpula das Américas que começa hoje em Lima, a colaboração regional no combate à corrupção. Pois mesmo tendo Donald Trump desistido de comparecer (ocupado em planejar um ataque à Síria), a reunião será uma espécie de cúpula de governos corruptos. Começando pelo Brasil, cujo presidente estava ontem reunido com advogados, após a revelação de que obras na casa de uma filha foram pagas em dinheiro vivo pela mulher do coronel Lima, a quem a JBS diz ter entregado recursos destinados a Temer.
O anfitrião peruano, Martín Vizcarra, tomou posse em março, depois da renúncia de Pedro Pablo Kucinski, acusado de receber propina da Odebrecht. Pelo mesmo motivo, o vice-presidente do Equador, Jorge Glas, foi condenado e preso. O colombiano Juan Manuel Santos está sendo investigado pela suspeita de ter tido sua campanha financiada pela empreiteira brasileira. Dificilmente será levada a sério, pelo mundo, a Carta de Lima que pretendem assinar.
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