Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Mesmo barrado pela decisão de uma juíza federal de Curitiba, Adolfo Perez Esquivel, Premio Nobel da Paz, apresentou-se às 10 horas da manhã desta quinta-feira para visitar o ex-presidente Lula no cárcere em que se encontra isolado na sede da Polícia Federal em Curitiba.
São 13h50 quando começo a escrever este post e não há notícias nos principais portais informando se Esquivel conseguiu ou não visitar o seu velho amigo.
Será que isso também é considerado normal num país em que cada um faz a sua própria lei e só se noticia o que é de interesse dos donos do poder?
É possível que ninguém no governo brasileiro tenha se dado conta até agora do vexame internacional causado por este gesto autoritário de impedir um Premio Nobel de entrar nas suas dependências carcerárias?
Encarregado de zelar pela imagem do brasil no exterior, será que o Itamaraty não tem nada a dizer, não vai nenhuma providência?
Segundo o site da revista Fórum, as advogadas de Esquivel encaminharam ao STF uma petição com cópias do pedido de inspeção das instalações e autorização da visita pessoal a Lula, mas não receberam resposta.
Esquivel protocolou uma comunicação de inspeção com anotação de urgência baseada nas regras Mínimas para Tratamento de Presos da ONU, conhecidas como “Regras de Mandela”.
Fundador do Servicio Paz e Justicia da Argentina, entidade de defesa de direitos humanos que corresponde à Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo criada por D. Paulo Evaristo Arns, Esquivel é membro do sistema de ONGs da ONU desde 1986.
Septuagenário como Lula, pacifista por natureza, Esquivel foi preso político na ditadura militar argentina e visitou D. Paulo no auge da repressão militar no Brasil. Que perigo ele pode representar para a ordem pública e do presídio?
Estive com Esquivel e D. Paulo nos anos 80 durante um encontro com D. Paulo Evaristo na casa do jornalista Ricardo Carvalho e posso garantir que se trata de um homem afável que dedicou a sua vida a lutar por justiça onde fosse necessário.
Se até o Prêmio Nobel é barrado, que chances eu tenho de visitar meu amigo Lula? Será que ele foi condenado também à incomunicabilidade?
E se o papa Francisco, argentino como Esquivel, pedir para visitar Lula, vai ser barrado também?
Como cidadão brasileiro, sinto vergonha pelo que estamos passando, mostrando ao mundo nossa pior cara - a cara da intolerância e da burrice.
Vida que segue ladeira abaixo, sem limites para o livre arbítrio de uma Justiça vingativa que não respeita a dignidade humana.
São 13h50 quando começo a escrever este post e não há notícias nos principais portais informando se Esquivel conseguiu ou não visitar o seu velho amigo.
Será que isso também é considerado normal num país em que cada um faz a sua própria lei e só se noticia o que é de interesse dos donos do poder?
É possível que ninguém no governo brasileiro tenha se dado conta até agora do vexame internacional causado por este gesto autoritário de impedir um Premio Nobel de entrar nas suas dependências carcerárias?
Encarregado de zelar pela imagem do brasil no exterior, será que o Itamaraty não tem nada a dizer, não vai nenhuma providência?
Segundo o site da revista Fórum, as advogadas de Esquivel encaminharam ao STF uma petição com cópias do pedido de inspeção das instalações e autorização da visita pessoal a Lula, mas não receberam resposta.
Esquivel protocolou uma comunicação de inspeção com anotação de urgência baseada nas regras Mínimas para Tratamento de Presos da ONU, conhecidas como “Regras de Mandela”.
Fundador do Servicio Paz e Justicia da Argentina, entidade de defesa de direitos humanos que corresponde à Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo criada por D. Paulo Evaristo Arns, Esquivel é membro do sistema de ONGs da ONU desde 1986.
Septuagenário como Lula, pacifista por natureza, Esquivel foi preso político na ditadura militar argentina e visitou D. Paulo no auge da repressão militar no Brasil. Que perigo ele pode representar para a ordem pública e do presídio?
Estive com Esquivel e D. Paulo nos anos 80 durante um encontro com D. Paulo Evaristo na casa do jornalista Ricardo Carvalho e posso garantir que se trata de um homem afável que dedicou a sua vida a lutar por justiça onde fosse necessário.
Se até o Prêmio Nobel é barrado, que chances eu tenho de visitar meu amigo Lula? Será que ele foi condenado também à incomunicabilidade?
E se o papa Francisco, argentino como Esquivel, pedir para visitar Lula, vai ser barrado também?
Como cidadão brasileiro, sinto vergonha pelo que estamos passando, mostrando ao mundo nossa pior cara - a cara da intolerância e da burrice.
Vida que segue ladeira abaixo, sem limites para o livre arbítrio de uma Justiça vingativa que não respeita a dignidade humana.
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