Por Altamiro Borges
Em matéria publicada neste sábado (19), o sempre suspeito jornal ‘Estado de Minas’ confirmou o que todos já desconfiavam: Aécio Neves, o golpista que jogou o país no caos e abriu caminho para a chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer, virou pó e não aspira mais nada. Quem revelou o fim de carreira foi seu fiel pupilo, que também está pendurado na brocha, Antonio Anastasia, o ex-governador tucano de Minas Gerais que está em campanha para voltar ao posto. Questionado pelo diário, ele foi taxativo: “O Aécio não será [candidato ao Senado]. Ainda estamos discutindo os nomes, mas não vai ser ele”. Nem mesmo a disputa por uma vaga à Câmara Federal está garantida. Antonio Anastasia informou que essa hipótese apenas “está sendo considerada”. Triste fim!
A confirmação da desistência foi dada durante a visita ao Estado de outro tucano depenado, o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin – pré-candidato do PSDB à Presidência da República. Segundo o jornal, “Anastasia e Alckmin se encontraram nessa sexta-feira à noite em um hotel em Poços de Caldas para discutir estratégias de campanha. Ao chegar para a reunião, o ex-governador de São Paulo foi alvo de protestos de manifestantes que seguravam cartazes com os dizeres ‘cadê o dinheiro da merenda?’ e ‘governador que agride professor’ e gritavam palavras de ordem, como ‘golpista’. Alckmin não falou com a reportagem. Anastasia disse que o PSDB ‘sabe a importância’ de um bom resultado eleitoral em Minas Gerais após o desempenho do partido na última eleição”.
Na disputa eleitoral de 2014, o cambaleante foi derrotado – “quem conhece Aécio não vota nele”, diziam os mineiros – e a sigla também foi desalojada do governo estadual, com o fiasco de Pimenta da Veiga. Passados quatro anos, a cena pode se repetir em outubro próximo. Geraldo Alckmin não supera um digito em todas as sondagens eleitorais no Estado, Aécio Neves está em coma e Antonio Anastasia ainda tenta sobreviver. Segundo notinha recente publicada pela revista Época, assinada pelo jornalista Murilo Ramos, o tucano até pode desistir da disputa ao governo estadual.
“O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) relutou bastante até aceitar se candidatar ao governo de Minas Gerais. Nos próximos dias e semanas, sua candidatura, de forma precoce, deverá ser afetada por dois capítulos importantes envolvendo ex-governadores tucanos. O primeiro diz respeito a Eduardo Azeredo. Condenado no mensalão mineiro, ele poderá ser preso em breve. Já Aécio Neves, padrinho político de Anastasia, poderá se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi acusado por Joesley Batista e Wesley Batista de receber R$ 2 milhões em propina da JBS. Anastasia, a depender dos resultados, terá de carregar os pecados dos colegas tucanos na campanha. Os adversários aguardam com grande ansiedade”.
Em tempo: Caso decida levar a sua campanha adiante, Antonio Anastasia terá que dar várias explicações aos mineiros – além de esconder do seu palanque os indesejáveis Aécio Neves e Eduardo Azeredo. Ele carrega inúmeras denúncias de irregularidades nas costas. Em matéria postada em março último, o blogueiro Luis Nassif revelou mais um dos seus calvários. Vale conferir:
*****
Operação revela aparelhamento da saúde na gestão Anastasia
Deflagrada hoje em Minas Gerais pela Polícia Federal, a Operação Amphibia bateu em um dos esquemas de financiamento do grupo de Aécio Neves, e comprova o aparelhamento da gestão do ex-governador Antonio Anastasia.
A operação investigou desvio de recursos da Secretaria de Saúde do Estado no período 2012-2016. As duas empresas envolvidas têm participação direta em campanhas eleitorais, a Varkus para a campanha de Pimenta da Veiga ao governo do Estado, em 2014; a SP Evento Promocionais em campanhas para vereadores em Juiz de Fora, reduto do então Secretário de Saúde, deputado estadual Antônio Jorge, do PPS.
Os primeiros indícios das fraudes foram levantados pela Controladoria Geral do Estado (CGE). Depois, foram aprofundadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e constaram de um relatório sobre a legalidade, economicidade e eficácia dos recursos federais no Estado. A análise identificou desvios e falta de efetividade na distribuição dos insumos, o que teria levado ao aumento dos casos de dengue no período.
As fraudes foram cometidas em eventos relacionados ao combate ao virus da dengue.
Uma das atividades do contrato consistia em promover eventos de campanha de combate à dengue em mais de 100 cidades.
Nessa modalidade de licitação, é contratada uma empresa incumbida de subcontratar eventos, sendo remunerada por taxa de administração.
A SP Eventos foi contratada em um leilão presencial. Perícia nas catracas eletrônicas da Secretaria da Saúde confirmaram 15 visitas de pessoas da SP no período imediatamente anterior à publicação do edital. Depois, mais de 90% das subcontratações foram com a empresa Varkus.
O referencial dos preços dos serviços, que serve de base para a definição do orçamento, se baseou apenas contratos das próprias Varkus e SP Promoções.
Investigações constataram elos entre ambas as empresas.
A gestora do contrato - e ordenadora de despesas - era a própria assessora de comunicação social da Secretaria, que era prima de um dos gerentes da Varkus. Por sua vez, a filha de um dos sócios da Varkus era sócia da SP Promoções.
Além do superfaturamento dos eventos, o golpe maior consistiu na simulação ocorrida na prestação de contas.No mesmo período, a Secretaria de Saúde e o Ministério da Saúde, através da CEMAIS, realizavam a mesma atividade, em campanhas contra dengue. Parte do golpe consistia em marcar os eventos da Varkus nos mesmos locais da CEMAIS. Na prestação de contas, fotografam o evento da própria CEMAIS e prestavam conta como se fossem da SP-Arkus. Só nesse tipo de golpe, desviaram R$ 27 milhões, dos R$ 68,58 milhões empenhados no projeto.
Até agora, a saúde era uma das vitrines da suposta gestão superior do governo Anastasia, que foi permanentemente contaminada pelos compromissos políticos do grupo de Aécio..
Psiquiatra, Antônio Rogério fez carreira no funcionalismo público, sempre na saúde pública. É um caso raro de militante da saúde pública envolvido em desvios de verbas
A assessora Gisele continua lotada em seu gabinete, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Em matéria publicada neste sábado (19), o sempre suspeito jornal ‘Estado de Minas’ confirmou o que todos já desconfiavam: Aécio Neves, o golpista que jogou o país no caos e abriu caminho para a chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer, virou pó e não aspira mais nada. Quem revelou o fim de carreira foi seu fiel pupilo, que também está pendurado na brocha, Antonio Anastasia, o ex-governador tucano de Minas Gerais que está em campanha para voltar ao posto. Questionado pelo diário, ele foi taxativo: “O Aécio não será [candidato ao Senado]. Ainda estamos discutindo os nomes, mas não vai ser ele”. Nem mesmo a disputa por uma vaga à Câmara Federal está garantida. Antonio Anastasia informou que essa hipótese apenas “está sendo considerada”. Triste fim!
A confirmação da desistência foi dada durante a visita ao Estado de outro tucano depenado, o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin – pré-candidato do PSDB à Presidência da República. Segundo o jornal, “Anastasia e Alckmin se encontraram nessa sexta-feira à noite em um hotel em Poços de Caldas para discutir estratégias de campanha. Ao chegar para a reunião, o ex-governador de São Paulo foi alvo de protestos de manifestantes que seguravam cartazes com os dizeres ‘cadê o dinheiro da merenda?’ e ‘governador que agride professor’ e gritavam palavras de ordem, como ‘golpista’. Alckmin não falou com a reportagem. Anastasia disse que o PSDB ‘sabe a importância’ de um bom resultado eleitoral em Minas Gerais após o desempenho do partido na última eleição”.
Na disputa eleitoral de 2014, o cambaleante foi derrotado – “quem conhece Aécio não vota nele”, diziam os mineiros – e a sigla também foi desalojada do governo estadual, com o fiasco de Pimenta da Veiga. Passados quatro anos, a cena pode se repetir em outubro próximo. Geraldo Alckmin não supera um digito em todas as sondagens eleitorais no Estado, Aécio Neves está em coma e Antonio Anastasia ainda tenta sobreviver. Segundo notinha recente publicada pela revista Época, assinada pelo jornalista Murilo Ramos, o tucano até pode desistir da disputa ao governo estadual.
“O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) relutou bastante até aceitar se candidatar ao governo de Minas Gerais. Nos próximos dias e semanas, sua candidatura, de forma precoce, deverá ser afetada por dois capítulos importantes envolvendo ex-governadores tucanos. O primeiro diz respeito a Eduardo Azeredo. Condenado no mensalão mineiro, ele poderá ser preso em breve. Já Aécio Neves, padrinho político de Anastasia, poderá se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi acusado por Joesley Batista e Wesley Batista de receber R$ 2 milhões em propina da JBS. Anastasia, a depender dos resultados, terá de carregar os pecados dos colegas tucanos na campanha. Os adversários aguardam com grande ansiedade”.
Em tempo: Caso decida levar a sua campanha adiante, Antonio Anastasia terá que dar várias explicações aos mineiros – além de esconder do seu palanque os indesejáveis Aécio Neves e Eduardo Azeredo. Ele carrega inúmeras denúncias de irregularidades nas costas. Em matéria postada em março último, o blogueiro Luis Nassif revelou mais um dos seus calvários. Vale conferir:
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Operação revela aparelhamento da saúde na gestão Anastasia
Deflagrada hoje em Minas Gerais pela Polícia Federal, a Operação Amphibia bateu em um dos esquemas de financiamento do grupo de Aécio Neves, e comprova o aparelhamento da gestão do ex-governador Antonio Anastasia.
A operação investigou desvio de recursos da Secretaria de Saúde do Estado no período 2012-2016. As duas empresas envolvidas têm participação direta em campanhas eleitorais, a Varkus para a campanha de Pimenta da Veiga ao governo do Estado, em 2014; a SP Evento Promocionais em campanhas para vereadores em Juiz de Fora, reduto do então Secretário de Saúde, deputado estadual Antônio Jorge, do PPS.
Os primeiros indícios das fraudes foram levantados pela Controladoria Geral do Estado (CGE). Depois, foram aprofundadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e constaram de um relatório sobre a legalidade, economicidade e eficácia dos recursos federais no Estado. A análise identificou desvios e falta de efetividade na distribuição dos insumos, o que teria levado ao aumento dos casos de dengue no período.
As fraudes foram cometidas em eventos relacionados ao combate ao virus da dengue.
Uma das atividades do contrato consistia em promover eventos de campanha de combate à dengue em mais de 100 cidades.
Nessa modalidade de licitação, é contratada uma empresa incumbida de subcontratar eventos, sendo remunerada por taxa de administração.
A SP Eventos foi contratada em um leilão presencial. Perícia nas catracas eletrônicas da Secretaria da Saúde confirmaram 15 visitas de pessoas da SP no período imediatamente anterior à publicação do edital. Depois, mais de 90% das subcontratações foram com a empresa Varkus.
O referencial dos preços dos serviços, que serve de base para a definição do orçamento, se baseou apenas contratos das próprias Varkus e SP Promoções.
Investigações constataram elos entre ambas as empresas.
A gestora do contrato - e ordenadora de despesas - era a própria assessora de comunicação social da Secretaria, que era prima de um dos gerentes da Varkus. Por sua vez, a filha de um dos sócios da Varkus era sócia da SP Promoções.
Além do superfaturamento dos eventos, o golpe maior consistiu na simulação ocorrida na prestação de contas.No mesmo período, a Secretaria de Saúde e o Ministério da Saúde, através da CEMAIS, realizavam a mesma atividade, em campanhas contra dengue. Parte do golpe consistia em marcar os eventos da Varkus nos mesmos locais da CEMAIS. Na prestação de contas, fotografam o evento da própria CEMAIS e prestavam conta como se fossem da SP-Arkus. Só nesse tipo de golpe, desviaram R$ 27 milhões, dos R$ 68,58 milhões empenhados no projeto.
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