Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O esforço descomunal da “justiça” para impedir que Lula tenha contatos políticos deriva do medo irracional que a direita acalenta de que o ex-presidente siga forte nas pesquisas. Se isso ocorrer e ele não disputar a eleição ou não indicar sucessor, o Brasil pode sofrer uma cataclísmica crise institucional que aprofundará a crise econômica e tocará fogo no país.
Chega a ser engraçado dizer que quem melhor elaborou a teoria de que o Brasil corre um grave risco de crise institucional se Lula continuar forte ou até se subir nas pesquisas e, depois, não participar da eleição sem indicar substituto, foi um dos artífices do desastre que o país vive hoje…
Reinaldo Azevedo, ex-colunista e blogueiro da revista Veja, passou a primeira década do século XXI e metade da segunda construindo a base para que um jumento como Jair Bolsonaro construísse o que o mesmo Azevedo chama hoje de “direita xucra”
Inventor do Termo “petralha”, insuflou a intolerância e a ignorância que, hoje, tenta combater fazendo até – espanto! – defesas de Lula e do PT…
Mas que tese é essa que Azevedo endossa e até explica muito bem? Vamos ver um trecho do último artigo dele publicado na Folha de São Paulo em 11 de maio de 2018.
“(…) mantida — e será — a inelegibilidade de Lula, o partido não apresentaria uma alternativa, o que deslegitimaria a disputa (…) É certo que custaria caro ao país. Uma avalanche de votos brancos e nulos e a turbulência permanente teriam força para desestabilizar a democracia (…)”
Mas quem explica completamente o que esse cenário descrito por Azevedo resultaria para o país é o Instituto Datafolha.
Um trecho de análise do diretor do instituto de pesquisas, Mauro Paulino, esclarece porque a eleição de 2018 pode produzir mais crise a partir de 2019. Uma crise muito maior. Vamos ler esse trecho:
“(…) A crise democrática fica ainda mais evidente nas simulações de segundo turno. Em duas dentre três hipóteses testadas sem Lula, brancos e nulos disputam a liderança com os dois candidatos finalistas, dentro da margem de erro da pesquisa. Nesses cenários, se a eleição fosse agora, o Brasil poderia eleger um presidente rejeitado por quase 70% da população. Improvável? Dilma foi reeleita com a maioria dos votos válidos, mas não do total de votos, no segundo turno de 2014. Collor em 1989 também. Ambos não chegaram ao fim de seus mandatos (…)”
A má notícia para os golpistas é que já circulam boatos em Brasília de que as pesquisas de maio devem mostrar que Lula conserva sua força eleitoral, podendo até subir nessas pesquisas. Nesse caso, a saída de Lula da disputa, combinada com uma não indicação de um substituto, vai gerar uma crise institucional de resultados imprevisíveis…
E tome crise!
O esforço descomunal da “justiça” para impedir que Lula tenha contatos políticos deriva do medo irracional que a direita acalenta de que o ex-presidente siga forte nas pesquisas. Se isso ocorrer e ele não disputar a eleição ou não indicar sucessor, o Brasil pode sofrer uma cataclísmica crise institucional que aprofundará a crise econômica e tocará fogo no país.
Chega a ser engraçado dizer que quem melhor elaborou a teoria de que o Brasil corre um grave risco de crise institucional se Lula continuar forte ou até se subir nas pesquisas e, depois, não participar da eleição sem indicar substituto, foi um dos artífices do desastre que o país vive hoje…
Reinaldo Azevedo, ex-colunista e blogueiro da revista Veja, passou a primeira década do século XXI e metade da segunda construindo a base para que um jumento como Jair Bolsonaro construísse o que o mesmo Azevedo chama hoje de “direita xucra”
Inventor do Termo “petralha”, insuflou a intolerância e a ignorância que, hoje, tenta combater fazendo até – espanto! – defesas de Lula e do PT…
Mas que tese é essa que Azevedo endossa e até explica muito bem? Vamos ver um trecho do último artigo dele publicado na Folha de São Paulo em 11 de maio de 2018.
“(…) mantida — e será — a inelegibilidade de Lula, o partido não apresentaria uma alternativa, o que deslegitimaria a disputa (…) É certo que custaria caro ao país. Uma avalanche de votos brancos e nulos e a turbulência permanente teriam força para desestabilizar a democracia (…)”
Mas quem explica completamente o que esse cenário descrito por Azevedo resultaria para o país é o Instituto Datafolha.
Um trecho de análise do diretor do instituto de pesquisas, Mauro Paulino, esclarece porque a eleição de 2018 pode produzir mais crise a partir de 2019. Uma crise muito maior. Vamos ler esse trecho:
“(…) A crise democrática fica ainda mais evidente nas simulações de segundo turno. Em duas dentre três hipóteses testadas sem Lula, brancos e nulos disputam a liderança com os dois candidatos finalistas, dentro da margem de erro da pesquisa. Nesses cenários, se a eleição fosse agora, o Brasil poderia eleger um presidente rejeitado por quase 70% da população. Improvável? Dilma foi reeleita com a maioria dos votos válidos, mas não do total de votos, no segundo turno de 2014. Collor em 1989 também. Ambos não chegaram ao fim de seus mandatos (…)”
A má notícia para os golpistas é que já circulam boatos em Brasília de que as pesquisas de maio devem mostrar que Lula conserva sua força eleitoral, podendo até subir nessas pesquisas. Nesse caso, a saída de Lula da disputa, combinada com uma não indicação de um substituto, vai gerar uma crise institucional de resultados imprevisíveis…
E tome crise!
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