Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:
Cada um veste a camisa que lhe convém e troca a roupa quando lhe é conveniente. Tem sido assim a trajetória adotada por parte da dita esquerda brasileira após a ditadura.
Uma massa enorme desses ex-militantes migrou para o lado oposto, a ultradireita golpista. Parece que arrependidos com o que eram. Subiram a escada pela esquerda e desceram pela direita até o inferno.
A migração da esquerda para a direita não é novidade no mundo todo, mas por aqui o fenômeno passa a ser mais curioso e assustador. Há muitos exemplos. É o caso de Fernando Gabeira, ex-integrante da luta armada que, sob a ditadura, participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, no Rio de Janeiro, em 1969.
Ao voltar do exílio, Gabeira iniciou o processo de transformação. Fez sucesso inicialmente com uma tanga de crochê nas areias de Ipanema. Posteriormente, elegeu-se deputado ainda com um viés de esquerda.
Hoje, Gabeira brilha aos olhos dos golpistas. E tornou-se estrela do império Globo, na televisão e no jornal, onde assina uma coluna semanal.
Recentemente, ele atacou três ministros do STF por terem tirado das mãos do juiz Sergio Moro documentos da Odebrecht, enviando-os para a Justiça de São Paulo.
Gabeira delatou: “Tudo para proteger Lula”. O mesmo não fez, no entanto, quando do STF partiu ordem semelhante com o processo do tucano Geraldo Alckmin. Ficou calado.
Fernando Gabeira puxa uma longa fila de outros esquerdistas que migraram. O pernambucano Raul Jungmann é outro exemplo. Participou do governo de FHC e agora integra o governo Temer como ministro da Segurança Pública.
Houve aí, entretanto, um atrito com o deputado Roberto Freire, ex-mandachuva do PCB no Brasil, que fundou o PPS e passou também a militar a favor do golpe.
Freire é subordinado fiel do tucano José Serra, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) que, em 1964, foi militante da Ação Popular. Assumiu por tempo curto o Ministério das Relações Exteriores.
Outro tucano, Aloysio Nunes, militante da Aliança Libertadora Nacional, substituiu Serra. Por sua vez, Moreira Franco, ministro de Minas e Energia de Temer, era integrante da Ação Popular. Há muitos outros trânsfugas nessa história.
Monteiro Lobato, um conservador empedernido, admirador dos Estados Unidos, em uma crônica premonitória antecipou essa migração. Ele imaginou que o Partido Comunista Brasileiro tivesse assumido o poder e comunicasse a vitória a Stalin em curto telegrama.
Após as saudações de praxe, os integrantes do Politburo, o Comitê Central do PCB, assinavam a comunicação: José Maria Alckmin, Benedito Valadares e Tancredo Neves, entre outros.
Uma massa enorme desses ex-militantes migrou para o lado oposto, a ultradireita golpista. Parece que arrependidos com o que eram. Subiram a escada pela esquerda e desceram pela direita até o inferno.
A migração da esquerda para a direita não é novidade no mundo todo, mas por aqui o fenômeno passa a ser mais curioso e assustador. Há muitos exemplos. É o caso de Fernando Gabeira, ex-integrante da luta armada que, sob a ditadura, participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, no Rio de Janeiro, em 1969.
Ao voltar do exílio, Gabeira iniciou o processo de transformação. Fez sucesso inicialmente com uma tanga de crochê nas areias de Ipanema. Posteriormente, elegeu-se deputado ainda com um viés de esquerda.
Hoje, Gabeira brilha aos olhos dos golpistas. E tornou-se estrela do império Globo, na televisão e no jornal, onde assina uma coluna semanal.
Recentemente, ele atacou três ministros do STF por terem tirado das mãos do juiz Sergio Moro documentos da Odebrecht, enviando-os para a Justiça de São Paulo.
Gabeira delatou: “Tudo para proteger Lula”. O mesmo não fez, no entanto, quando do STF partiu ordem semelhante com o processo do tucano Geraldo Alckmin. Ficou calado.
Fernando Gabeira puxa uma longa fila de outros esquerdistas que migraram. O pernambucano Raul Jungmann é outro exemplo. Participou do governo de FHC e agora integra o governo Temer como ministro da Segurança Pública.
Houve aí, entretanto, um atrito com o deputado Roberto Freire, ex-mandachuva do PCB no Brasil, que fundou o PPS e passou também a militar a favor do golpe.
Freire é subordinado fiel do tucano José Serra, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) que, em 1964, foi militante da Ação Popular. Assumiu por tempo curto o Ministério das Relações Exteriores.
Outro tucano, Aloysio Nunes, militante da Aliança Libertadora Nacional, substituiu Serra. Por sua vez, Moreira Franco, ministro de Minas e Energia de Temer, era integrante da Ação Popular. Há muitos outros trânsfugas nessa história.
Monteiro Lobato, um conservador empedernido, admirador dos Estados Unidos, em uma crônica premonitória antecipou essa migração. Ele imaginou que o Partido Comunista Brasileiro tivesse assumido o poder e comunicasse a vitória a Stalin em curto telegrama.
Após as saudações de praxe, os integrantes do Politburo, o Comitê Central do PCB, assinavam a comunicação: José Maria Alckmin, Benedito Valadares e Tancredo Neves, entre outros.
A forma mais abjeta de corrupção, essa que gabeira et caterva aderem na primeiro aceno com um cargo, uns maços de dinheiro ou mesmo holofotes da midia safada. Pobres gabeiras.
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