Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Na confusão armada pela ambiguidade do slogan produzido pelos inalcançáveis marqueteiros de Temer - “Brasil de volta, 20 anos em 2” -, passou despercebido de todos que a mensagem talvez fosse um presságio ou até uma vacina para o que viria em seguida.
Menos de 24 horas depois do modorrento discurso de Temer para tentar convencer a audiência de que colocou o Brasil nos trilhos (sic), o Banco Central do Brasil, sob o comando de seus aliados no mercado financeiro, divulgou que o indicador antecedente do PIB (IBC-Br) do primeiro trimestre do presente ano registrou uma queda de 0,13% em relação ao último trimestre de 2017 - baita passo para trás!
No mercado (lembre-se: no português brasileiro esse termo corresponde apenas ao conjunto de instituições financeiras que atuam no país, i.e., o setor produtivo não interessa), as expectativas já eram pouco animadoras e o cheiro de lona queimada já há seis semanas consecutivas fazia cair a mediana das estimativas do PIB de 2018 captadas pela pesquisa Focos. De uma projeção de crescimento anual de 2,92% no início de março, na última sexta-feira (11) a mediana caiu para 2,51% e, ao que tudo indica, deve seguir caindo nas próximas semanas, sob o impacto dos números do BC.
Ao leitor convém, nos próximos meses, “manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração intranquilo”. Repetirão (governo & mercado) ad nauseam que a frustração das expectativas de recuperação da economia em 2018 é consequência direta da incerteza eleitoral e da impossibilidade de realização da Reforma da Previdência.
Malditos diachos! Primeiro porque foi precisamente essa mesma camarilha política que hoje está no poder, aliada desse mesmíssimo mercado, que patrocinou o golpe contra a presidenta Dilma e dissolveu a ossatura institucional do país, lançando-o numa aventura pelo caos. Segundo porque, desde 1988, a economia brasileira convive com esse exato regime previdenciário – aliás, hoje ele está ainda mais sólido, pois ao longo das últimas décadas foram realizados ajustes importantes – sem que isto jamais tenha se configurado um entrave para o crescimento econômico.
Ao contrário, ao longo da década de 2000, com o PIB crescendo, o desemprego caindo, os salários aumentando e o avanço dos empregos com carteira assinada, nosso regime de Previdência não apenas registrou superávits consecutivos, como ajudou a impulsionar o mercado de consumo popular e com ele os investimentos e o próprio crescimento do PIB.
Na confusão armada pela ambiguidade do slogan produzido pelos inalcançáveis marqueteiros de Temer - “Brasil de volta, 20 anos em 2” -, passou despercebido de todos que a mensagem talvez fosse um presságio ou até uma vacina para o que viria em seguida.
Menos de 24 horas depois do modorrento discurso de Temer para tentar convencer a audiência de que colocou o Brasil nos trilhos (sic), o Banco Central do Brasil, sob o comando de seus aliados no mercado financeiro, divulgou que o indicador antecedente do PIB (IBC-Br) do primeiro trimestre do presente ano registrou uma queda de 0,13% em relação ao último trimestre de 2017 - baita passo para trás!
No mercado (lembre-se: no português brasileiro esse termo corresponde apenas ao conjunto de instituições financeiras que atuam no país, i.e., o setor produtivo não interessa), as expectativas já eram pouco animadoras e o cheiro de lona queimada já há seis semanas consecutivas fazia cair a mediana das estimativas do PIB de 2018 captadas pela pesquisa Focos. De uma projeção de crescimento anual de 2,92% no início de março, na última sexta-feira (11) a mediana caiu para 2,51% e, ao que tudo indica, deve seguir caindo nas próximas semanas, sob o impacto dos números do BC.
Ao leitor convém, nos próximos meses, “manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração intranquilo”. Repetirão (governo & mercado) ad nauseam que a frustração das expectativas de recuperação da economia em 2018 é consequência direta da incerteza eleitoral e da impossibilidade de realização da Reforma da Previdência.
Malditos diachos! Primeiro porque foi precisamente essa mesma camarilha política que hoje está no poder, aliada desse mesmíssimo mercado, que patrocinou o golpe contra a presidenta Dilma e dissolveu a ossatura institucional do país, lançando-o numa aventura pelo caos. Segundo porque, desde 1988, a economia brasileira convive com esse exato regime previdenciário – aliás, hoje ele está ainda mais sólido, pois ao longo das últimas décadas foram realizados ajustes importantes – sem que isto jamais tenha se configurado um entrave para o crescimento econômico.
Ao contrário, ao longo da década de 2000, com o PIB crescendo, o desemprego caindo, os salários aumentando e o avanço dos empregos com carteira assinada, nosso regime de Previdência não apenas registrou superávits consecutivos, como ajudou a impulsionar o mercado de consumo popular e com ele os investimentos e o próprio crescimento do PIB.
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