Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Ao revelar que a soma das intenções de voto de Lula supera, por 39% a 30%, o total atingido pelos principais concorrentes à eleição presidencial de outubro, o instituto Vox Populi mostra um povo que resiste com bravura aos ataques contra o candidato que representa seus direitos e conquistas.
Não se assiste, em lugar nenhum do mundo, nem mesmo sob a ditadura mais feroz, na latitude mais atrasada, a um espetáculo equivalente àquele que os brasileiros e brasileiras tem sido condenados a acompanhar todos os dias neste maio-junho de 2018.
Sempre que lhe perguntam, o eleitor diz que seu candidato a presidente é Lula. Perguntam mais uma vez, ele confirma - e assim tem feito indefinidamente, desde que os institutos de pesquisas tentam descobrir o que os 100 milhões de brasileiros pretendem fazer com seu voto para presidente, expressão máxima da soberania popular, num país onde o artigo 1 da Constituição diz que o fundamento da República se encontra nos poderes do povo.
Como sabemos, não adiantou perseguir, condenar e prender Lula. De nada serviram as manchetes desonestas, as mentiras sob encomenda, o cinismo bem remunerado. De tanto falar, anunciar e prometer, a Lava Jato não convence mais. Não engana mais.
Como o próprio Lula avisou, o país mudou para muito pior. O eleitor, não.
Quando, nessas circunstâncias que todos conhecemos, milhões de brasileiros e brasileiras dizem que pretendem eleger Lula no primeiro turno, cabe observar que a cela que lhe foi reservada, um cubículo de 15 metros quadrados na sede Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, é pequena demais para o momento histórico de quem, mais do que nunca, tornou-se protagonista de nossos destinos.
Num nação tantas vezes enganada, que sabidamente perdeu o rumo em abril de 2016 e a partir de então vive em sucessivas jornadas de atropelo, desordem e tumulto a beira de seus próprios abismos, o cidadão que a maior parcela de eleitores gostaria de ver instalado no Planalto a partir de janeiro de 2019 não pode e não deve seguir na rotina de prisioneiro perseguido e sempre pré-condenado, num ambiente de poucos metros quadrados, com direito a poucos minutos de banho de sol por dia e nenhum contato direto com o povo.
Sua condenação é uma grande injustiça mas não só. É um escândalo e um escárnio, com provas documentais que obrigam uma revisão da sentença, como a França teve a humildade de fazer com o capitão Dreyfuss, um século atrás.
Acima de tudo, é um atalho para varias voltas atrás nas rodas da nossa História, um desvio para anular os avanços reais obtidos, a muitas conquistas parciais alcançadas. O que se quer é um atraso sem volta -- e sem voto.
É por isso que se quer impedir os brasileiros e brasileiras de votar em Lula.
Ao revelar que a soma das intenções de voto de Lula supera, por 39% a 30%, o total atingido pelos principais concorrentes à eleição presidencial de outubro, o instituto Vox Populi mostra um povo que resiste com bravura aos ataques contra o candidato que representa seus direitos e conquistas.
Não se assiste, em lugar nenhum do mundo, nem mesmo sob a ditadura mais feroz, na latitude mais atrasada, a um espetáculo equivalente àquele que os brasileiros e brasileiras tem sido condenados a acompanhar todos os dias neste maio-junho de 2018.
Sempre que lhe perguntam, o eleitor diz que seu candidato a presidente é Lula. Perguntam mais uma vez, ele confirma - e assim tem feito indefinidamente, desde que os institutos de pesquisas tentam descobrir o que os 100 milhões de brasileiros pretendem fazer com seu voto para presidente, expressão máxima da soberania popular, num país onde o artigo 1 da Constituição diz que o fundamento da República se encontra nos poderes do povo.
Como sabemos, não adiantou perseguir, condenar e prender Lula. De nada serviram as manchetes desonestas, as mentiras sob encomenda, o cinismo bem remunerado. De tanto falar, anunciar e prometer, a Lava Jato não convence mais. Não engana mais.
Como o próprio Lula avisou, o país mudou para muito pior. O eleitor, não.
Quando, nessas circunstâncias que todos conhecemos, milhões de brasileiros e brasileiras dizem que pretendem eleger Lula no primeiro turno, cabe observar que a cela que lhe foi reservada, um cubículo de 15 metros quadrados na sede Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, é pequena demais para o momento histórico de quem, mais do que nunca, tornou-se protagonista de nossos destinos.
Num nação tantas vezes enganada, que sabidamente perdeu o rumo em abril de 2016 e a partir de então vive em sucessivas jornadas de atropelo, desordem e tumulto a beira de seus próprios abismos, o cidadão que a maior parcela de eleitores gostaria de ver instalado no Planalto a partir de janeiro de 2019 não pode e não deve seguir na rotina de prisioneiro perseguido e sempre pré-condenado, num ambiente de poucos metros quadrados, com direito a poucos minutos de banho de sol por dia e nenhum contato direto com o povo.
Sua condenação é uma grande injustiça mas não só. É um escândalo e um escárnio, com provas documentais que obrigam uma revisão da sentença, como a França teve a humildade de fazer com o capitão Dreyfuss, um século atrás.
Acima de tudo, é um atalho para varias voltas atrás nas rodas da nossa História, um desvio para anular os avanços reais obtidos, a muitas conquistas parciais alcançadas. O que se quer é um atraso sem volta -- e sem voto.
É por isso que se quer impedir os brasileiros e brasileiras de votar em Lula.
Que Lula é um preso político é uma verdade incontestável; e é precisamente por isso que ele seguirá preso, sendo essa prisão política estimulada pelas pesquisas eleitorais,em vez de representar qualquer tipo de constrangimento para a "Justiça" que o condenou. A única hipótese que poderia inverter essa situação seria a deflagração de um vigoroso movimento de massas, que exigisse a sua libertação e a aceitação de sua candidatura, e isto é muito diferente de uma manifestação de intenção de voto. O PT sabe disso, mas mantém a candidatura de Lula mesmo assim. Não discordo dessa posição, pois ela, de fato, colabora para ampliar a consciência sobre o GOLPE. O que me preocupa é a incapacidade do PT de reconhecer que não possui um nome substituto para derrotar a direita golpista, alimentando e vendendo a ilusão de que o capital político de Lula pode ser transferido para alguém como Haddad ou Gleisi, recusando-se a compreender que o único nome didponível para derrotar a direita golpista NO 2° TURNO é Ciro Gomes.PS:não sou militante do PDT. Me dediquei de corpo e alma para eleger os candidatos petistas,fazendo campanha em locais onde o povo vive, subindo morros,panfletando nas portas de fábricas e feiras. Porém, a luta contra o Golpe, contra o fascismo reclama lucidez política e não admite exclusivos que levam a que ouçamos frases absurdas como "Ciro, nem com reza braba". Isso corresponde a assumir que se a chapa do campo popular não for encabeçada por um nome do PT (como o dela,Gleisi),então que vença Bolsonsro.
ResponderExcluirO comentário acima foi postado por Darcy Brasil. O blog que me pertence não tem nenhuma utilidade para mim.Darcy Brasil
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