Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
A análise da conjuntura do mercado de trabalho nos anos mais recentes destaca forte aumento na taxa de desemprego, com os jovens sendo um dos grupos mais afetados. É o que discute artigo de Carlos Henrique Leite Corseuil, Katcha Poloponsky e Maira Albuquerque Penna Franca, publicado em boletim do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo os pesquisadores, de 2012 a 2014, a taxa de desemprego entre os jovens oscilou em torno de 13%, mas, a partir do primeiro trimestre de 2015, o desemprego dos jovens seguiu uma trajetória de crescimento, passando de 15% para 25% no mesmo trimestre de 2017.
Entre as hipóteses apresentadas para esse aumento seria a de “trabalhador adicional”, que relaciona um aumento da participação do jovem no mercado de trabalho de modo a compensar uma piora na renda dos adultos em um contexto recessivo.
Assim, desagregando os jovens por faixa etária, os pesquisadores mostram que para os jovens de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, verificam-se aumentos de 1,7 p.p. e de 0,6 p.p. nas taxas de atividade entre os primeiros trimestres de 2015 e de 2017, compatíveis com a hipótese de trabalhador adicional. Mas, para os adolescentes de 15 a 17 anos, verificou-se uma queda expressiva na taxa de participação durante todo o período: aparentemente, o benefício presente do trabalho tendeu a perder atratividade em relação à escola. Sendo assim, as variações na taxa de participação não parecem explicar a subida do desemprego para os mais novos, mas esse grupo é justamente o que apresenta o maior aumento no desemprego (quase 20 p.p. entre 2015 e 2017).
Segundo os pesquisadores, esse aumento seria motivado pela combinação de uma alta taxa de informalidade desse grupo (15 a 17 anos) e de um crescimento na taxa de saída dos jovens desse grupo que estavam em postos informais: cerca de 80% dos ocupados na faixa de 15 a 17 anos exerciam suas atividades em postos informais. Nos demais grupos verificam-se taxas de informalidade bem menores: as médias foram de 42% no grupo de 18 a 24 anos, e de 34% para os jovens de 25 a 29 anos. Assim, o segmento onde a informalidade é mais alta é o que mais sofre.
A análise da conjuntura do mercado de trabalho nos anos mais recentes destaca forte aumento na taxa de desemprego, com os jovens sendo um dos grupos mais afetados. É o que discute artigo de Carlos Henrique Leite Corseuil, Katcha Poloponsky e Maira Albuquerque Penna Franca, publicado em boletim do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo os pesquisadores, de 2012 a 2014, a taxa de desemprego entre os jovens oscilou em torno de 13%, mas, a partir do primeiro trimestre de 2015, o desemprego dos jovens seguiu uma trajetória de crescimento, passando de 15% para 25% no mesmo trimestre de 2017.
Entre as hipóteses apresentadas para esse aumento seria a de “trabalhador adicional”, que relaciona um aumento da participação do jovem no mercado de trabalho de modo a compensar uma piora na renda dos adultos em um contexto recessivo.
Assim, desagregando os jovens por faixa etária, os pesquisadores mostram que para os jovens de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, verificam-se aumentos de 1,7 p.p. e de 0,6 p.p. nas taxas de atividade entre os primeiros trimestres de 2015 e de 2017, compatíveis com a hipótese de trabalhador adicional. Mas, para os adolescentes de 15 a 17 anos, verificou-se uma queda expressiva na taxa de participação durante todo o período: aparentemente, o benefício presente do trabalho tendeu a perder atratividade em relação à escola. Sendo assim, as variações na taxa de participação não parecem explicar a subida do desemprego para os mais novos, mas esse grupo é justamente o que apresenta o maior aumento no desemprego (quase 20 p.p. entre 2015 e 2017).
Segundo os pesquisadores, esse aumento seria motivado pela combinação de uma alta taxa de informalidade desse grupo (15 a 17 anos) e de um crescimento na taxa de saída dos jovens desse grupo que estavam em postos informais: cerca de 80% dos ocupados na faixa de 15 a 17 anos exerciam suas atividades em postos informais. Nos demais grupos verificam-se taxas de informalidade bem menores: as médias foram de 42% no grupo de 18 a 24 anos, e de 34% para os jovens de 25 a 29 anos. Assim, o segmento onde a informalidade é mais alta é o que mais sofre.
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