Editorial do site Vermelho:
O confronto entre Brasil e Itália, no distante 21 de junho de 1970, uniu os brasileiros – todos torciam pelo tricampeonato mundial de futebol. Era um domingo e mesmo em hospitais os internados se acotovelavam onde quer que houvesse um aparelho de TV, para torcer pela seleção canarinho.
Era com certeza um período político pior do que o atual. A ditadura militar triunfante estava no auge, sob o tacão do general Médici. O ambiente era tão opressivo que as principais correntes políticas democráticas pregavam o voto nulo na eleição de cartas marcadas que ocorreria naquele ano.
Muitos da oposição contra a ditadura começaram a Copa do México torcendo contra a seleção – torcida adversa que não prosperou, e todos se uniram quase em uníssono em apoio ao time de Tostão, Carlos Alberto, Jairzinho, Pelé, Rivelino, Gerson e seus companheiros – que foi o esteio contra o pessimismo atordoante dos brasileiros de então (que eram menos da metade de hoje: 90 milhões em ação...).
Já se passam quase meio século desde então. Os governos aprenderam a tentar usar a seu favor a força do futebol. Mas o povo aprendeu também a não confundir as coisas, nem contaminar a alegria do futebol com as contrariedades da luta política.
Esta talvez seja outra grande lição da Copa de 1970, aprendizado cuja atualidade se repete. A aversão a Temer não contamina o sentimento popular, que é a celebração dos feitos no gramado. Se hoje há desânimo em relação à Copa, ele se deve mais ao infeliz desempenho da seleção em 2014, e nem tanto aos malefícios do golpe de 2016.
A alegria do povo pode despertar impulsionada pelo desempenho do time canarinho. E o otimismo que surge em sua esteira é a permanente visão que os brasileiros têm de ser possível melhorar a vida. É o otimismo que os leva a lutar para superar obstáculos – seja no campo, seja nas lutas cotidianas. É a mesma alegria e otimismo que os move para frente, sem confundir torcida (no futebol) com convicção (na política).
E gritar gol com a mesma força e intensidade com que denuncia Golpe!
O confronto entre Brasil e Itália, no distante 21 de junho de 1970, uniu os brasileiros – todos torciam pelo tricampeonato mundial de futebol. Era um domingo e mesmo em hospitais os internados se acotovelavam onde quer que houvesse um aparelho de TV, para torcer pela seleção canarinho.
Era com certeza um período político pior do que o atual. A ditadura militar triunfante estava no auge, sob o tacão do general Médici. O ambiente era tão opressivo que as principais correntes políticas democráticas pregavam o voto nulo na eleição de cartas marcadas que ocorreria naquele ano.
Muitos da oposição contra a ditadura começaram a Copa do México torcendo contra a seleção – torcida adversa que não prosperou, e todos se uniram quase em uníssono em apoio ao time de Tostão, Carlos Alberto, Jairzinho, Pelé, Rivelino, Gerson e seus companheiros – que foi o esteio contra o pessimismo atordoante dos brasileiros de então (que eram menos da metade de hoje: 90 milhões em ação...).
Já se passam quase meio século desde então. Os governos aprenderam a tentar usar a seu favor a força do futebol. Mas o povo aprendeu também a não confundir as coisas, nem contaminar a alegria do futebol com as contrariedades da luta política.
Esta talvez seja outra grande lição da Copa de 1970, aprendizado cuja atualidade se repete. A aversão a Temer não contamina o sentimento popular, que é a celebração dos feitos no gramado. Se hoje há desânimo em relação à Copa, ele se deve mais ao infeliz desempenho da seleção em 2014, e nem tanto aos malefícios do golpe de 2016.
A alegria do povo pode despertar impulsionada pelo desempenho do time canarinho. E o otimismo que surge em sua esteira é a permanente visão que os brasileiros têm de ser possível melhorar a vida. É o otimismo que os leva a lutar para superar obstáculos – seja no campo, seja nas lutas cotidianas. É a mesma alegria e otimismo que os move para frente, sem confundir torcida (no futebol) com convicção (na política).
E gritar gol com a mesma força e intensidade com que denuncia Golpe!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA seleção atual não representa o país. Podia vestir 11 esquimós com o uniforme canarinho e colocar em campo, que a empatia seria exatamente a mesma.
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