Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Banco Central avisou ontem à noite e agiu hoje cedo, vendendo dólares em proporções cavalares – estima-se uma média superior a 3 bilhões por dia além do normalmente ofertado, ou um “extra” de mais de R$ 10 bilhões de reais diários – e promete fazer o mesmo nos próximos dias.
Tudo para obter uma queda igualmente cavalar na cotação da moeda norte-americana.
Que me recorde, não houve intervenção tão pesada quanto esta no – pausa para gargalhar – “regime de câmbio livre”.
A questão é saber o quão duradouro é o poder de fogo do Banco Central para manter esta tendência ao longo de semanas – já nem se fala em meses – quando o cenário é de fortalecimento do dólar, atrelado a uma alta dos juros do Federal Reserve norte-americano, prometida muitas vezes e até agora apenas levemente realizada, com um pequeno aumento em março.
Estamos no meio do ano e se prevêem mais duas ou três elevações, ao menos.
A Argentina também contava em ter contido a disparada do câmbio, com uma elevação brutal dos juros e uma linha de crédito “stand by” de US$ 50 bilhões e, um dia depois do anúncio da ajuda do FMI, o dólar subiu violentamente, porque o BC argentino interrompeu as generosas ofertas de moeda ao mercado, iniciadas em 14 de maio e mantida todos os dias nos pregões de câmbio.
Quem lê o noticiário econômico vê que o mar não está para o peixe dos emergentes e, desta vez, não há um mercado interno a servir de dique mesmo a pequenos tsunamis.
Aqui, o “bazucaço” do BC revelou que o objetivo não é apenas fazer cessar a escalada altista do câmbio, mas rebaixa-la a um patamar talvez na faixa dos 3,60, o que tinha há um mês atrás.
Só que, nestes 30 dias, derreteram-se várias esperanças do mercado, desde que a economia seguisse com sinais de leve alta quanto, sobretudo, que poderia sair ileso da aventura política em que lançou as eleições presidenciais deste ano.
Há boas razões para se supor que se possa estar queimando dólares para apagar a fogueira, o que só piora o incêndio.
O Banco Central avisou ontem à noite e agiu hoje cedo, vendendo dólares em proporções cavalares – estima-se uma média superior a 3 bilhões por dia além do normalmente ofertado, ou um “extra” de mais de R$ 10 bilhões de reais diários – e promete fazer o mesmo nos próximos dias.
Tudo para obter uma queda igualmente cavalar na cotação da moeda norte-americana.
Que me recorde, não houve intervenção tão pesada quanto esta no – pausa para gargalhar – “regime de câmbio livre”.
A questão é saber o quão duradouro é o poder de fogo do Banco Central para manter esta tendência ao longo de semanas – já nem se fala em meses – quando o cenário é de fortalecimento do dólar, atrelado a uma alta dos juros do Federal Reserve norte-americano, prometida muitas vezes e até agora apenas levemente realizada, com um pequeno aumento em março.
Estamos no meio do ano e se prevêem mais duas ou três elevações, ao menos.
A Argentina também contava em ter contido a disparada do câmbio, com uma elevação brutal dos juros e uma linha de crédito “stand by” de US$ 50 bilhões e, um dia depois do anúncio da ajuda do FMI, o dólar subiu violentamente, porque o BC argentino interrompeu as generosas ofertas de moeda ao mercado, iniciadas em 14 de maio e mantida todos os dias nos pregões de câmbio.
Quem lê o noticiário econômico vê que o mar não está para o peixe dos emergentes e, desta vez, não há um mercado interno a servir de dique mesmo a pequenos tsunamis.
Aqui, o “bazucaço” do BC revelou que o objetivo não é apenas fazer cessar a escalada altista do câmbio, mas rebaixa-la a um patamar talvez na faixa dos 3,60, o que tinha há um mês atrás.
Só que, nestes 30 dias, derreteram-se várias esperanças do mercado, desde que a economia seguisse com sinais de leve alta quanto, sobretudo, que poderia sair ileso da aventura política em que lançou as eleições presidenciais deste ano.
Há boas razões para se supor que se possa estar queimando dólares para apagar a fogueira, o que só piora o incêndio.
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