Por Altamiro Borges
Na quarta-feira passada (25), a queda de uma placa de publicidade nos trilhos do Metrô fechou quatro estações da linha 1-azul na capital paulista. O incidente teve reflexos nas linhas 2-verde e 3-vermelha, com os trens circulando com maior tempo de parada e velocidade reduzida. Na maior parte da manhã, milhares de usuários que se deslocavam para os seus locais de trabalho ficaram amontados nos vagões ou nas estações do Metrô. O clima foi de pânico e revolta. Esta não é a primeira pane neste meio essencial de transporte sucateado pelas sucessivas gestões do tucanato em São Paulo.
Reportagem publicada no jornal Agora dois dias antes mostrou que o Metrô paulistano bateu recorde no número de “incidentes notáveis” de janeiro a junho deste ano, na comparação com igual período de anos anteriores, desde 2000. Segundo a matéria de Willian Cardoso, “são falhas consideradas graves, que podem causar paralisação ou redução na velocidade dos trens, atrapalhando a vida dos passageiros. Levantamento exclusivo feito pela reportagem, baseado em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, mostra que foram 44 incidentes notáveis no período analisado, o maior número desde 2000”.
Ainda de acordo com a matéria, estas panes constantes provocaram danos na circulação dos trens por 61 horas (dois dias e meio) de janeiro até o início de junho. “Em número de horas, 2018 só fica atrás de 2016, quando as falhas somaram 65 horas entre janeiro e 11 de junho (quando os dados foram solicitados à companhia). O levantamento mostra ainda que a quantidade de falhas dentro do período analisado tem aumentado gradativamente desde 2014. Nos primeiros dez anos, a média era de 1 falha notável em pouco mais de 8 dias. Atualmente, o intervalo caiu para 1 a cada 4 dias”.
Entrevistado pelo jornal, o engenheiro de tráfego Luiz Vicente Figueira de Mello Filho explicou que o aumento das panes decorre da piora da manutenção no Metrô. “Se não houve aumento de frequência, o número de viagens continua o mesmo, então é claro que está diretamente relacionado à perda de processo de manutenções preventivas e falta de metodologias na manutenção preditiva, aquela que faz a checagem diária”. O jornal também entrevistou alguns passageiros sobre a piora neste transporte, que no passado foi considerado de alta qualidade. “Chega uma hora em que você se acostuma com o que está errado, o que não faz sentido”, afirmou o dentista Giovanni Demarchi, 25, que usa a linha 1-azul diariamente entre o Paraíso e a Vila Mariana.
O curioso na reportagem do jornal Agora, que pertence ao grupo Folha, é que não há nenhuma crítica mais dura aos tucanos que governam o Estado há duas décadas. O nome do picolé de chuchu Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, é citado apenas uma vez. Até parece que o culpado pelas panes é o vice-governador Márcio França, que disputa a sucessão estadual com o ex-prefake João Doria. A mídia chapa-branca, nutrida com milhões em publicidade oficial, evita criticar os tucanos. É uma opção editorial por motivos econômico-mercenários e políticos.
Na quarta-feira passada (25), a queda de uma placa de publicidade nos trilhos do Metrô fechou quatro estações da linha 1-azul na capital paulista. O incidente teve reflexos nas linhas 2-verde e 3-vermelha, com os trens circulando com maior tempo de parada e velocidade reduzida. Na maior parte da manhã, milhares de usuários que se deslocavam para os seus locais de trabalho ficaram amontados nos vagões ou nas estações do Metrô. O clima foi de pânico e revolta. Esta não é a primeira pane neste meio essencial de transporte sucateado pelas sucessivas gestões do tucanato em São Paulo.
Reportagem publicada no jornal Agora dois dias antes mostrou que o Metrô paulistano bateu recorde no número de “incidentes notáveis” de janeiro a junho deste ano, na comparação com igual período de anos anteriores, desde 2000. Segundo a matéria de Willian Cardoso, “são falhas consideradas graves, que podem causar paralisação ou redução na velocidade dos trens, atrapalhando a vida dos passageiros. Levantamento exclusivo feito pela reportagem, baseado em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, mostra que foram 44 incidentes notáveis no período analisado, o maior número desde 2000”.
Ainda de acordo com a matéria, estas panes constantes provocaram danos na circulação dos trens por 61 horas (dois dias e meio) de janeiro até o início de junho. “Em número de horas, 2018 só fica atrás de 2016, quando as falhas somaram 65 horas entre janeiro e 11 de junho (quando os dados foram solicitados à companhia). O levantamento mostra ainda que a quantidade de falhas dentro do período analisado tem aumentado gradativamente desde 2014. Nos primeiros dez anos, a média era de 1 falha notável em pouco mais de 8 dias. Atualmente, o intervalo caiu para 1 a cada 4 dias”.
Entrevistado pelo jornal, o engenheiro de tráfego Luiz Vicente Figueira de Mello Filho explicou que o aumento das panes decorre da piora da manutenção no Metrô. “Se não houve aumento de frequência, o número de viagens continua o mesmo, então é claro que está diretamente relacionado à perda de processo de manutenções preventivas e falta de metodologias na manutenção preditiva, aquela que faz a checagem diária”. O jornal também entrevistou alguns passageiros sobre a piora neste transporte, que no passado foi considerado de alta qualidade. “Chega uma hora em que você se acostuma com o que está errado, o que não faz sentido”, afirmou o dentista Giovanni Demarchi, 25, que usa a linha 1-azul diariamente entre o Paraíso e a Vila Mariana.
O curioso na reportagem do jornal Agora, que pertence ao grupo Folha, é que não há nenhuma crítica mais dura aos tucanos que governam o Estado há duas décadas. O nome do picolé de chuchu Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República, é citado apenas uma vez. Até parece que o culpado pelas panes é o vice-governador Márcio França, que disputa a sucessão estadual com o ex-prefake João Doria. A mídia chapa-branca, nutrida com milhões em publicidade oficial, evita criticar os tucanos. É uma opção editorial por motivos econômico-mercenários e políticos.
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