Cercado de investigados na Lava Jato na mesa que comandou os trabalhos, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin conseguiu juntar novamente no apoio à sua candidatura a fina flor da aliança golpista do impeachment.
Estavam lá todos os caciques do Centrão, já pensando na divisão do butim, caso consigam permanecer no poder.
Só faltaram Michel Temer, Aécio Neves e Eduardo Cunha, por motivos de força maior.
Rejeitado por 9 em cada 10 brasileiros, Temer estava no exterior, mas foi peça fundamental no apoio fechado pelo Centrão com Alckmin pela turma que não quer largar o osso.
O candidato oficial do MDB de Temer ainda é Henrique Meirelles, mas o ex-ministro está apenas fazendo figuração.
Logo estarão todos reunidos no mesmo barco governista.
Assim clareou o campo da disputa presidencial, agora com apenas quatro candidatos para valer.
Dos mais de 20 que se lançaram candidatos este ano, restaram apenas quatro, três deles da oposição contra Alckmin: Bolsonaro, Ciro e quem Lula indicar, caso a Justiça o impeça de concorrer.
Quem Geraldo Alckmin foi visitar, logo após a sua unção, na quinta-feira, em Brasília, como candidato único do andar de cima, a grande frente formada pelo mercado, o alto empresariado, o aparato jurídico-midiático, os partidos mais fisiológicos e todos os ameaçados pela Lava Jato?
A primazia coube a Roberto Jefferson, o dono do PTB, aquele mesmo do mensalão.
Não é preciso dizer mais nada.
Tudo, é claro, em nome da renovação da política, da ética, do combate à corrupção, da ordem e do progresso para a salvação de todos. E que se dane o resto.
Eles não brincam em serviço quando se trata de “manter isso que está aí”, como diria o patrono Temer.
Vida que segue.
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