Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
O Ibope liberou o relatório completo da pesquisa nacional divulgada ontem, o que nos permite fazer algumas comparações com o relatório de junho.
Em comentários anteriores, eu havia alertado para a rejeição gigante de Lula entre alguns segmentos influentes do eleitorado, como aqueles com ensino superior e com renda familiar acima de 5 salários.
Em junho, o percentual de entrevistados que responderiam que não votariam “de jeito nenhum” em Lula entre eleitores com ensino superior era de 45%, e o de Bolsonaro, de 38%.
Passados três meses a situação se inverteu: a rejeição a Lula entre os mais instruídos continua alta, mas caiu 4 pontos, para 41%, enquanto que a de Bolsonaro subiu 7 pontos, para 45%.
Entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, a rejeição a Lula ao final de junho, segundo o mesmo Ibope, era realmente perigosa, 53%. Bolsonaro era rejeitado, no mesmo segmento, por 34%. Na pesquisa de agora, a rejeição de Lula entre este mesmo eleitorado caiu cinco pontos, ficando em 48%, número que é, todavia, ainda preocupante. Bolsonaro, por sua vez, viu sua rejeição aumentar para 37% entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, cinco pontos de aumento sobre a pesquisa anterior.
É importante analisar, portanto, a dinâmica do processo: a rejeição a Lula está caindo, apesar de ainda ser muito alta, ao passo que a de Bolsonaro está subindo rapidamente.
É interessante (e preocupante) notar ainda que Fernando Haddad experimentou um salto de rejeição entre eleitores que ganham mais de 5 salários, naturalmente como resultado da percepção de que pode ser ele o candidato do PT: em junho, a rejeição desse segmento a Haddad era de apenas 14%, típica de nomes “inofensivos”; hoje pulou para 26%, similar à rejeição de candidatos mais conhecidos, como Geraldo Alckmin (28%) e Ciro Gomes (24%).
Um certo grau de rejeição, contudo, não é negativo. Ao contrário, candidatos competitivos sempre tem índices de rejeição beirando os 30%, pois isso espelha o sentimento dos eleitores dos candidatos concorrentes.
Na média, Lula tem rejeição de 30%, contra 37% de Bolsonaro. É um tanto irônico que o candidato preso, condenado, açoitado dia e noite pela grande mídia, tenha menos rejeição que Bolsonaro… Em junho, Lula tinha 31% de rejeição média, e Bolsonaro 32%.
O pior desempenho de Lula é no Sudeste, onde ele tem rejeição de 37%, tendo oscilado um ponto para baixo em relação à junho. A rejeição a Lula no Sul, por sua vez, caiu 7 pontos: era de 43% em junho e está 36% agora. Bolsonaro viu sua rejeição explodir no Sul: esta era de apenas 27% em junho, e agora é de 39%, um aumento de 12 pontos! No Nordeste, a rejeição a Bolsonaro é de 46%.
Em comentários anteriores, eu havia alertado para a rejeição gigante de Lula entre alguns segmentos influentes do eleitorado, como aqueles com ensino superior e com renda familiar acima de 5 salários.
Em junho, o percentual de entrevistados que responderiam que não votariam “de jeito nenhum” em Lula entre eleitores com ensino superior era de 45%, e o de Bolsonaro, de 38%.
Passados três meses a situação se inverteu: a rejeição a Lula entre os mais instruídos continua alta, mas caiu 4 pontos, para 41%, enquanto que a de Bolsonaro subiu 7 pontos, para 45%.
Entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, a rejeição a Lula ao final de junho, segundo o mesmo Ibope, era realmente perigosa, 53%. Bolsonaro era rejeitado, no mesmo segmento, por 34%. Na pesquisa de agora, a rejeição de Lula entre este mesmo eleitorado caiu cinco pontos, ficando em 48%, número que é, todavia, ainda preocupante. Bolsonaro, por sua vez, viu sua rejeição aumentar para 37% entre eleitores com renda familiar acima de 5 salários, cinco pontos de aumento sobre a pesquisa anterior.
É importante analisar, portanto, a dinâmica do processo: a rejeição a Lula está caindo, apesar de ainda ser muito alta, ao passo que a de Bolsonaro está subindo rapidamente.
É interessante (e preocupante) notar ainda que Fernando Haddad experimentou um salto de rejeição entre eleitores que ganham mais de 5 salários, naturalmente como resultado da percepção de que pode ser ele o candidato do PT: em junho, a rejeição desse segmento a Haddad era de apenas 14%, típica de nomes “inofensivos”; hoje pulou para 26%, similar à rejeição de candidatos mais conhecidos, como Geraldo Alckmin (28%) e Ciro Gomes (24%).
Um certo grau de rejeição, contudo, não é negativo. Ao contrário, candidatos competitivos sempre tem índices de rejeição beirando os 30%, pois isso espelha o sentimento dos eleitores dos candidatos concorrentes.
Na média, Lula tem rejeição de 30%, contra 37% de Bolsonaro. É um tanto irônico que o candidato preso, condenado, açoitado dia e noite pela grande mídia, tenha menos rejeição que Bolsonaro… Em junho, Lula tinha 31% de rejeição média, e Bolsonaro 32%.
O pior desempenho de Lula é no Sudeste, onde ele tem rejeição de 37%, tendo oscilado um ponto para baixo em relação à junho. A rejeição a Lula no Sul, por sua vez, caiu 7 pontos: era de 43% em junho e está 36% agora. Bolsonaro viu sua rejeição explodir no Sul: esta era de apenas 27% em junho, e agora é de 39%, um aumento de 12 pontos! No Nordeste, a rejeição a Bolsonaro é de 46%.
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