Da Rede Brasil Atual:
Ao dar início à cobertura das atividades eleitorais dos candidatos a presidência da República, o apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner, anunciou nesta segunda-feira (20) que "obviamente, não vai haver cobertura de campanha" do candidato do PT. A justificativa é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba. Segundo Bonner, o jornal eletrônico vai se dedicar a cobrir os eventos de campanha "dos candidatos a presidente registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e mais bem posicionados na pesquisa do Ibope e do Datafolha".
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Lula apareceu mais uma vez na liderança em três pesquisas relacionadas às Eleições 2018 – Ipsos, CNT/MDA e Ibope, ampliando a sua vantagem sobre os demais concorrentes. Já o registro da candidatura Lula no TSE é oficial e foi realizado na última quarta-feira (15), em Brasília, acompanhado por milhares de apoiadores.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) foi sorteado como relator do processo de registro da candidatura do ex-presidente. Até que seja oficializado como candidato, ou seja julgado inelegível, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, registrado como vice na chapa petista, atua como porta-voz de Lula, fato que a Globo parece querer ignorar.
Para o jornalista e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Laurindo Lalo Leal Filho, trata-se de uma tentativa de censura, na medida em que a candidatura do ex-presidente Lula está oficialmente registrada. Ele diz que, atualmente, não é mais o Estado o principal agente censor, mas os próprios meios de comunicação, que em uma estrutura monopolizada, atuam como uma "voz única".
"A Globo exerce a censura diante de um fato político de incontestável interesse público. Ainda mais quando se trata de um pleito eleitoral, onde deve haver o maior equilíbrio possível entre as campanhas. Em último caso, fere a Constituição", diz Lalo, que destaca o prejuízo para fatia importante do eleitorado que ainda assiste ao noticiário televisivo do canal, e que "vai ficar desinformada".
Também na semana passada, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou decisão liminar determinando ao Estado Brasileiro que "tome todas as medidas necessárias" para permitir que Lula exerça seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico.
"Diante das Organizações Globo, essa decisão não surpreende. Faz parte de um histórico de se colocar contra qualquer tipo de movimento popular ou partidos políticos alinhados com a classe trabalhadora. Não é só contra o PT, foi assim contra o Getúlio, contra o PTB. Há um todo histórico que explica essa posição. A Globo é a vocalização da direita mais conservadora que sempre mandou nesse país. Essa direita não se inibi diante de poderes externos como a ONU ou o papa. É uma direita escravocrata, que gosta da mordaça."
O anúncio foi feito no mesmo dia em que Lula apareceu mais uma vez na liderança em três pesquisas relacionadas às Eleições 2018 – Ipsos, CNT/MDA e Ibope, ampliando a sua vantagem sobre os demais concorrentes. Já o registro da candidatura Lula no TSE é oficial e foi realizado na última quarta-feira (15), em Brasília, acompanhado por milhares de apoiadores.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) foi sorteado como relator do processo de registro da candidatura do ex-presidente. Até que seja oficializado como candidato, ou seja julgado inelegível, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, registrado como vice na chapa petista, atua como porta-voz de Lula, fato que a Globo parece querer ignorar.
Para o jornalista e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) Laurindo Lalo Leal Filho, trata-se de uma tentativa de censura, na medida em que a candidatura do ex-presidente Lula está oficialmente registrada. Ele diz que, atualmente, não é mais o Estado o principal agente censor, mas os próprios meios de comunicação, que em uma estrutura monopolizada, atuam como uma "voz única".
"A Globo exerce a censura diante de um fato político de incontestável interesse público. Ainda mais quando se trata de um pleito eleitoral, onde deve haver o maior equilíbrio possível entre as campanhas. Em último caso, fere a Constituição", diz Lalo, que destaca o prejuízo para fatia importante do eleitorado que ainda assiste ao noticiário televisivo do canal, e que "vai ficar desinformada".
Também na semana passada, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou decisão liminar determinando ao Estado Brasileiro que "tome todas as medidas necessárias" para permitir que Lula exerça seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico.
"Diante das Organizações Globo, essa decisão não surpreende. Faz parte de um histórico de se colocar contra qualquer tipo de movimento popular ou partidos políticos alinhados com a classe trabalhadora. Não é só contra o PT, foi assim contra o Getúlio, contra o PTB. Há um todo histórico que explica essa posição. A Globo é a vocalização da direita mais conservadora que sempre mandou nesse país. Essa direita não se inibi diante de poderes externos como a ONU ou o papa. É uma direita escravocrata, que gosta da mordaça."
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