Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:
Jair Bolsonaro é um capitão aposentado. Aposentado mais cedo, por circunstâncias necessárias ao Exército brasileiro. Era um militar capaz de botar fogo nos quartéis ou fora deles. Afastado da farda, entrou na política do Rio de Janeiro. Elegeu-se vereador, chegou a deputado federal por várias legislaturas e, agora, pretende ser presidente da República.
Talvez esteja a poucos passos disso. Não se surpreendam. Assim apontam as pesquisas de intenção de voto, após Lula ser afastado da disputa. Afastado Lula, estenderam os tapetes para Bolsonaro. O Judiciário cuidou disso. A mídia, com seus interesses, também.
Há poucos dias, como se sabe, Bolsonaro encontrou um maluco durante a campanha que fazia na cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. Vítima de atentado, foi levado às pressas ao hospital. Recupera-se, como informam os médicos.
Na UTI, no entanto, deixou uma marca. Em gesto tresloucado aparece fazendo simulação com uma arma. Um fuzil. A foto, com autorização dele e da família, foi distribuída. O registro fotográfico percorreu com velocidade relâmpago as redes sociais. Ainda sob risco, ele sorria. Agressor e agredido, neste caso, não se distanciam muito.
Sozinho, ou orientado, Bolsonaro apoiou sua campanha eleitoral na aposta no princípio da violência contra a violência, aparentemente com êxito. Na televisão não foi além disto. O brasileiro está acostumado a tolerar a ideia do “rouba, mas faz”.
Bolsonaro, então, entregou aos economistas a questão econômica – não que estes também não roubem – e fincou o pé nas possibilidades da vitória do medo da violência contra o medo da fome.
Bolsonaro foi o primeiro a perceber, ou foi orientado para tanto, que a violência é fator preponderante para diversas camadas da população, de ricos a pobres. Ele pouco se importa se é ou não.
Curiosidade. Bolsonaro tem, naturalmente, um vice de suporte. É também um militar. O general Mourão. O atual Mourão é amante de um golpe, como era o outro general Mourão, que de Juiz de Fora comandou a avançada dos tanques em 1964.
É outra história. Torcemos por outra diferente, e nesta os generais devem obedecer aos desígnios da Constituição. Contra o mau exemplo dado pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, em entrevista ao Estadão publicada no domingo 9.
Talvez esteja a poucos passos disso. Não se surpreendam. Assim apontam as pesquisas de intenção de voto, após Lula ser afastado da disputa. Afastado Lula, estenderam os tapetes para Bolsonaro. O Judiciário cuidou disso. A mídia, com seus interesses, também.
Há poucos dias, como se sabe, Bolsonaro encontrou um maluco durante a campanha que fazia na cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. Vítima de atentado, foi levado às pressas ao hospital. Recupera-se, como informam os médicos.
Na UTI, no entanto, deixou uma marca. Em gesto tresloucado aparece fazendo simulação com uma arma. Um fuzil. A foto, com autorização dele e da família, foi distribuída. O registro fotográfico percorreu com velocidade relâmpago as redes sociais. Ainda sob risco, ele sorria. Agressor e agredido, neste caso, não se distanciam muito.
Sozinho, ou orientado, Bolsonaro apoiou sua campanha eleitoral na aposta no princípio da violência contra a violência, aparentemente com êxito. Na televisão não foi além disto. O brasileiro está acostumado a tolerar a ideia do “rouba, mas faz”.
Bolsonaro, então, entregou aos economistas a questão econômica – não que estes também não roubem – e fincou o pé nas possibilidades da vitória do medo da violência contra o medo da fome.
Bolsonaro foi o primeiro a perceber, ou foi orientado para tanto, que a violência é fator preponderante para diversas camadas da população, de ricos a pobres. Ele pouco se importa se é ou não.
Curiosidade. Bolsonaro tem, naturalmente, um vice de suporte. É também um militar. O general Mourão. O atual Mourão é amante de um golpe, como era o outro general Mourão, que de Juiz de Fora comandou a avançada dos tanques em 1964.
É outra história. Torcemos por outra diferente, e nesta os generais devem obedecer aos desígnios da Constituição. Contra o mau exemplo dado pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, em entrevista ao Estadão publicada no domingo 9.
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