Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Jair Bolsonaro passou de 22 a 24% no Datafolha. Estatisticamente, como já se disse, nada diante da megaexposição depois da facada recebida em rede nacional de TV.
Ciro Gomes, de 10 para 13%, um resultado por certo expressivo, que muito tem a ver com a guinada de seu discurso para a defesa de Lula.
Mas Fernando Haddad dá um salto espetacular, passando de meros 4% para 9% e empatando estatisticamente com o “bolo” formado em segundo lugar pelo próprio Ciro, Marina Silva e Geraldo Alckmin.
É, sem dúvida, o número mais expressivo e diferente nesta rodada de pesquisas.
Afinal, mais que dobrou as intenções de voto em 15 dias.
Mas procure no noticiário e veja se encontra esta informação antes do quarto ou quinto parágrafo e sem qualquer ênfase.
Isso na véspera de ser oficializado como candidato da coligação do PT, avalie só.
Tudo o que possa tirar o impacto deste avanço – que merece bem o nome de disparada – está sendo feito e, claro, inutilmente.
Daqui a pouco os comentaristas políticos – salvo as raras exceções dos que já falam isso agora – vão reconhecer o crescimento inexorável do “candidato do Lula”.
Agora, porém, seu convencionalismo e, por vezes, suas cumplicidades, não lhes permitem afirmar o que está óbvio.
É virtualmente impossível que o empuxo tomado pela candidatura Haddad, ainda mais com sua oficialização, não o empurre mais acima, talvez já no segundo lugar nas próximas pesquisas.
E fogo de morro acima, água de morro abaixo e candidato que dispara ou despenca seguir na trajetória que se percebe é algo incontrolável.
Mesmo pela mídia e pelos comentaristas que, aqui na internet, procuram deixar em segundo plano o que é o dado mais importante da pesquisa.
Jair Bolsonaro passou de 22 a 24% no Datafolha. Estatisticamente, como já se disse, nada diante da megaexposição depois da facada recebida em rede nacional de TV.
Ciro Gomes, de 10 para 13%, um resultado por certo expressivo, que muito tem a ver com a guinada de seu discurso para a defesa de Lula.
Mas Fernando Haddad dá um salto espetacular, passando de meros 4% para 9% e empatando estatisticamente com o “bolo” formado em segundo lugar pelo próprio Ciro, Marina Silva e Geraldo Alckmin.
É, sem dúvida, o número mais expressivo e diferente nesta rodada de pesquisas.
Afinal, mais que dobrou as intenções de voto em 15 dias.
Mas procure no noticiário e veja se encontra esta informação antes do quarto ou quinto parágrafo e sem qualquer ênfase.
Isso na véspera de ser oficializado como candidato da coligação do PT, avalie só.
Tudo o que possa tirar o impacto deste avanço – que merece bem o nome de disparada – está sendo feito e, claro, inutilmente.
Daqui a pouco os comentaristas políticos – salvo as raras exceções dos que já falam isso agora – vão reconhecer o crescimento inexorável do “candidato do Lula”.
Agora, porém, seu convencionalismo e, por vezes, suas cumplicidades, não lhes permitem afirmar o que está óbvio.
É virtualmente impossível que o empuxo tomado pela candidatura Haddad, ainda mais com sua oficialização, não o empurre mais acima, talvez já no segundo lugar nas próximas pesquisas.
E fogo de morro acima, água de morro abaixo e candidato que dispara ou despenca seguir na trajetória que se percebe é algo incontrolável.
Mesmo pela mídia e pelos comentaristas que, aqui na internet, procuram deixar em segundo plano o que é o dado mais importante da pesquisa.
Como já se disse, na guerra a principal vítima é a verdade, e isso nem sempre se deve à desonestidade intelectual, mas ao desejo apaixonado de derrotar o adversário. Ciro merece aplausos pela manifestação de apoio a Lula. Mas pretender que seu crescimento nas pesquisas se deva a essa manifestação de apoio é análise bastante simplista, digna das 4 linhas que o analista precisou para expressá-la. Ciro cresceu, com muito mais probabilidade, porque está sabendo tirar proveito da polarização que opõe os que odeiam o PT aos que odeiam os golpistas. Desconfio que Ciro esteja crescendo entre indivíduos de classe média, refratários à violência que essa polarização prenuncia, que se desencantaram com o PT, muito antes das campanhas de calúnias contra esse partido, e que buscavam um voto alternativo ao PT. Muitos deles podem ter votado em Marina, em 2014. Ciro também tende a receber o voto útil de eleitores do PSDB constituído por profissionais liberais, que não gostariam de ter que votar no PT apenas para impedir a vitória de Bolsonaro.Não esquecendo ademais que, no Nordeste, Ciro representa uma alternativa natural, da região, para herdar votos do lulismo.Por outro lado, o tal "mercado", ao ter claramente assumido como sua a candidatura Bolsonaro,deixando de perceber que Marina Silva seria o melhor nome para impedir uma vitória da esquerda, criou as condições políticas ideais para Ciro, ao disponibilizar uma imensa quantidade de eleitores de centro que passaram a ter uma dupla razão para em Ciro votar,a primeira, não permitir o regresso do PT e, a segunda, impedir uma vitória dos fascistas. Para muitos desses eleitores, aliás, estes são os dois pólos políticos responsáveis pelo clima beligerante que vivemos. A vitória de Bolsonaro nos jogaria no fascismo. A vitória de Haddad, por sua vez, manteria os fascitas como principais protagonistas da oposição, comandando a virulenta campanha contra o PT e o governo petista, radicalizando ainda mais as suas ações, trazendo para o Brasil os métodos políticos da oposição venezuelana. Ciro parece representar, para muitos eleitores,o fim desse confronto que pode degenerar em violência. Não podemos deixar de reconhecer o mérito dos estrategistas da campanha do candidato do PDT, que estão sabendo explorar essa contradição com eficiência. O propósito declarado dessa estratégia era atrair votos da esquerda situada fora do PT, somando a esses votos o de eleitores de centro, que temem a ameaça do fascismo e não acreditam que a melhor forma de combatê-lo seja colocando o objeto do ódio declarado dos fascistas no Palácio do Planalto.
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