Por Henrique Matthiesen
A democracia é um regime de conquistas onde a força da maioria se impõe de forma soberana e inconteste; e também um espaço onde reafirmamos nossos valores e nossas concepções de sociedade.
Somente em um sistema democrático é possível este exercício e, para os que o praticam a democracia, torna-se um valor inegociável, inarredável.
Nestas eleições de 2018 comunguei do Projeto Nacional de Desenvolvimento - apresentado por Ciro Gomes -, o qual apoiei por sua experiência como prefeito, governador e ministro, entre outros.
Apoiei ainda por não concordar com as correntes disseminadoras do ódio e rancores que a polarização da negação se impuseram, e ainda se impõem à nossa sociedade, mas também pelo fato de Ciro Gomes defender bandeiras pétreas do Trabalhismo, corrente política na qual milito e acredito.
Entretanto, as urnas não compreenderam isso, e nos colocaram em um segundo turno de negação e radicalismo, onde a desconstrução e o ódio se digladiam, onde as mentiras são preferidas como verdades absolutas.
Não comungo do falso discurso moralista, sanitarista, hipócrita de corrupção e moralidade que determinados setores de nossa sociedade pregam. Não somos governados por corruptos numa sociedade casta, virgem e imaculada; como também não comungo com a cruzada dos falsos profetas hereges do século XXI.
Este discurso moralista foi a semente do fascismo na Itália e na ascensão do nazismo da Alemanha; assim como, também, foi o discurso contra Getúlio Vargas e João Goulart, ex-presidentes do Brasil.
Neste sentindo, em memória e respeito às personalidades que dedicaram suas vidas à luta democrática, aos ideais mais sublimes de uma sociedade igualitária e justa, não posso me omitir num momento tão grave que passa o Brasil.
Votarei por Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas; por Abdias do Nascimento, líder e defensor dos negros escravizados e massacrados do Brasil; por Anísio Teixeira, educador e sonhador; pelo grande Doutel de Andrade, um gigante do parlamento e pela luta democrática; por Jackson Lago, um bravo resistente contra as oligarquias do atraso; por Neiva Moreira, um abnegado jornalista das causas sociais e humanitárias; por Josué de Castro, e sua luta contra a indústria da fome e da miséria; por Therezinha Zerbini e sua anistia; votarei pelo sonho de Darcy Ribeiro, de Leonel Brizola, pela memória de João Goulart, pelo Brasil.
Óbvio que nenhum dos postulantes desta disputa está à altura destes grandes brasileiros, mas meu voto é pela democracia, contra a tortura, conta o fascismo e contra o autoritarismo.
O PT é responsável por isso, mas meu voto no Haddad é, justamente, para criticá-lo, para ter a liberdade a um Estado Democrático de Direito, para ter a garantia da democracia.
Votarei no Haddad em memória aos grandes trabalhistas que tombaram pelo meu direito e por um país mais justo e livre das amarras do ódio, do preconceito, da indiferença.
A vida nos ensina a não se resignar, mas praticar nossa indignação.
Aos que dedicaram suas vidas à democracia e à justiça têm em seus DNAs a coragem da luta; não há em suas biografias a omissão ou a covardia.
Pelo Trabalhismo, pela democracia, pela memória dos que admiro meu voto é pela democracia, contra o fascismo e contra o autoritarismo.
A democracia é um regime de conquistas onde a força da maioria se impõe de forma soberana e inconteste; e também um espaço onde reafirmamos nossos valores e nossas concepções de sociedade.
Somente em um sistema democrático é possível este exercício e, para os que o praticam a democracia, torna-se um valor inegociável, inarredável.
Nestas eleições de 2018 comunguei do Projeto Nacional de Desenvolvimento - apresentado por Ciro Gomes -, o qual apoiei por sua experiência como prefeito, governador e ministro, entre outros.
Apoiei ainda por não concordar com as correntes disseminadoras do ódio e rancores que a polarização da negação se impuseram, e ainda se impõem à nossa sociedade, mas também pelo fato de Ciro Gomes defender bandeiras pétreas do Trabalhismo, corrente política na qual milito e acredito.
Entretanto, as urnas não compreenderam isso, e nos colocaram em um segundo turno de negação e radicalismo, onde a desconstrução e o ódio se digladiam, onde as mentiras são preferidas como verdades absolutas.
Não comungo do falso discurso moralista, sanitarista, hipócrita de corrupção e moralidade que determinados setores de nossa sociedade pregam. Não somos governados por corruptos numa sociedade casta, virgem e imaculada; como também não comungo com a cruzada dos falsos profetas hereges do século XXI.
Este discurso moralista foi a semente do fascismo na Itália e na ascensão do nazismo da Alemanha; assim como, também, foi o discurso contra Getúlio Vargas e João Goulart, ex-presidentes do Brasil.
Neste sentindo, em memória e respeito às personalidades que dedicaram suas vidas à luta democrática, aos ideais mais sublimes de uma sociedade igualitária e justa, não posso me omitir num momento tão grave que passa o Brasil.
Votarei por Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas; por Abdias do Nascimento, líder e defensor dos negros escravizados e massacrados do Brasil; por Anísio Teixeira, educador e sonhador; pelo grande Doutel de Andrade, um gigante do parlamento e pela luta democrática; por Jackson Lago, um bravo resistente contra as oligarquias do atraso; por Neiva Moreira, um abnegado jornalista das causas sociais e humanitárias; por Josué de Castro, e sua luta contra a indústria da fome e da miséria; por Therezinha Zerbini e sua anistia; votarei pelo sonho de Darcy Ribeiro, de Leonel Brizola, pela memória de João Goulart, pelo Brasil.
Óbvio que nenhum dos postulantes desta disputa está à altura destes grandes brasileiros, mas meu voto é pela democracia, contra a tortura, conta o fascismo e contra o autoritarismo.
O PT é responsável por isso, mas meu voto no Haddad é, justamente, para criticá-lo, para ter a liberdade a um Estado Democrático de Direito, para ter a garantia da democracia.
Votarei no Haddad em memória aos grandes trabalhistas que tombaram pelo meu direito e por um país mais justo e livre das amarras do ódio, do preconceito, da indiferença.
A vida nos ensina a não se resignar, mas praticar nossa indignação.
Aos que dedicaram suas vidas à democracia e à justiça têm em seus DNAs a coragem da luta; não há em suas biografias a omissão ou a covardia.
Pelo Trabalhismo, pela democracia, pela memória dos que admiro meu voto é pela democracia, contra o fascismo e contra o autoritarismo.
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