sábado, 13 de outubro de 2018

Regina Duarte, a namoradinha dos fascistas

Por Altamiro Borges

Atriz da TV Globo desde 1969, Regina Duarte já protagonizou várias novelas e ganhou o apelido de “namoradinha do Brasil” em 1971, em plena ditadura do general Emílio Garrastazu Médici. Nesta sexta-feira (12), ela talvez tenha relembrado aquele triste e sanguinário período no seu encontro com Jair Bolsonaro, o candidato que faz apologia da tortura e do regime militar. Após a visita, o fascista publicou uma foto com a celebridade global em suas redes sociais. O apoio não causa surpresa. Faz tempo que Regina Duarte se transformou na “namoradinha” do que há de mais reacionário e atrasado no Brasil.

Nas eleições presidenciais de 2002, essa conversão ao direitismo ficou explícita na campanha do grão-tucano José Serra. Ficou famosa sua declaração no horário eleitoral de tevê de “medo” da vitória de Lula. Depois dessa encenação grotesca, ela virou vedete da direita nativa. Fez campanha para o “ético” Aécio Neves; participou ativamente da cavalgada golpista contra Dilma Rousseff; e pegou uma vassoura para ajudar na campanha do “prefake” João Doria. Entre uma campanha e outra, ela fazia seus comícios em convescotes de ruralistas. Como criadora de gado, ela virou uma inimiga dos povos indígenas e dos camponeses. Vale relembrar um artigo postado neste blog em agosto de 2012:

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Regina Duarte tem medo de índio
Por Altamiro Borges

Segundo o Centro de Estudos Ambientais, Regina Duarte é proprietária de terras em áreas pertencentes a comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai. A região tem se destacado pelo aumento dos conflitos entre ricos pecuaristas e os índios Guarani Kaiowá e Guarani Ñhandeva, que vivem em barracos de lona nas estradas e lutam para reconquistar as suas terras. Nos últimos anos, 245 índios foram mortos em confrontos com fazendeiros, ou vítimas da polícia e do tráfico.

“Regina Duarte lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas e participa de comícios contra as demarcações em todo Brasil. No Mato Grosso do Sul, ela é a ‘garota propaganda’ em campanhas contra os indígenas”, relata o blog União Campo, Cidade e Floresta. O jornalista Leonardo Sakamoto já havia feito a mesma denúncia em seu blog no UOL em maio de 2009. Reproduzo alguns trechos:

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A atriz global e pecuarista Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), disse que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado.

“Confesso que em Dourados voltei a sentir medo”, afirmou a atriz, neste domingo (18), com referência à previsão de criação de novas reservas na região de Dourados. “O direito à propriedade é inalienável”, explicou ela, de forma curta, grossa e maravilhosamente elucidativa o que faz do BRASIL um brasil. Em verdade, ela deve estar sentindo medo desde a campanha presidencial de 2002…

(O deputado Ronaldo Caiado, principal defensor desses princípios, deveria cobrar royalties de Regina Duarte… Inalienáveis deveriam ser o direito à vida e à dignidade, mas terra vale mais que isso por aqui.)

“Podem contar comigo, da mesma forma que estive presentes nos momentos mais importantes da política brasileira.” Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).

Um comentário:

  1. O que difere um artista do outro, é quando ele não tem um discurso preparado por alguém e tem que tomar decisões por conta própria COM BASES NO QUE MANDA A SUA " CABECINHA", neste momento ocorre a separação do JOIO/trigo . Obviamente, de um lado teremos os ARTISTAS/CIDADÃOS - TRIGO, e do outro lado as REGININHAS.

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