Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
Paulo Guedes, anunciado como futuro ministro da Fazenda de Bolsonaro, afirmou que o Brasil “vai enterrar modelo econômico social-democrata”.
A Constituição Federal de 1988 (CF88), chamada de Constituição Cidadã, de fato se inspirou na social-democracia, em especial a europeia, para instituir uma série de direitos aos cidadãos brasileiros, tal como consta no artigo 6º da CF88: “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
No entanto, toda a carga de exclusão e desigualdade da sociedade brasileira, de quatrocentos anos de escravidão seguida por períodos ditatoriais, não foi passível de ser alterada facilmente: não é que tenha falhado o projeto de inclusão social, mas sempre floresceu a exclusão social. Soma-se se a isso que, nos anos 1990, que se seguiram à promulgação da CF88, o país tenha entrado na égide do neoliberalismo, que não garantiu recursos para as áreas sociais e ampliou problemas sociais como o desemprego, a fome e a pobreza.
Assim, trinta anos da CF88 se passaram, mas voltamos ao mesmo pensamento: à época de sua promulgação, Sarney dizia que ela tornaria o país ingovernável. À época do documento “Ponte para o Futuro”, dizia-se que a Constituição não cabia no orçamento. Agora, Paulo Guedes, que parece ter superpoderes no futuro governo Bolsonaro, tem como uma de suas primeiras falas após a eleição esse ataque à Constituição. Não serão anos fáceis para aqueles que dependem do Estado para ter acesso aos direitos sociais citados na Constituição.
Paulo Guedes, anunciado como futuro ministro da Fazenda de Bolsonaro, afirmou que o Brasil “vai enterrar modelo econômico social-democrata”.
A Constituição Federal de 1988 (CF88), chamada de Constituição Cidadã, de fato se inspirou na social-democracia, em especial a europeia, para instituir uma série de direitos aos cidadãos brasileiros, tal como consta no artigo 6º da CF88: “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
No entanto, toda a carga de exclusão e desigualdade da sociedade brasileira, de quatrocentos anos de escravidão seguida por períodos ditatoriais, não foi passível de ser alterada facilmente: não é que tenha falhado o projeto de inclusão social, mas sempre floresceu a exclusão social. Soma-se se a isso que, nos anos 1990, que se seguiram à promulgação da CF88, o país tenha entrado na égide do neoliberalismo, que não garantiu recursos para as áreas sociais e ampliou problemas sociais como o desemprego, a fome e a pobreza.
Assim, trinta anos da CF88 se passaram, mas voltamos ao mesmo pensamento: à época de sua promulgação, Sarney dizia que ela tornaria o país ingovernável. À época do documento “Ponte para o Futuro”, dizia-se que a Constituição não cabia no orçamento. Agora, Paulo Guedes, que parece ter superpoderes no futuro governo Bolsonaro, tem como uma de suas primeiras falas após a eleição esse ataque à Constituição. Não serão anos fáceis para aqueles que dependem do Estado para ter acesso aos direitos sociais citados na Constituição.
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