Editorial do site Vermelho:
O presidente eleito Jair Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército brasileiro, corre o risco de ser apelidado de incontinente tamanho é seu afã em prestar continência, sobretudo em situações em que este cumprimento militar a rigor não se aplica.
Na manhã desta quinta-feira (29), recebeu, em sua residência, no Rio de Janeiro, o Conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, John Bolton, a quem prestou continência. Como já havia feito antes, na reta final da campanha eleitoral, em outubro quando, em Miami, prestou (também irregularmente) continência à bandeira Estados Unidos.
Foram duas situações fortemente à margem das normas militares e que não se coadunam com o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas (RCont), que determina – detalhadamente, como costumam ocorrer nos regulamentos militares – como deve ser a prestação de cumprimentos e homenagens de militares a militares ou a civis e a símbolos nacionais, como a bandeira e o hino nacional.
Aquele regulamento é claro: "A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica", e deve ser prestada a seus superiores. Estabelece também as normas para quando os militares estejam em trajes civis (que era o caso: Bolsonaro não estava fardado): “o militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta”. E não bater continência.
Bolsonaro extrapolou em servilismo ao prestar continência a John Bolton, como fizera antes em relação à bandeira estampada de estrelas.
Cometeu duas irregularidades. Uma protocolar: estando em trajes civis, um militar (e Bolsonaro já não o é faz tempo) não presta continência, mas mantém-se em posição respeitosa. A outra é muito mais grave: a continência prestada por ele a uma autoridade e a uma bandeira estrangeiras (principalmente àquela que serve de mortalha aos povos e à soberania das nações: a dos EUA) é um gesto de submissão, de reconhecimento da superioridade do outro, que é inadmissível naquele que está às vésperas de se tornar o chefe de Estado de uma nação soberana, o Brasil. Gesto de servilismo e subalternidade que indica a quem o próximo presidente da República brasileiro pretende servir em seu mandato.
O presidente eleito Jair Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército brasileiro, corre o risco de ser apelidado de incontinente tamanho é seu afã em prestar continência, sobretudo em situações em que este cumprimento militar a rigor não se aplica.
Na manhã desta quinta-feira (29), recebeu, em sua residência, no Rio de Janeiro, o Conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, John Bolton, a quem prestou continência. Como já havia feito antes, na reta final da campanha eleitoral, em outubro quando, em Miami, prestou (também irregularmente) continência à bandeira Estados Unidos.
Foram duas situações fortemente à margem das normas militares e que não se coadunam com o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas (RCont), que determina – detalhadamente, como costumam ocorrer nos regulamentos militares – como deve ser a prestação de cumprimentos e homenagens de militares a militares ou a civis e a símbolos nacionais, como a bandeira e o hino nacional.
Aquele regulamento é claro: "A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica", e deve ser prestada a seus superiores. Estabelece também as normas para quando os militares estejam em trajes civis (que era o caso: Bolsonaro não estava fardado): “o militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta”. E não bater continência.
Bolsonaro extrapolou em servilismo ao prestar continência a John Bolton, como fizera antes em relação à bandeira estampada de estrelas.
Cometeu duas irregularidades. Uma protocolar: estando em trajes civis, um militar (e Bolsonaro já não o é faz tempo) não presta continência, mas mantém-se em posição respeitosa. A outra é muito mais grave: a continência prestada por ele a uma autoridade e a uma bandeira estrangeiras (principalmente àquela que serve de mortalha aos povos e à soberania das nações: a dos EUA) é um gesto de submissão, de reconhecimento da superioridade do outro, que é inadmissível naquele que está às vésperas de se tornar o chefe de Estado de uma nação soberana, o Brasil. Gesto de servilismo e subalternidade que indica a quem o próximo presidente da República brasileiro pretende servir em seu mandato.
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