Editorial do site Vermelho:
O Dia Mundial do Pobre, instituído em 2017 pelo Papa Francisco e assinalado neste ano em 18 de novembro, coincidiu com dados alarmantes sobre o assunto, entre eles os que mostram o aumento de 2 milhões de brasileiros em situação de pobreza em um ano, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) apontou que a pobreza extrema também cresceu em patamar semelhante. Soma-se a esses dados o relatório da Oxfam Brasil revelando que a desigualdade de renda parou de cair e a pobreza cresceu.
A causa principal, como destaca o gerente da pesquisa do IBGE, André Simões, é a deterioração do mercado de trabalho. Nessa definição está a síntese do problema, um flagrante da falsa tese evangelizada pelos “gerentes” da crise de que a desregulamentação do trabalho seria uma maré crescente que eleva todos os navios. Conta, em primeiro plano, evidentemente, a extensão e a profundidade da crise. A FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, informa que também a pobreza rural, que vinha recuando desde 1990, voltou a crescer.
Em âmbito global, uma em cada dez pessoas vive em extrema pobreza, de acordo com o Banco Mundial, resultado que contabiliza um aumento significativo desse número como decorrência da crise. São as vítimas da reedição daquela histeria inaugurada nos governos neoliberais de Margareth Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (Estados Unidos), uma pregação fundamentalista de que as “forças de mercado” substituiriam com sucesso a “vontade dos governos”.
A essa ideia soma-se outra: a de que os países menos desenvolvidos devem afrouxar os controles para a circulação de capitais em suas fronteiras. Essa tese serve a ideologias que veem o mundo numa fase final da história, na qual só resta o caminho da acomodação diante do eterno conflito entre ricos e pobres, que seria imutável, uma formulação que em última instância visa a transformação da pobreza de muitos como instrumento que garante a riqueza de poucos numa espécie de mandamento pétreo das leis da economia.
No mundo das realidades, a ideia que interessa à imensa maioria da humanidade indica outro caminho. Um país como o Brasil, por exemplo, precisa crescer a taxas acima de 5% ao ano para um combate efetivo à pobreza. Isso combinado com políticas de desenvolvimento e progresso social, tese que produziu resultados significativos nos debates teóricos — especialmente na década de 1950 — e na prática dos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Para reduzir a pobreza, elevando a renda per capita, estudos mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) precisa crescer entre 5% e 6% ao ano apenas para incorporar a mão-de-obra que está entrando anualmente no mercado de trabalho, além de medidas emergenciais, uma ideia proscrita dos manuais da “ortodoxia” neoliberal. Como disse várias vezes o ex-presidente Lula, para a direita brasileira qualquer gasto com o povo pobre é indevido. "A impressão que dá é que não querem que se gaste um tostão com os pobres", disse ele certa vez.
A pobreza não é uma fatalidade, como se costuma dizer. Sem combatê-la, ela não diminui. Essa é uma urgência inquestionável. Não apenas porque é desumano ver uma parcela significativa de pessoas sem ter o que comer num país de agricultura farta como é o Brasil — a fome aqui é um genocídio, não uma fatalidade, resultado de má-fé —, mas também, e principalmente, porque isso contribui muito para o processo de construção de um novo modelo de sociedade com desenvolvimento, democracia e cidadania para todos.
O Dia Mundial do Pobre, instituído em 2017 pelo Papa Francisco e assinalado neste ano em 18 de novembro, coincidiu com dados alarmantes sobre o assunto, entre eles os que mostram o aumento de 2 milhões de brasileiros em situação de pobreza em um ano, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) apontou que a pobreza extrema também cresceu em patamar semelhante. Soma-se a esses dados o relatório da Oxfam Brasil revelando que a desigualdade de renda parou de cair e a pobreza cresceu.
A causa principal, como destaca o gerente da pesquisa do IBGE, André Simões, é a deterioração do mercado de trabalho. Nessa definição está a síntese do problema, um flagrante da falsa tese evangelizada pelos “gerentes” da crise de que a desregulamentação do trabalho seria uma maré crescente que eleva todos os navios. Conta, em primeiro plano, evidentemente, a extensão e a profundidade da crise. A FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, informa que também a pobreza rural, que vinha recuando desde 1990, voltou a crescer.
Em âmbito global, uma em cada dez pessoas vive em extrema pobreza, de acordo com o Banco Mundial, resultado que contabiliza um aumento significativo desse número como decorrência da crise. São as vítimas da reedição daquela histeria inaugurada nos governos neoliberais de Margareth Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (Estados Unidos), uma pregação fundamentalista de que as “forças de mercado” substituiriam com sucesso a “vontade dos governos”.
A essa ideia soma-se outra: a de que os países menos desenvolvidos devem afrouxar os controles para a circulação de capitais em suas fronteiras. Essa tese serve a ideologias que veem o mundo numa fase final da história, na qual só resta o caminho da acomodação diante do eterno conflito entre ricos e pobres, que seria imutável, uma formulação que em última instância visa a transformação da pobreza de muitos como instrumento que garante a riqueza de poucos numa espécie de mandamento pétreo das leis da economia.
No mundo das realidades, a ideia que interessa à imensa maioria da humanidade indica outro caminho. Um país como o Brasil, por exemplo, precisa crescer a taxas acima de 5% ao ano para um combate efetivo à pobreza. Isso combinado com políticas de desenvolvimento e progresso social, tese que produziu resultados significativos nos debates teóricos — especialmente na década de 1950 — e na prática dos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Para reduzir a pobreza, elevando a renda per capita, estudos mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) precisa crescer entre 5% e 6% ao ano apenas para incorporar a mão-de-obra que está entrando anualmente no mercado de trabalho, além de medidas emergenciais, uma ideia proscrita dos manuais da “ortodoxia” neoliberal. Como disse várias vezes o ex-presidente Lula, para a direita brasileira qualquer gasto com o povo pobre é indevido. "A impressão que dá é que não querem que se gaste um tostão com os pobres", disse ele certa vez.
A pobreza não é uma fatalidade, como se costuma dizer. Sem combatê-la, ela não diminui. Essa é uma urgência inquestionável. Não apenas porque é desumano ver uma parcela significativa de pessoas sem ter o que comer num país de agricultura farta como é o Brasil — a fome aqui é um genocídio, não uma fatalidade, resultado de má-fé —, mas também, e principalmente, porque isso contribui muito para o processo de construção de um novo modelo de sociedade com desenvolvimento, democracia e cidadania para todos.
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