Por Altamiro Borges
Na semana passada, a companhia aérea Avianca entrou com um pedido de recuperação judicial, confirmando a grave crise vivida pelo setor. Segundo balanço publicado pela Folha no domingo (16), o volume de passageiros atendidos por todas as empresas brasileiras de aviação comercial desabou para níveis do início desta década. “O mercado doméstico cresceu até 2014, mas a recessão, iniciada no governo Dilma Rousseff (PT), chegou a causar queda de 17% em um ano no número de passageiros que pagam por seus bilhetes, entre 2015 e 2016”.
De acordo com a metodologia usada pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), que considera o total de passageiros transportados, quase cinco milhões de brasileiros deixaram de viajar de aviões no período. Em 2014, o total de usuários foi de 94,8 milhões; no ano passado, ele ficou em 89,8 milhões. Várias empresas apresentaram dificuldades e quase faliram. John Rodgerson, presidente da Azul, revela que a companhia teve de vender 20 aeronaves nos últimos quatro anos. Já a Latam abriu ainda mais seus negócios para o capital estrangeiro – em 2016 anunciou acordo para a Qatar Airways comprar uma fatia da empresa. A Azul também anunciou, em 2015, a venda de quase 24% do capital não votante ao grupo chinês HNA.
“Para se readequar à demanda reduzida, as companhias restringiram a oferta de assentos e o porte de aeronaves, cortaram destinos e demitiram”, relata a Folha. O pior, porém, não passou. A grave crise do setor serviu para o governo entreguista de Michel Temer – com apoio explícito do abutre Paulo Guedes, o czar da economia do futuro governo Bolsonaro – apresentar às pressas um projeto que libera a participação estrangeira de 100% nas companhias aéreas brasileiras. Mais um crime contra a soberania nacional, que deverá resultar inclusive na demissão de mais aeronautas e aeroviários.
Esse quadro deprimente deveria servir de alerta para alguns egoístas da chamada classe média. Nos governos Lula e Dilma, a aviação comercial teve enorme expansão no Brasil. Muita gente viajou de avião pela primeira vez na vida. Aeroportos foram ampliados e reformados. Na época, os patéticos coxinhas ficaram indignados com a presença de pessoas do povo no antigo paraíso dos ricaços. Ficou famosa a frase elitista de que “o aeroporto está parecendo rodoviária”. Com o golpe do impeachment, que agravou o caos econômico, conduziu ao poder a quadrilha de Michel Temer e pavimentou o terreno para a vitória de Jair Bolsonaro, milhares de passageiros foram escorraçados dos aeroportos – inclusive muitos coxinhas tapados e midiotizados. A vida é cruel!
Na semana passada, a companhia aérea Avianca entrou com um pedido de recuperação judicial, confirmando a grave crise vivida pelo setor. Segundo balanço publicado pela Folha no domingo (16), o volume de passageiros atendidos por todas as empresas brasileiras de aviação comercial desabou para níveis do início desta década. “O mercado doméstico cresceu até 2014, mas a recessão, iniciada no governo Dilma Rousseff (PT), chegou a causar queda de 17% em um ano no número de passageiros que pagam por seus bilhetes, entre 2015 e 2016”.
De acordo com a metodologia usada pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), que considera o total de passageiros transportados, quase cinco milhões de brasileiros deixaram de viajar de aviões no período. Em 2014, o total de usuários foi de 94,8 milhões; no ano passado, ele ficou em 89,8 milhões. Várias empresas apresentaram dificuldades e quase faliram. John Rodgerson, presidente da Azul, revela que a companhia teve de vender 20 aeronaves nos últimos quatro anos. Já a Latam abriu ainda mais seus negócios para o capital estrangeiro – em 2016 anunciou acordo para a Qatar Airways comprar uma fatia da empresa. A Azul também anunciou, em 2015, a venda de quase 24% do capital não votante ao grupo chinês HNA.
“Para se readequar à demanda reduzida, as companhias restringiram a oferta de assentos e o porte de aeronaves, cortaram destinos e demitiram”, relata a Folha. O pior, porém, não passou. A grave crise do setor serviu para o governo entreguista de Michel Temer – com apoio explícito do abutre Paulo Guedes, o czar da economia do futuro governo Bolsonaro – apresentar às pressas um projeto que libera a participação estrangeira de 100% nas companhias aéreas brasileiras. Mais um crime contra a soberania nacional, que deverá resultar inclusive na demissão de mais aeronautas e aeroviários.
Esse quadro deprimente deveria servir de alerta para alguns egoístas da chamada classe média. Nos governos Lula e Dilma, a aviação comercial teve enorme expansão no Brasil. Muita gente viajou de avião pela primeira vez na vida. Aeroportos foram ampliados e reformados. Na época, os patéticos coxinhas ficaram indignados com a presença de pessoas do povo no antigo paraíso dos ricaços. Ficou famosa a frase elitista de que “o aeroporto está parecendo rodoviária”. Com o golpe do impeachment, que agravou o caos econômico, conduziu ao poder a quadrilha de Michel Temer e pavimentou o terreno para a vitória de Jair Bolsonaro, milhares de passageiros foram escorraçados dos aeroportos – inclusive muitos coxinhas tapados e midiotizados. A vida é cruel!
Acho que não existe gentalha mais abjeta e vil do que a pequena burguesia brasileira que constitui boa parte da classe média. Por ter acesso a certos lugares e bens de consumo (acesso a coisas, o que essa gentalha é), essa rafameia embrutecida, alienada, odiosa e decadente julga-se ser "seres superiores". Mas são apenas coisas no meio de outras coisas.
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