Por Jeferson Miola, em seu blog:
Numa etapa remota da vida, durante o período que corresponde à sua “adolescência” política e, principalmente, profissional, José Antonio Dias Toffoli comungou ideais de justiça, democracia, humanismo e garantismo jurídico.
O itinerário do Toffoli no alpinismo rumo ao topo do sucesso começou com o cargo de consultor jurídico da CUT [1993/1994] e passou pelos cargos de assessor do PT na Alesp [1994], de assessor jurídico na liderança do PT na Câmara dos Deputados [1995/2000] e de assessor no governo da Marta Suplicy em São Paulo em 2001 [wikipédia].
Nos governos Lula, Toffoli galgou degraus. Entre 2003 a 2005, foi subchefe jurídico da Casa Civil do José Dirceu. Em 2007, foi nomeado Advogado-Geral da União, cargo que exerceu até 2009.
Apesar do nanismo jurídico, acadêmico e intelectual - e do fracasso em 2 concursos para juiz federal - num equívoco oceânico, Lula o alçou ao maior cargo da carreira da magistratura brasileira. Em outubro de 2009, Toffoli incrivelmente se tornou juiz do STF.
Toffoli teve breve passagem pela advocacia privada. Na primeira experiência, de março/2001 a dezembro/ 2002, atuou como sócio do Escritório Toffoli & Telesca Advogados Associados.
Na segunda, entre agosto/2005 a fevereiro de 2007, foi sócio do Escritório Toffoli & Rangel Advogados. Segundo o site Poder360, “a empresa está ativa. Roberta Maria Rangel é a única a constar no quadro societário do escritório”.
Embora afastado do escritório, a participação de Toffoli na sociedade conjugal continua lhe rendendo dores de cabeça. Em 14/9/2016, a Folha de São Paulo publicou que o “Escritório de mulher de Toffoli recebeu de consórcio alvo da Lava Jato”.
Na reportagem, a Folha revelou que
“Um consórcio das empresas Queiroz Galvão e Iesa, suspeito de repassar propinas em contrato de mais de R$ 1 bilhão sem licitação com a Petrobras, fez pagamentos em 2008 e 2011 no total de R$ 300 mil ao escritório Rangel Advocacia, que teve o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli como sócio até 2007”.
O Estadão de 28/7/2018 publicou que “Toffoli recebe uma mesada de R$ 100 mil de sua mulher, a advogada Roberta Maria Rangel”. Segundo o Estadão
“Os repasses […] foram realizados ao menos desde 2015 e somam R$ 4,5 milhões. Dos R$ 100 mil mensais depositados pela mulher de Toffoli, diz a revista, metade é transferida para a ex-mulher do ministro, Mônica Ortega, e o restante é utilizado para custear suas despesas pessoais”.
Já no STF, Toffoli abandonou o nome simples e os princípios originais. Passou a adotar o pomposo nome composto “Dias Toffoli”.
Além de mudar de nome, Dias Toffoli também mudou de lado. Ele abandonou os valores, princípios e compromissos com a democracia, com a justiça e com a Constituição, e se associou ao suburbano do fascismo judicial.
Durante os períodos do governo Dilma, sua atuação como linha auxiliar de Gilmar Mendes causou estranheza. Ele nada decidia fora do raio de influência do Gilmar; situava-se abaixo do sovaco do colega. Continua sendo uma incógnita essa capacidade “excepcional” de abdução do Toffoli pelo Gilmar.
Na conspiração promovida por Cunha, Temer, Aécio e camarilha do golpe, Toffoli escolheu a hipócrita posição da cumplicidade e da indiferença formal.
Uma vez consumado o golpe que ele mesmo ajudou a viabilizar com sua omissão, indiferença e cumplicidade, Toffoli encorajou-se no exercício da carreira solo [e narcísica].
Após a assunção do Temer e da sua camarilha, Toffoli passou a assumir posições francamente favoráveis ao aprofundamento do regime de exceção. Se jogou de cabeça no sistema. E, como pagador de alguma conta, também fez questão de vincar a disposição, cada vez mais indisfarçável, de sacanear o ex-presidente Lula.
A decomposição ética e moral de Toffoli é notável. Ele não só rebatizou a ditadura civil-militar de 1964 como “movimento”, como colocou na assessoria da presidência do STF um general, transformando o STF em departamento jurídico do bolsonarismo teocrático-militar.
Neste 19 de dezembro de 2018, ao cassar em tempo recorde a liminar concedida por Marco Aurélio Mello que restaurava a Constituição, Toffoli não somente enterrou a própria biografia, mas chafurdou o STF no esgoto.
A pergunta fundamental é: por que Lula serve de moeda de troca para o Toffoli?
Numa etapa remota da vida, durante o período que corresponde à sua “adolescência” política e, principalmente, profissional, José Antonio Dias Toffoli comungou ideais de justiça, democracia, humanismo e garantismo jurídico.
O itinerário do Toffoli no alpinismo rumo ao topo do sucesso começou com o cargo de consultor jurídico da CUT [1993/1994] e passou pelos cargos de assessor do PT na Alesp [1994], de assessor jurídico na liderança do PT na Câmara dos Deputados [1995/2000] e de assessor no governo da Marta Suplicy em São Paulo em 2001 [wikipédia].
Nos governos Lula, Toffoli galgou degraus. Entre 2003 a 2005, foi subchefe jurídico da Casa Civil do José Dirceu. Em 2007, foi nomeado Advogado-Geral da União, cargo que exerceu até 2009.
Apesar do nanismo jurídico, acadêmico e intelectual - e do fracasso em 2 concursos para juiz federal - num equívoco oceânico, Lula o alçou ao maior cargo da carreira da magistratura brasileira. Em outubro de 2009, Toffoli incrivelmente se tornou juiz do STF.
Toffoli teve breve passagem pela advocacia privada. Na primeira experiência, de março/2001 a dezembro/ 2002, atuou como sócio do Escritório Toffoli & Telesca Advogados Associados.
Na segunda, entre agosto/2005 a fevereiro de 2007, foi sócio do Escritório Toffoli & Rangel Advogados. Segundo o site Poder360, “a empresa está ativa. Roberta Maria Rangel é a única a constar no quadro societário do escritório”.
Embora afastado do escritório, a participação de Toffoli na sociedade conjugal continua lhe rendendo dores de cabeça. Em 14/9/2016, a Folha de São Paulo publicou que o “Escritório de mulher de Toffoli recebeu de consórcio alvo da Lava Jato”.
Na reportagem, a Folha revelou que
“Um consórcio das empresas Queiroz Galvão e Iesa, suspeito de repassar propinas em contrato de mais de R$ 1 bilhão sem licitação com a Petrobras, fez pagamentos em 2008 e 2011 no total de R$ 300 mil ao escritório Rangel Advocacia, que teve o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli como sócio até 2007”.
O Estadão de 28/7/2018 publicou que “Toffoli recebe uma mesada de R$ 100 mil de sua mulher, a advogada Roberta Maria Rangel”. Segundo o Estadão
“Os repasses […] foram realizados ao menos desde 2015 e somam R$ 4,5 milhões. Dos R$ 100 mil mensais depositados pela mulher de Toffoli, diz a revista, metade é transferida para a ex-mulher do ministro, Mônica Ortega, e o restante é utilizado para custear suas despesas pessoais”.
Já no STF, Toffoli abandonou o nome simples e os princípios originais. Passou a adotar o pomposo nome composto “Dias Toffoli”.
Além de mudar de nome, Dias Toffoli também mudou de lado. Ele abandonou os valores, princípios e compromissos com a democracia, com a justiça e com a Constituição, e se associou ao suburbano do fascismo judicial.
Durante os períodos do governo Dilma, sua atuação como linha auxiliar de Gilmar Mendes causou estranheza. Ele nada decidia fora do raio de influência do Gilmar; situava-se abaixo do sovaco do colega. Continua sendo uma incógnita essa capacidade “excepcional” de abdução do Toffoli pelo Gilmar.
Na conspiração promovida por Cunha, Temer, Aécio e camarilha do golpe, Toffoli escolheu a hipócrita posição da cumplicidade e da indiferença formal.
Uma vez consumado o golpe que ele mesmo ajudou a viabilizar com sua omissão, indiferença e cumplicidade, Toffoli encorajou-se no exercício da carreira solo [e narcísica].
Após a assunção do Temer e da sua camarilha, Toffoli passou a assumir posições francamente favoráveis ao aprofundamento do regime de exceção. Se jogou de cabeça no sistema. E, como pagador de alguma conta, também fez questão de vincar a disposição, cada vez mais indisfarçável, de sacanear o ex-presidente Lula.
A decomposição ética e moral de Toffoli é notável. Ele não só rebatizou a ditadura civil-militar de 1964 como “movimento”, como colocou na assessoria da presidência do STF um general, transformando o STF em departamento jurídico do bolsonarismo teocrático-militar.
Neste 19 de dezembro de 2018, ao cassar em tempo recorde a liminar concedida por Marco Aurélio Mello que restaurava a Constituição, Toffoli não somente enterrou a própria biografia, mas chafurdou o STF no esgoto.
A pergunta fundamental é: por que Lula serve de moeda de troca para o Toffoli?
Simples: ele tem rabo preso.
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