Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A ausência mais lembrada da lista de convidados para a posse de Jair Bolsonaro é a de Fabrício Queiroz.
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro pilhado pelo Coaf com movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão, amigo de Jair há 34 anos, não faz parte do rol de 140 nomes da cerimônia de 1º de janeiro.
Entre os esperados em Brasília estão antigos parceiros de pescaria e líderes religiosos, mas não o PM.
A família comparecerá em peso. A mãe, Olinda, de 89 anos, Renato, único irmão do presidente eleito, filhos, noras, cunhados, netos e sobrinhos.
Renato Bolsonaro, aliás, foi exonerado em 2016 da função de assessor especial parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo.
No cargo havia três anos, recebia R$ 17 mil mensais, mas não aparecia para trabalhar.
Silas Malafaia e Valdemiro Santiago (da Igreja Mundial do Poder de Deus) confirmaram presença.
Em 2003, Valdemiro foi preso por porte ilegal de armas. Tinha uma escopeta, duas carabinas e munição. Alegou que estavam sendo levadas para um amigo.
O homem é um fenômeno.
Cartas enviadas a fiéis pediam que eles se passassem por “enfermos curados, ex-dependentes químicos e aleijados” para que as pessoas se compadecessem e doassem dinheiro para a aquisição de um canal de TV.
Em 2017, foi esfaqueado num templo, como o chegado Jair.
Está vendendo “chaves ungidas” por R$ 300 reais para o povo entrar em 2019 “abençoado por Deus”.
Bolsonaro deve ganhar uma de presente.
Ao seu lado estará o presidente da Igreja Batista Atitude Central da Barra, frequentada por Michelle Bolsonaro, Josué Valandro Junior.
Valandro, sua organização e um pastor estão sendo processados pelo sumiço de R$ 700 mil de uma fiel.
Não poderia estar fora do convescote o dono da Igreja Universal, Edir Macedo, que o mundo sabe quem é.
A Agência Brasil informa que 60 delegações estrangeiras devem prestigiar a festa.
As presenças já confirmadas são de presidentes de países vizinhos, como Maurício Macri (Argentina), Sebastián Piñera (Chile), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Marín Vizcarra (Peru).
Também vão desembarcar em Brasília o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
Maduro e Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, foram desconvidados.
O único assunto da noite, obviamente: cadê o Queiroz?
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