quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Bolsonaro faz Augusto Nunes surtar de vez!

Por Altamiro Borges

O “calunista” Augusto Nunes está com algum distúrbio bem sério. Ele surta cada vez com maior frequência. Nesta semana, diante das denúncias publicadas pela Folha contra o clã Jair Bolsonaro, ele quase estrebuchou na Jovem Pan – também apelidada de rádio “Ku Klux Pan” pelo elevado número de comentaristas de ultradireita que reúne em seus estúdios. O caluniador que adora rotular o ex-presidente Lula de “ladrão”, “pilantra”, “mentiroso”, “chefe de quadrilha” e outros adjetivos mais asquerosos, saiu em defesa do deputado fascista e criticou “este tipo de jornalismo, que vai só no negativo. Agora você só fala da coisa que parece ruim ou desagradável, você não fala nada que possa beneficiar o cara [Bolsonaro] ou que possa transmitir ao leitor a ideia de que nem todo mundo é igual. Isso não se faz”. A sua defesa foi grotesca, parecia coisa de assessor de imprensa de quinta categoria.


Temer veta Refis dos micro “coxinhas”

Por Altamiro Borges

Na cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016, pequenos e micro empresários tiveram uma presença marcante e estridente. Os jornalões e as emissoras de televisão, excitados com as marchas, entrevistaram dezenas de comerciantes e de profissionais liberais trajando suas camisetas amarelas da “ética” CBF e carregando os patinhos amarelos distribuídos pela Fiesp. A vida, porém, dá voltas e costuma ser ingrata com os ingênuos. Na semana passada, o traíra Michel Temer deu uma punhalada nos pequenos e micro “coxinhas” ao vetar integralmente o programa de refinanciamento das suas dívidas, o Refis. O covil golpista alegou que a medida, aprovada pelo Congresso Nacional, iria ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal e prejudicar as contas da União.

Já viu quem é dono do triplex do Guarujá?

Registro do imóvel, comprovando que unidade
pertence à OAS. (Reprodução)
Do site Lula:

Documento registrado no Cartório de Registro de Imóveis do Guarujá comprova: a empresa OAS Empreendimentos é a dona do famoso tríplex do Guarujá.

A OAS Empreendimentos, construtora do prédio, é dona de todas unidades não-vendidas. O apartamento 164, conhecido como "triplex do Guarujá" não é o único pertencente à OAS, há outra unidade na mesma situação.

Brasil e França querem censurar a internet

Por Glenn Greenwald e Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Na tarde desta terça (9), o perfil oficial da Federação Nacional dos Policiais Federais no Twitter publicou um anúncio extraordinário. O tom burocraticamente indiferente ocultava a importância da notícia. O tuíte, em essência, propunha dar à Polícia Federal e ao governo federal, ao qual se subordina, o poder de regular, controlar e até mesmo censurar conteúdo político na internet que seja considerado “falso”, e “punir” aqueles que o disseminarem. Esse novo poder atingiria postagens em mídias sociais e também sites inteiramente dedicados a tratar de política.

O curioso anticapitalismo de 'Últimos Jedi'

Por Gustavo Freire Barbosa, no site Vermelho:

Uma pequena nação acossada por um embargo comercial promovido por uma grande entidade representativa de interesses empresariais que não apenas possui vasta influência na política local, mas tem à sua disposição um formidável exército para impor pela força o que não consegue pelas vias institucionais e diplomáticas.

O que aparenta ser a transcrição de alguma situação específica da geopolítica internacional dos séculos 20 ou 21 é na verdade o pano de fundo onde se desenvolve o enredo de A Ameaça Fantasma, episódio da franquia Star Wars lançado em 1999. Nele, a Federação do Comércio, insatisfeita com a cobrança de tributos, promove um embargo comercial contra Naboo, pequeno planeta governado pela Rainha Amidala. O impasse passa a ser discutido no Senado, onde a Federação promove o seu lobby por meio de parlamentares comprados a peso de ouro – ou burocratas leais aos seus interesses pouco republicanos, conforme define um dos personagens.

Soberania, repactuação nacional e Lula

Por Luiz Alberto Gomez de Souza, no site Carta Maior:

Tenho insistido tantas vezes sobre a necessidade de uma Frente Ampla Popular, Nacional e Democrática, como surgiu faz alguns anos no Uruguai, mais recentemente em Portugal e um embrião da mesma nas recentes eleições no Chile. Este é um movimento estratégico de médio prazo, a ser animado por setores progressistas, para além de uma frente de esquerdas, partindo de anseios, nem sempre definidos, da base da sociedade, articulando movimentos sociais, populares, pastorais e alternativos, sindicatos, profissionais, intelectuais, artistas e, claro está, lideranças políticas. Uma ampla gama delas vai de um Roberto Requião (PMDB) - poucos tem uma atitude nacionalista tão desassombrada -, a setores do PT (Tarso Genro, Olívio Dutra, Paulo Teixeira...), do PC do B (Flávio Dino, Manuela d’Ávila...), do PDT (Ciro Gomes), do PSOL (Luiza Erundina, Chico Alencar, Jean Willys...), do PV e da Rede (Alessandro Molon e Randolfe Rodrigues).

A filha de Jefferson, a moral e o direito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A segunda decisão do TRF impedindo a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho, depois que Cármem Lúcia mandou dizer a Michel Temer que não liberaria a assunção da filha de Roberto Jefferson no cargo, é uma decisão definitiva.

Tudo o que ainda ocorrer é pantomima, como faz o Jefferson “2.0”, Carlos Marun, ao dizer que o governo irá “ao STJ ou STF” para tentar empossá-la.

Natural, Temer precisa fazer de tudo para tentar acalmar o furioso “Bob Jeff”.

Salário mínimo de novo abaixo da inflação

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Nem o menor INPC anual desde a implementação do Plano Real foi suficiente para que o governo reajustasse o salário mínimo pela inflação, como manda a Lei 13.152, de 2015. Com a divulgação pelo IBGE, hoje (10), dos resultados do IPCA e do INPC,confirmou-se que o piso nacional ficará abaixo da inflação pelo segundo ano seguido, o que põe em dúvida a continuidade de uma política pública que ajudou, principalmente, economias regionais.

A unidade como ponto de partida

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Sempre que o debate político – chamado pela realidade – se volta para a discussão sobre a unidade (como necessidade) das esquerdas, torna-se relevante, e até mesmo pedagógico, revisitar experiências como as de 1954 e 1955. Elas precisam ser lembradas como lições e advertências aos que desconhecem nossa história recente, e, ignorando-a, tendem a repetir os erros passados.

Em 1954 – primeira etapa do golpe que se consolidaria em 1964 com a ditadura militar – as esquerdas se deram ao luxo de se dividir na defesa x denúncia de Getúlio Vargas, envolvidas, lamentavelmente não pela última vez, pelo discurso moralista articulado pela direita para dar justificativa à deposição do presidente.

TRF4 cria precedente que pode beneficiar Lula

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A atuação da presidência do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e da 8ª Turma – responsável pela Lava Jato – está lançando suspeitas sobre todo o Tribunal, expondo julgamentos discrepantes, subjetivismo suspeito.

Analise-se o seguinte caso.

A mãe do primeiro-amigo de Sérgio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, foi executada pela Secretaria da Receita Federal por dívidas fiscais.

Foi penhorado um imóvel de sua propriedade.

Direita venezuelana está dividida e à deriva

Por Luis Beatón, no blog Resistência:

“O ano de 2018 nos convida ao trabalho. Nos convida à união das forças revolucionárias. Unidos, nós somos invencíveis, unidos não há forma de que a direita possa nem sequer nos fazer cócegas”, disse Diosdado Cabello ao começar este ano as sessões da Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

No entanto não são poucos os analistas que chamam a esquerda a estar alerta, pois a oposição iniciou o ano buscando um candidato de unidade, um desafio invejável para grupos e figuras que trocam cotoveladas a fim de chegar primeiro e receber os favores dos Estados Unidos, que não ocultam seu plano de utilizar a embaixada em Caracas como ponta de lança contra a Venezuela. A oposição ficou marcada pelos atos de violência que foram promovidos por grupos que a integram, em especial o Primero Justicia (PJ) e Voluntad Popular (VP), algo que o Partido da Ação Democrática (AD) aproveitou em seu favor para situar-se como a opção da oposição com mais respaldo.