sexta-feira, 2 de março de 2018
Temer: de "decorativo" a "pato manco"
Por Antonio Barbosa Filho
“Pato manco” é uma expressão que surgiu nos Estados Unidos ( “lame duck”, em inglês) para designar aquele presidente da República, governador ou prefeito que vive o período entre a eleição e a posse do seu sucessor, especialmente quando este é seu adversário, ou não foi eleito com seu apoio. É uma fase melancólica, porque todas a atenções estão voltadas ao novo titular, que assumirá em breve. O governante que se despede perde toda a importância e, nos EUA e em qualquer parte, fica limitado a medidas sem maiores consequências – talvez a mais importante delas seja dar o indulto de Natal e presos...
“Pato manco” é uma expressão que surgiu nos Estados Unidos ( “lame duck”, em inglês) para designar aquele presidente da República, governador ou prefeito que vive o período entre a eleição e a posse do seu sucessor, especialmente quando este é seu adversário, ou não foi eleito com seu apoio. É uma fase melancólica, porque todas a atenções estão voltadas ao novo titular, que assumirá em breve. O governante que se despede perde toda a importância e, nos EUA e em qualquer parte, fica limitado a medidas sem maiores consequências – talvez a mais importante delas seja dar o indulto de Natal e presos...
Globo obriga TRF1 a recuar em sua decisão
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A desmoralização da Justiça segue ladeira abaixo.
No dia 22 de fevereiro passado, o G1, da Globo, noticiou a mudança de juízes em processos envolvendo Lula, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Henrique Alves.
Até então, os processos estavam sob o controle do juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal, seguidor do padrão Sérgio Moro.
A desmoralização da Justiça segue ladeira abaixo.
No dia 22 de fevereiro passado, o G1, da Globo, noticiou a mudança de juízes em processos envolvendo Lula, Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Henrique Alves.
Até então, os processos estavam sob o controle do juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal, seguidor do padrão Sérgio Moro.
Doria troca saúde e educação por asfalto
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Depois de triplicar a reprovação ao seu governo (de 13% para 39%) no último Datafolha, o que o fez desistir dos sonhos presidenciais, o prefeito João Doria se conformou em disputar a sucessão de Geraldo Alckmin em São Paulo.
Como as ruas esburacadas na cidade foram um dos motivos da sua queda nas pesquisas, o prefeito resolveu dar um cavalo de pau nos investimentos municipais pois tem pouco tempo para mostrar serviço.
O desemprego e as fake news da Globo
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
O IBGE acaba de divulgar os últimos números do mercado de trabalho, atualizado até janeiro deste ano.
Não acreditem nas mentiras da Globo. É um quadro absolutamente dramático, uma prova de que o problema da violência que avança no país não será resolvido jogando dinheiro fora com intervenções militares puramente circenses.
O trimestre de novembro até janeiro encerrou com a destruição de quase 600 mil empregos formais em relação ao ano passado.
Quase 600 mil!
O IBGE acaba de divulgar os últimos números do mercado de trabalho, atualizado até janeiro deste ano.
Não acreditem nas mentiras da Globo. É um quadro absolutamente dramático, uma prova de que o problema da violência que avança no país não será resolvido jogando dinheiro fora com intervenções militares puramente circenses.
O trimestre de novembro até janeiro encerrou com a destruição de quase 600 mil empregos formais em relação ao ano passado.
Quase 600 mil!
A inspiração da política externa de Trump?
Por Olivier Zajek, no site da Fundação Maurício Grabois:
No dia 6 de novembro de 2017, em uma nota virulenta do New York Times intitulada “Aniversário do apocalipse”, a editorialista Michelle Goldberg evocou com intensidade o primeiro ano de administração de Donald Trump. Um “pesadelo”, ataca ela, durante o qual “o impensável se tornou cotidiano” [1]. A julgar pela quantidade de reprovações expressas por especialistas e formadores de opinião do eixo BosNyWash (Boston, Nova York, Washington), Goldberg não parece ser a única a experimentar um sentimento de expropriação quanto à evolução pela qual passa os Estados Unidos depois das investidas do 45º presidente.
IBGE confirma: Brasil virou país do “bico”
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar(Pnad) do IBGE confirmam a tendência que aqui e em muitos outros lugares tem sido motivo de alerta para o fato de que estamos nos tornando o país do “bico”.
Alem de não haver queda no nível de ocupação – que se manteve nos estratosféricos 12,2%, em um ano, quem acha trabalho trocou os direitos e garantias da carteira de trabalho assinada por ocupações autônomas, informais ou não.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar(Pnad) do IBGE confirmam a tendência que aqui e em muitos outros lugares tem sido motivo de alerta para o fato de que estamos nos tornando o país do “bico”.
Alem de não haver queda no nível de ocupação – que se manteve nos estratosféricos 12,2%, em um ano, quem acha trabalho trocou os direitos e garantias da carteira de trabalho assinada por ocupações autônomas, informais ou não.
Isso que está aí não é mais democracia
Por Mauro Lopes, em seu blog:
A democracia no Brasil entrou em colapso e estamos nos primeiros momentos de um novo regime de tipo ditatorial.
Há resistências quanto a esta assertiva.
Na direita, a rejeição é óbvia: são as forças políticas que estão demolindo a democracia e jamais admitirão isso. Como em 1964, sufocam a democracia dizendo defendê-la. Basta ver a reação dos jornais das elites em 1 de abril de 1964: “Vitorioso o movimento democrático” (manchete de O Estado de S.Paulo) e “Ressurge a democracia” (editorial de O Globo) . Agora, não é diferente, como temos assistido à farta.
A democracia no Brasil entrou em colapso e estamos nos primeiros momentos de um novo regime de tipo ditatorial.
Há resistências quanto a esta assertiva.
Na direita, a rejeição é óbvia: são as forças políticas que estão demolindo a democracia e jamais admitirão isso. Como em 1964, sufocam a democracia dizendo defendê-la. Basta ver a reação dos jornais das elites em 1 de abril de 1964: “Vitorioso o movimento democrático” (manchete de O Estado de S.Paulo) e “Ressurge a democracia” (editorial de O Globo) . Agora, não é diferente, como temos assistido à farta.
Selic cai, produção patina e bancos lucram
Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
As estatísticas de crédito bancário divulgadas pelo Banco Central na terça-feira, 28 de fevereiro, revelaram alguns números um tanto intrigantes, principalmente quando comparados à elevada lucratividade dos bancos brasileiros em 2017, quando os quatro maiores bancos de varejo (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) registraram em conjunto um lucro recorde de 65 bilhões de reais, alta de 21% em relação a 2016.
Mais do que a estratosférica (e renitente) rentabilidade do oligopólio financeiro que atua no país, o que mais surpreende é que tais resultados tenham se dado em um contexto de redução de 5,75 p.p. da taxa Selic e de mísero crescimento de 1% do PIB, isto é, de estagnação da renda per capita.
As estatísticas de crédito bancário divulgadas pelo Banco Central na terça-feira, 28 de fevereiro, revelaram alguns números um tanto intrigantes, principalmente quando comparados à elevada lucratividade dos bancos brasileiros em 2017, quando os quatro maiores bancos de varejo (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) registraram em conjunto um lucro recorde de 65 bilhões de reais, alta de 21% em relação a 2016.
Mais do que a estratosférica (e renitente) rentabilidade do oligopólio financeiro que atua no país, o que mais surpreende é que tais resultados tenham se dado em um contexto de redução de 5,75 p.p. da taxa Selic e de mísero crescimento de 1% do PIB, isto é, de estagnação da renda per capita.
"Mercado" já discute chapa Alckmin-Meirelles
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil |
Após a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, consolidou-se no mercado financeiro a certeza de que a sua candidatura a presidente está inviabilizada. Mesmo que não venha a ser preso, Lula seria cassado pela ficha limpa. Com isso, o cenário de segundo turno das eleições teria se tornado menos ameaçador para o projeto neoliberal que vem sendo implementado após o golpe contra Dilma Rousseff.
As misérias da intervenção no Rio
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:
Começo a coluna com o último parágrafo do artigo de Benjamim Steinbruch estampado na Folha de S.Paulo na terça feira 20 de fevereiro: “Políticas econômicas irresponsáveis, que provocam desemprego, jogam jovens desocupados nos braços da criminalidade. O País precisa com urgência de crescimento econômico e criação de postos de trabalho. E isso não é tarefa para generais”.
Neste espaço, já aborreci o leitor de CartaCapital com o tema da violência no Brasil. Mas vou insistir. Com raras e pontuais interrupções, o Estado oligárquico brasileiro ocupa-se há séculos da produção da insegurança: omite-se diante das tragédias do desemprego, da falta de saúde e de moradia e recua diante da violência dos criminosos.
A esperança não pode morrer
Por Leonardo Boff, em seu blog:
Apesar de toda a alegria do carnaval passado em quase todas as cidades de nosso pais, há um manto de tristeza e desamparo que se pode ler nos rostos da maioria que encontramos nas ruas das grandes cidades como o Rio e São Paulo entre outras.
É que politicamente o golpe parlamentar-jurídico-mediático (e hoje sabemos apoiado pelos órgãos de segurança dos USA) nos fechou o horizonte. Ninguém pode nos dizer para onde vamos. O que aponta de forma inegável é o aumento da violência com um número de vítimas que se igualam e até superam as regiões de guerra. E ainda sofremos uma intervenção militar no Rio de Janeiro.
Apesar de toda a alegria do carnaval passado em quase todas as cidades de nosso pais, há um manto de tristeza e desamparo que se pode ler nos rostos da maioria que encontramos nas ruas das grandes cidades como o Rio e São Paulo entre outras.
É que politicamente o golpe parlamentar-jurídico-mediático (e hoje sabemos apoiado pelos órgãos de segurança dos USA) nos fechou o horizonte. Ninguém pode nos dizer para onde vamos. O que aponta de forma inegável é o aumento da violência com um número de vítimas que se igualam e até superam as regiões de guerra. E ainda sofremos uma intervenção militar no Rio de Janeiro.