Por Altamiro Borges
Na quinta-feira passada (10), a Justiça da Suíça finalmente autorizou o envio de informações bancárias ao Brasil para compor a investigação sobre os repasses às campanhas do PSDB e do senador José Serra por meio de instituições financeiras locais. A decisão ocorre após os suíços rejeitarem recurso que pedia a suspensão da cooperação entre as procuradorias dos dois países sob a desculpa da “prescrição das denúncias”. O envio dos dados pode complicar de vez a vida do grão-tucano, que anda meio desaparecido do noticiário, e do seu decadente partido. O curioso é que a mídia falsamente moralista, que adora promover a escandalização da política, preferiu acobertar a decisão. O assunto não foi destaque, por exemplo, no Jornal Nacional da TV Globo.
O Estadão até tratou do caso, mas sem alarde. “De acordo com o tribunal suíço, as suspeitas vem da análise de computadores e servidores que continham ‘e-mails, tabelas, justificação de pagamentos’ e outros dados mantidos pela Odebrecht para subornar políticos. Teria sido, segundo a decisão dos juízes, a análise desse material que levou os investigadores a concluir que houve um pagamento total de R$ 10,8 milhões da construtora em 2006, 2007 e 2009 para contas que beneficiariam o candidato do PSDB. Apenas em uma das contas, a empresa Circle recebeu 11 depósitos, em 2006, totalizando R$ 2,1 milhões. Cada parcela variava de R$ 145 mil a R$ 245 mil e todas foram realizadas entre junho e dezembro daquele ano”.
Em janeiro do ano passado, a Folha até denunciou outro rolo do grão-tucano. “Em depoimento à Polícia Federal, o executivo Pedro Novis, que presidiu a Odebrecht de 2002 a 2008, afirmou que o senador José Serra (PSDB-SP) pediu e recebeu, para si e para o partido, R$ 52,4 milhões de 2002 a 2012. Segundo o delator, os valores foram repassados via caixa dois – parte era propina (ligada a algum negócio da empreiteira com o governo), e parte, não. Os supostos repasses foram feitos no Brasil, em dinheiro vivo, e no exterior, em contas bancárias em nome de terceiros. O ex-presidente da Odebrecht relatou que conhece José Serra desde os anos 1980, mas só em 2002 o tucano lhe pediu recursos para disputar a Presidência da República”.
Na ocasião, um ano antes, a assessoria do senador negou a existência de propina. “É falsa e incorreta a história de que foram repassados mais de R$ 52 milhões”, afirmou a nota distribuída em janeiro de 2018. O PSDB também rejeitou as denúncias de Caixa-2 em campanhas eleitorais. Diante dos desmentidos, a mídia falsamente moralista simplesmente arquivou o caso – até para não prejudicar a campanha presidencial de Geraldo Alckmin. José Serra inclusive desapareceu do noticiário – houve até boatos de que estaria à beira da morte. E agora? Como será a cobertura da imprensa tucana? Será que vai dar para encobrir os dados bancários enviados pelas autoridades da Suíça? A conferir!
Na quinta-feira passada (10), a Justiça da Suíça finalmente autorizou o envio de informações bancárias ao Brasil para compor a investigação sobre os repasses às campanhas do PSDB e do senador José Serra por meio de instituições financeiras locais. A decisão ocorre após os suíços rejeitarem recurso que pedia a suspensão da cooperação entre as procuradorias dos dois países sob a desculpa da “prescrição das denúncias”. O envio dos dados pode complicar de vez a vida do grão-tucano, que anda meio desaparecido do noticiário, e do seu decadente partido. O curioso é que a mídia falsamente moralista, que adora promover a escandalização da política, preferiu acobertar a decisão. O assunto não foi destaque, por exemplo, no Jornal Nacional da TV Globo.
O Estadão até tratou do caso, mas sem alarde. “De acordo com o tribunal suíço, as suspeitas vem da análise de computadores e servidores que continham ‘e-mails, tabelas, justificação de pagamentos’ e outros dados mantidos pela Odebrecht para subornar políticos. Teria sido, segundo a decisão dos juízes, a análise desse material que levou os investigadores a concluir que houve um pagamento total de R$ 10,8 milhões da construtora em 2006, 2007 e 2009 para contas que beneficiariam o candidato do PSDB. Apenas em uma das contas, a empresa Circle recebeu 11 depósitos, em 2006, totalizando R$ 2,1 milhões. Cada parcela variava de R$ 145 mil a R$ 245 mil e todas foram realizadas entre junho e dezembro daquele ano”.
Em janeiro do ano passado, a Folha até denunciou outro rolo do grão-tucano. “Em depoimento à Polícia Federal, o executivo Pedro Novis, que presidiu a Odebrecht de 2002 a 2008, afirmou que o senador José Serra (PSDB-SP) pediu e recebeu, para si e para o partido, R$ 52,4 milhões de 2002 a 2012. Segundo o delator, os valores foram repassados via caixa dois – parte era propina (ligada a algum negócio da empreiteira com o governo), e parte, não. Os supostos repasses foram feitos no Brasil, em dinheiro vivo, e no exterior, em contas bancárias em nome de terceiros. O ex-presidente da Odebrecht relatou que conhece José Serra desde os anos 1980, mas só em 2002 o tucano lhe pediu recursos para disputar a Presidência da República”.
Na ocasião, um ano antes, a assessoria do senador negou a existência de propina. “É falsa e incorreta a história de que foram repassados mais de R$ 52 milhões”, afirmou a nota distribuída em janeiro de 2018. O PSDB também rejeitou as denúncias de Caixa-2 em campanhas eleitorais. Diante dos desmentidos, a mídia falsamente moralista simplesmente arquivou o caso – até para não prejudicar a campanha presidencial de Geraldo Alckmin. José Serra inclusive desapareceu do noticiário – houve até boatos de que estaria à beira da morte. E agora? Como será a cobertura da imprensa tucana? Será que vai dar para encobrir os dados bancários enviados pelas autoridades da Suíça? A conferir!
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