quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A sentença grotesca da juíza Hardt

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O casamento entre a parcialidade e a incompetência com o claro intuito de ver Lula morrer na cadeia.

O resultado disso está na sentença em que ele foi condenado a 12 anos e 11 meses. No total, praticamente um quarto de século.

Reproduzo o Brasil de Fato:

A juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na condução dos processos Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, menciona Léo Pinheiro e José Aldemário como pessoas distintas em parte de sua decisão.

“Embora a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva tente diminuir a credibilidade dos depoimentos prestados por colaboradores e pelos co-réus Léo Pinheiro e José Aldemário […]”, diz o texto, na página 116.

Em contradição com este trecho, outros fragmentos da sentença colocam os nomes do delator como sinônimos.

Leo Pinheiro é o apelido pelo qual é conhecido José Aldemário Pinheiro Filho, empreiteiro da OAS. O depoimento dele, que inicialmente inocentava o petista, é considerado o principal elemento para a condenação de Lula. Pinheiro modificou sua versão dos fatos após conseguir viabilizar um acordo de delação premiada.


Os advogados de Lula ainda apontaram que seu cliente foi condenado a uma “pena fora de qualquer parâmetro das penas já aplicadas no âmbito da própria Operação Lava Jato”.

“Uma vez mais a Justiça Federal de Curitiba atribuiu responsabilidade criminal ao ex-presidente tendo por base uma acusação que envolve um imóvel do qual ele não é o proprietário, um ‘caixa geral’ e outras narrativas acusatórias referenciadas apenas por delatores generosamente beneficiados”, disseram.

O sítio, de acordo com a magistrada, foi mais usado por Lula do que pelo proprietário.

Ora, então Lula não é o dono??

Em qualquer lugar do mundo civilizado, a anulação da decisão grotesca seria óbvia.

O importante é lembrar que não nos encaixamos nessa liga e o caminho para sair da cloaca da República de Curitiba será longo, duro e sinuoso.

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