sábado, 16 de fevereiro de 2019

Bebianno ameaça Bolsonaro: "Brasil vai tremer"

Por Altamiro Borges

Até para o bolsominion mais tapado a situação do "presidente-capetão" Jair Bolsonaro está cheirando muito mal – e olha que o "mito" já retirou a bolsa de colostomia. A crise envolvendo um dos chefões da sua campanha eleitoral, Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL (Partido Só de Laranjas), parece não ter fim. A imprensa especula que o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência será exonerado na segunda-feira, mas parece que ele decidiu ligar o ventilador no esgoto. Segundo matéria postada no site da Veja na tarde deste sábado (16), "uma fonte disse que 'se isso (a demissão) acontecer na segunda, o Brasil vai tremer’. Além de ter sido presidente do PSL e um dos seus maiores conselheiros durante as eleições, o ministro era um frequentador assíduo da casa do presidente".

Assinada por Eduardo Gonçalves e Edoardo Ghirotto, a reportagem dá detalhes sobre a confusão armada no bordel de Jair Bolsonaro. "O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, confirmou neste sábado que ele deve ser exonerado do cargo nesta segunda-feira. 'A sinalização é essa. A tendência é essa, exoneração. A hora que sair o papel com a exoneração é porque eu fui exonerado'. Abatido, ele falou com jornalistas ao deixar o hotel onde mora em Brasília. Na madrugada, ele usou sua conta no Instagram para publicar um texto sobre lealdade. A provável demissão ocorre após ele se desentender com o presidente Jair Bolsonaro, de quem foi um dos auxiliares mais próximos durante a campanha eleitoral e a montagem do novo governo". 

Na mensagem postada no Instagram, Gustavo Bebianno se mostra bem ressentido com seu comparsa. Sem citar o nome do "mito", ele deixa explícita a sua mágoa. "Uma pessoa leal, sempre será leal. Já o desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça... E repare: quando perdemos por ser leal mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade. É ela quem conduz os passos das pessoas que jamais irão se perder do caminho. Que jamais irão se entregar às turbulências. Que jamais irão se entregar às circunstâncias”.

Ainda segundo a matéria da Veja, o defecado até chegou a se encontrar com o desleal. "Na tarde desta sexta-feira, Bebianno teve um encontro ríspido com Jair Bolsonaro. Na ocasião, o ministro disse ao presidente que ele foi desleal, que se sentia vítima de uma traição e que 'um comandante não pode alvejar um soldado pelas costas'. Bolsonaro teria dito a aliados que resolveu demitir Bebianno por quebra de confiança. O ministro tornou-se o pivô de uma crise no Palácio do Planalto após a descoberta de um esquema de candidaturas laranjas do PSL nas eleições do ano passado, revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. Bebianno comandou o partido entre janeiro e outubro de 2018".

"Em uma entrevista ao jornal O Globo em 12 de fevereiro, Bebianno negou que houvesse uma crise dentro do Executivo dizendo, como prova, que havia falado 'três vezes' com o presidente naquele dia. Ao invés de a declaração esfriar a crise, ela se acentuou quando o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro interveio. Ele publicou no Twitter que era uma 'mentira absoluta' que Bebianno havia falado três vezes com o seu pai. Em seguida, divulgou na mesma rede o áudio de uma conversa entre Bolsonaro e o ministro, na qual ele lhe dizia que 'não iria falar com ninguém, a não ser o estritamente pessoal'. Carlos esteve com o pai durante os 17 dias em que ele esteve internado em São Paulo".

Jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê garantem que Gustavo Bebianno será defecado nesta segunda-feira e a mídia chapa-branca, nutrida com grana de publicidade e outras mutretas, aposta que a crise irá cessar. Será? Pela reportagem da Veja, a coisa não é tão simples assim. "O maior receio de aliados de Bolsonaro é que Bebianno saia do posto atirando. Ontem, um interlocutor que conversou com Bebianno por telefone disse que ele iria passar o fim de semana pensando. Segundo esta mesma fonte, ele chegou a dizer que, 'se isso (a demissão) acontecer na segunda, o Brasil vai tremer'. Além de ter sido presidente do PSL e um dos seus maiores conselheiros durante as eleições, o ministro era um frequentador assíduo da casa do presidente". A conferir!

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