Por Altamiro Borges
Na quinta-feira (21), o IBGE divulgou um dado alarmante sobre o índice de desemprego nas capitais brasileiras. Segundo o instituto, o número de desocupados registrou em 2018 a maior alta dos últimos sete anos em 14 das 27 capitais do país. Na cidade de São Paulo, que concentra o maior número de trabalhadores do Brasil, o percentual subiu de 13,5% para 14,2%. Além da capital paulista, as outras que registraram aumento do desemprego foram Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Teresina, Macapá, Belém, Boa Vista e Porto Velho.
Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o estudo indica que “o problema do desemprego é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população”. Apesar do resultado assustador, a mídia monopolista abafou a pesquisa. Ela não foi manchete dos jornalões, capa das revistonas ou destaque nas emissoras de rádio e tevê. Pelo contrário. Na maior caradura, a Folha de S.Paulo até tentou relativizar o impacto da pesquisa, realçando que 2018 foi “o primeiro ano de recuo do desemprego no país após três altas seguidas”.
Ao final da matéria, o próprio jornal reconhece que “apesar de o desemprego ter recuado no ano passado, isso não quer dizer que houve grande geração de empregos com carteira assinada. O crescimento de novos postos ocorreu com mais força no mercado informal. O percentual de empregados sem carteira assinada no setor privado, por exemplo, cresceu de 24,3% em 2017 para 25,4%. A mesma situação ocorreu com trabalhadores por conta própria, que em 2017 eram 25% e, no ano seguinte, subiu para 25,4%. ‘Isso revela a qualidade do emprego gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente’, disse Cimar Azeredo”. De forma matreira, porém, a Folha abafou a gravidade do problema que aflige milhões de brasileiros.
Globo aposta no fim das aposentadorias
A mídia burguesa – mesmo a que fustiga o presidente-capetão Jair Bolsonaro na questão política e nos costumes e que é tratada pelo regime fascistoide como “inimiga” – tem evitado qualquer crítica na área econômica. Na verdade, ela torce pelo sucesso do programa ultraliberal do ministro Paulo Guedes. Não é para menos que ela está totalmente empenhada na aprovação da contrarreforma da Previdência, que significará o fim da aposentadoria no país. Como registrou Joaquim de Carvalho, em matéria postada no blog Diário do Centro do Mundo, esta agenda une Bolsonaro e Globo.
Na quinta-feira (21), o IBGE divulgou um dado alarmante sobre o índice de desemprego nas capitais brasileiras. Segundo o instituto, o número de desocupados registrou em 2018 a maior alta dos últimos sete anos em 14 das 27 capitais do país. Na cidade de São Paulo, que concentra o maior número de trabalhadores do Brasil, o percentual subiu de 13,5% para 14,2%. Além da capital paulista, as outras que registraram aumento do desemprego foram Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Teresina, Macapá, Belém, Boa Vista e Porto Velho.
Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o estudo indica que “o problema do desemprego é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população”. Apesar do resultado assustador, a mídia monopolista abafou a pesquisa. Ela não foi manchete dos jornalões, capa das revistonas ou destaque nas emissoras de rádio e tevê. Pelo contrário. Na maior caradura, a Folha de S.Paulo até tentou relativizar o impacto da pesquisa, realçando que 2018 foi “o primeiro ano de recuo do desemprego no país após três altas seguidas”.
Ao final da matéria, o próprio jornal reconhece que “apesar de o desemprego ter recuado no ano passado, isso não quer dizer que houve grande geração de empregos com carteira assinada. O crescimento de novos postos ocorreu com mais força no mercado informal. O percentual de empregados sem carteira assinada no setor privado, por exemplo, cresceu de 24,3% em 2017 para 25,4%. A mesma situação ocorreu com trabalhadores por conta própria, que em 2017 eram 25% e, no ano seguinte, subiu para 25,4%. ‘Isso revela a qualidade do emprego gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente’, disse Cimar Azeredo”. De forma matreira, porém, a Folha abafou a gravidade do problema que aflige milhões de brasileiros.
Globo aposta no fim das aposentadorias
A mídia burguesa – mesmo a que fustiga o presidente-capetão Jair Bolsonaro na questão política e nos costumes e que é tratada pelo regime fascistoide como “inimiga” – tem evitado qualquer crítica na área econômica. Na verdade, ela torce pelo sucesso do programa ultraliberal do ministro Paulo Guedes. Não é para menos que ela está totalmente empenhada na aprovação da contrarreforma da Previdência, que significará o fim da aposentadoria no país. Como registrou Joaquim de Carvalho, em matéria postada no blog Diário do Centro do Mundo, esta agenda une Bolsonaro e Globo.
“Quem esperava pela continuidade dos ataques da Globo a Bolsonaro ficou frustrado ao ver o Jornal Nacional de quarta-feira (20). O noticiário da Globo dedicou a maior parte do tempo à cobertura da Reforma da Previdência, com um viés positivo. E aí é que Bolsonaro e Globo dão as mãos: ambos estão comprometidos com a mudança radical nos sistemas de aposentadoria. Por isso, quem viu a Globo ficou sem saber que a conta dessa reforma será paga pelos mais pobres... Nem tudo, portanto, é guerra nesta relação conflituosa. De fato, não se gostam. Mas vão se tolerar, e a Globo se manterá neste morde e assopra pelo menos até que os trabalhadores sejam tratados como, historicamente, ela sempre quis: sem direitos... Depois da reforma, Bolsonaro corre riscos. Mas só depois dela. Bolsonaro não será alvo de campanha para cair até que a tal Nova Previdência esteja vigorando e o trabalhador comece a pagar a conta”.
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