Por Pedro Simon Camarão, no site da Fundação Perseu Abramo:
Jair Bolsonaro é capaz de fazer pelo Brasil coisas inimagináveis. Por exemplo, fazer com que veículos do mundo inteiro publiquem, assustados, que o presidente do Brasil postou um vídeo com conteúdo pornográfico em uma das suas redes sociais. A postagem não foi assunto apenas nos maiores veículos de comunicação do mundo, mas em todos os tipos. É algo impressionante. Na história recente, o único momento em que o Brasil foi notícia em todo o globo foi no dia da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.
O jornal francês Le Monde definiu bem o ocorrido. Bolsonaro lançou uma “bomba escatológica” em seu Twitter. O texto observa que ele faz um uso frenético das redes sociais e que isso tem ajudado a minar a sua popularidade. O Le Monde mencionou a primeira pesquisa do Datafolha sobre a aprovação do governo, que apontava 70% de apoio e, a segunda, feita pela CNT/CMA, em que ele aparece com 39% de aprovação. E assinala ainda que o discurso de Bolsonaro tem feito com que os militares busquem mediar as relações do Brasil com outros países, como é o caso de Venezuela e China.
O The Guardian tratou o presidente eleito pelo PSL com uma pequena carga de ironia e afirmou que ele parece não ter recebido bem as críticas endereçadas a ele pelo foliões. O jornal lembrou que a primeira postagem de Bolsonaro dizia que o comportamento da população era reflexo dos anos em que o Brasil foi governado pelo socialismo e, só depois, veio a postagem com o vídeo pornográfico em anexo. Na Europa, a postagem foi repercutida por vários veículos alemães, de acordo com reportagem publicada pelo site da Deutsche Welle. A maioria apontou a indignação que o tuíte gerou.
Nos EUA, o New York Times apontou que a postagem de Jair Bolsonaro não é apenas um problema porque ridiculariza o país e a ele mesmo. O jornal indica que neste momento os investidores estão avaliando se Bolsonaro vale a aposta e uma situação como essa, em que o presidente se desmoraliza junto a grande parte da população, abala a confiança que o mercado pensa em depositar nele.
A questão é que o tuíte não escapou nem mesmo do foco da imprensa tradicional brasileira. É evidente que os jornalões e as emissoras de televisão não deram voz a Humberto Costa, Marcelo Freixo e Vladmir Safatle, tal como fez o Le Monde. Mesmo assim, os textos superficiais da dita “grande imprensa” brasileira mostraram que Bolsonaro teve uma atitude que não é a de um presidente da República, de um estadista. É difícil definir se é interessante ou assustador que uma junta formada por militares tenha se reunido e convencido Bolsonaro a publicar uma nota com uma espécie de “retratação suave”. O mês ainda é março, imaginem o que vem pela frente.
Jair Bolsonaro é capaz de fazer pelo Brasil coisas inimagináveis. Por exemplo, fazer com que veículos do mundo inteiro publiquem, assustados, que o presidente do Brasil postou um vídeo com conteúdo pornográfico em uma das suas redes sociais. A postagem não foi assunto apenas nos maiores veículos de comunicação do mundo, mas em todos os tipos. É algo impressionante. Na história recente, o único momento em que o Brasil foi notícia em todo o globo foi no dia da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.
O jornal francês Le Monde definiu bem o ocorrido. Bolsonaro lançou uma “bomba escatológica” em seu Twitter. O texto observa que ele faz um uso frenético das redes sociais e que isso tem ajudado a minar a sua popularidade. O Le Monde mencionou a primeira pesquisa do Datafolha sobre a aprovação do governo, que apontava 70% de apoio e, a segunda, feita pela CNT/CMA, em que ele aparece com 39% de aprovação. E assinala ainda que o discurso de Bolsonaro tem feito com que os militares busquem mediar as relações do Brasil com outros países, como é o caso de Venezuela e China.
O The Guardian tratou o presidente eleito pelo PSL com uma pequena carga de ironia e afirmou que ele parece não ter recebido bem as críticas endereçadas a ele pelo foliões. O jornal lembrou que a primeira postagem de Bolsonaro dizia que o comportamento da população era reflexo dos anos em que o Brasil foi governado pelo socialismo e, só depois, veio a postagem com o vídeo pornográfico em anexo. Na Europa, a postagem foi repercutida por vários veículos alemães, de acordo com reportagem publicada pelo site da Deutsche Welle. A maioria apontou a indignação que o tuíte gerou.
Nos EUA, o New York Times apontou que a postagem de Jair Bolsonaro não é apenas um problema porque ridiculariza o país e a ele mesmo. O jornal indica que neste momento os investidores estão avaliando se Bolsonaro vale a aposta e uma situação como essa, em que o presidente se desmoraliza junto a grande parte da população, abala a confiança que o mercado pensa em depositar nele.
A questão é que o tuíte não escapou nem mesmo do foco da imprensa tradicional brasileira. É evidente que os jornalões e as emissoras de televisão não deram voz a Humberto Costa, Marcelo Freixo e Vladmir Safatle, tal como fez o Le Monde. Mesmo assim, os textos superficiais da dita “grande imprensa” brasileira mostraram que Bolsonaro teve uma atitude que não é a de um presidente da República, de um estadista. É difícil definir se é interessante ou assustador que uma junta formada por militares tenha se reunido e convencido Bolsonaro a publicar uma nota com uma espécie de “retratação suave”. O mês ainda é março, imaginem o que vem pela frente.
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