Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:
Ecoando o youtuber Olavo de Carvalho, o chanceler Ernesto Araújo insiste que o nazismo era de esquerda, uma variação do regime socialista ou comunista.
Se ele assistir ao filme “Hitler – Uma Carreira”, de Joachim C. Fest e Christian Herrendoerfer, considerado o mais completo sobre a ascensão do líder do nazismo, verá que Hitler chegou ao poder com seus seguidores matando e encarcerando, primeiramente, os comunistas, depois os social-democratas e, por fim, os judeus, pessoas que ele odiava.
A referência ao ódio de Hitler à esquerda está aos 38 minutos e 24 segundos do documentário.
A questão estaria resolvida se o chanceler visse o vídeo ou lesse textos sobre a origem do nazismo.
O problema é que Ernesto Araújo não busca a razão. Ele se mostra não como um homem da ciência, mas da crença.
Em tempos de internet, está alinhado ao comportamento do público em geral: a razão não é nem um critério secundário.
Simplesmente, ela não é levada em conta.
O que importa é se a ideia expressa tem seguidores, compartilhamentos.
Dizer que o nazismo era de esquerda seria o mesmo que afirmar que a Terra é plana ou que a vacina não tem efeito. Não tem lógica, mas o que importa?
Milhões de pessoas se conectam através do YouTube ou do Facebook em torno dessas ideias. E um indivíduo reforça o outro, e juntos tendem a rejeitar qualquer argumento que lhes contrarie.
Afinal, partem do pressuposto de que há uma mão invisível que conspira para enganar a todos. Em que acreditar?
E geral, acreditam apenas naquele ou naquilo que confirma suas crenças.
Opiniões contrárias são de inimigos que precisam ser combatidos e até exterminados, a menos que passem a concordar eles.
Dizer que o nazismo e o fascismo são fenômenos de esquerda é fraude, apontam os especialistas do mundo todo.
Mas, para o chanceler não é, e daí?
Ele dá sinais de que não se incomoda, não se constrange. E reafirma o que disse em seu blog, que ele considera depositário da verdade absoluta.
Para ele, é como se historiadores não tivessem o mesmo peso que suas crenças.
O sociólogo Josep Lobera, em entrevista concedida ao El País sobre os “fenômenos pseudocientíficos”, teorizou sobre esse comportamento.
Ele disse que defender que a Terra é plana (e o nazismo é de esquerda) decorre de um certo narcisismo.
Afinal, esta é a era da incerteza, e o que vale é a defesa da opinião própria acima de tudo e o desprezo pelos argumentos contrários.
Não bagunce a ordem que dei as coisas incertas, imaginam pessoas como Ernesto Araújo.
A ciência, que é o conhecimento provado, está à disposição dele, informações objetivas como as do documentário “Hitler – Uma Carreira” podem ser acessadas.
Mas Ernesto Araújo vai rejeitá-las.
Se fosse um colegial em busca de um lugar seguro no mundo incerto, não faria mal a ninguém mais do que a ele próprio. Mas, quando se trata de um chanceler, o caso é grave, e é um problema de Estado.
Ernesto Araújo não fala apenas por ele próprio, mas pelo Brasil. E orienta a equipe que tem sob sua responsabilidade negócios de Estado.
Se encara os complexos assuntos do mundo como um fanático, o Brasil terá grandes dificuldades pela frente.
Por isso, sem ressalvas, não é exagero considerá-lo o pior chanceler do mundo.
Se ele assistir ao filme “Hitler – Uma Carreira”, de Joachim C. Fest e Christian Herrendoerfer, considerado o mais completo sobre a ascensão do líder do nazismo, verá que Hitler chegou ao poder com seus seguidores matando e encarcerando, primeiramente, os comunistas, depois os social-democratas e, por fim, os judeus, pessoas que ele odiava.
A referência ao ódio de Hitler à esquerda está aos 38 minutos e 24 segundos do documentário.
A questão estaria resolvida se o chanceler visse o vídeo ou lesse textos sobre a origem do nazismo.
O problema é que Ernesto Araújo não busca a razão. Ele se mostra não como um homem da ciência, mas da crença.
Em tempos de internet, está alinhado ao comportamento do público em geral: a razão não é nem um critério secundário.
Simplesmente, ela não é levada em conta.
O que importa é se a ideia expressa tem seguidores, compartilhamentos.
Dizer que o nazismo era de esquerda seria o mesmo que afirmar que a Terra é plana ou que a vacina não tem efeito. Não tem lógica, mas o que importa?
Milhões de pessoas se conectam através do YouTube ou do Facebook em torno dessas ideias. E um indivíduo reforça o outro, e juntos tendem a rejeitar qualquer argumento que lhes contrarie.
Afinal, partem do pressuposto de que há uma mão invisível que conspira para enganar a todos. Em que acreditar?
E geral, acreditam apenas naquele ou naquilo que confirma suas crenças.
Opiniões contrárias são de inimigos que precisam ser combatidos e até exterminados, a menos que passem a concordar eles.
Dizer que o nazismo e o fascismo são fenômenos de esquerda é fraude, apontam os especialistas do mundo todo.
Mas, para o chanceler não é, e daí?
Ele dá sinais de que não se incomoda, não se constrange. E reafirma o que disse em seu blog, que ele considera depositário da verdade absoluta.
Para ele, é como se historiadores não tivessem o mesmo peso que suas crenças.
O sociólogo Josep Lobera, em entrevista concedida ao El País sobre os “fenômenos pseudocientíficos”, teorizou sobre esse comportamento.
Ele disse que defender que a Terra é plana (e o nazismo é de esquerda) decorre de um certo narcisismo.
Afinal, esta é a era da incerteza, e o que vale é a defesa da opinião própria acima de tudo e o desprezo pelos argumentos contrários.
Não bagunce a ordem que dei as coisas incertas, imaginam pessoas como Ernesto Araújo.
A ciência, que é o conhecimento provado, está à disposição dele, informações objetivas como as do documentário “Hitler – Uma Carreira” podem ser acessadas.
Mas Ernesto Araújo vai rejeitá-las.
Se fosse um colegial em busca de um lugar seguro no mundo incerto, não faria mal a ninguém mais do que a ele próprio. Mas, quando se trata de um chanceler, o caso é grave, e é um problema de Estado.
Ernesto Araújo não fala apenas por ele próprio, mas pelo Brasil. E orienta a equipe que tem sob sua responsabilidade negócios de Estado.
Se encara os complexos assuntos do mundo como um fanático, o Brasil terá grandes dificuldades pela frente.
Por isso, sem ressalvas, não é exagero considerá-lo o pior chanceler do mundo.
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