A "reforma" da Previdência pode estar sendo sabotada pelo próprio governo de Jair Bolsonaro que tanto pede sua aprovação, de acordo com o integrante do Coletivo Advogados e Advogadas pela Democracia José Carlos Portela Júnior. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira (25), Portela analisou a troca pública de farpas entre o presidente da República e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que veio à tona nos últimos dias como um alento para os que se mobilizam contra a proposta.
"Para alívio dos trabalhadores, a falta de articulação fará com que os nossos direitos, nesta perspectiva da Previdência, possam ainda perdurar por um pouco mais de tempo", diz o advogado ressaltando, no entanto, que há outros interesses por detrás da "reforma". "A gente tem que ficar alerta como trabalhadores e não acharmos que a questão está ganha porque Bolsonaro está enfraquecido", adverte.
A crise deflagrada na semana passada teve como um dos motivos a insistência do ministro da Justiça, Sergio Moro, quanto ao seu pacote Anticrime, colocado em segundo plano por Maia, que vinha priorizando a tramitação da PEC 6, que trata da "reforma".
O ataque de Moro foi seguido de iniciativas semelhantes nas redes sociais, sobretudo o Twitter, por parte de bolsonaristas e até do filho do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro pelo PSL. O próprio Bolsonaro declarou que divergências acontecem porque alguns "não querem largar a velha política". Em meio à troca de farpas, o presidente da Câmara chegou à afirmar ao jornal Estadão que atualmente o Brasil "não tem governo. É um governo vazio, que não tem ideia, proposta, articulação".
Sem chegar a ter uma base governista sólida e agora em conflito com o presidente da Câmara, é a permanência de Bolsonaro à frente da Presidência que fica comprometida, avalia Portela. Eleito pelo mercado para aprovar a "reforma", o modo como o governo age "compromete qualquer tipo de caminho que ele possa seguir no Congresso", disse o advogado.
"Para alívio dos trabalhadores, a falta de articulação fará com que os nossos direitos, nesta perspectiva da Previdência, possam ainda perdurar por um pouco mais de tempo", diz o advogado ressaltando, no entanto, que há outros interesses por detrás da "reforma". "A gente tem que ficar alerta como trabalhadores e não acharmos que a questão está ganha porque Bolsonaro está enfraquecido", adverte.
A crise deflagrada na semana passada teve como um dos motivos a insistência do ministro da Justiça, Sergio Moro, quanto ao seu pacote Anticrime, colocado em segundo plano por Maia, que vinha priorizando a tramitação da PEC 6, que trata da "reforma".
O ataque de Moro foi seguido de iniciativas semelhantes nas redes sociais, sobretudo o Twitter, por parte de bolsonaristas e até do filho do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro pelo PSL. O próprio Bolsonaro declarou que divergências acontecem porque alguns "não querem largar a velha política". Em meio à troca de farpas, o presidente da Câmara chegou à afirmar ao jornal Estadão que atualmente o Brasil "não tem governo. É um governo vazio, que não tem ideia, proposta, articulação".
Sem chegar a ter uma base governista sólida e agora em conflito com o presidente da Câmara, é a permanência de Bolsonaro à frente da Presidência que fica comprometida, avalia Portela. Eleito pelo mercado para aprovar a "reforma", o modo como o governo age "compromete qualquer tipo de caminho que ele possa seguir no Congresso", disse o advogado.
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