Por Altamiro Borges
Em uma nota minúscula publicada nesta sexta-feira (19), a revista Época tratou do sumiço de Aécio Neves, o grão-tucano que ajudou a atolar o Brasil na instabilidade política após perder as eleições presidenciais de 2014, sendo um dos responsáveis pela cavalgada golpista que derrubou Dilma Rousseff, alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer e permitiu a ascensão fascista no país com a vitória do miliciano Jair Bolsonaro. Segundo revelou o jornalista Guilherme Amado:
“Fugindo de qualquer holofote, Aécio tem recorrido a uma passagem discreta para entrar no plenário da Câmara Federal. Ele atravessa uma copa de cozinha e passa por dentro da TV Câmara para alcançar uma pequena escada em espiral que dá no plenário. Assim, não tem de pisar no lotado Salão Verde, onde ficaria exposto ao público”.
O sumiço do mais famoso golpista tucano – que parece ter virado pó, chegando ao fim da carreira e não aspirando mais nada – já havia sido motivo de outras reportagens. Em meados de março, a Folha publicou uma picante matéria sobre o candidato derrotado do PSDB que teve o apoio indireto da famiglia Frias, dona do jornal:
“Na segunda semana de trabalhos da Câmara, durante uma das votações, o deputado federal Aécio Neves entrou sozinho no plenário para marcar presença... Para quem frequentou a Casa de 1987 a 2002 e a presidiu por um ano (2001-2002), o ambiente mudou. Dragado pela Operação Lava-Jato, Aécio perdeu o protagonismo de quem, por uma diferença de 3,5 milhões de votos, não se elegeu presidente da República. Agora, a palavra é discrição. Não sem motivos”.
“Uma semana antes, no dia 1º de fevereiro, o tucano e os outros 512 deputados federais eleitos foram tomar posse. Só ele foi vaiado ao ter o nome anunciado ao microfone. Aécio votou rapidamente na eleição da Mesa Diretora e disparou pelo salão verde em direção a seu gabinete, escondido no térreo do prédio principal. O ritual se repetiria nas semanas seguintes”.
“São raros os momentos em que o tucano é visto pelos corredores ou mesmo em plenário. Segundo colegas, ele tem evitado comparecer até a reuniões da bancada tucana na Câmara. Quando decide ir, chega com ela em curso e vai embora antes do fim. Só se manifesta se questionado”.
Justiça extingue bloqueio de R$ 11,5 milhões
O sumiço do vaidoso Aécio Neves não se deve a problemas no seu partido – que se travestia de ético, mas era um ninho bem sujo e hoje coloca a espécie em extinção. Ainda de acordo com a matéria da Folha, “o clima no PSDB se apaziguou. No mês passado, a executiva comandada pelo paulista Geraldo Alckmin decidiu arquivar um pedido de expulsão do mineiro, em uma espécie de ‘operação panos quentes’”.
O maior problema do atual deputado, que perdeu força política e foi descartado pela cloaca burguesa e até pelos ex-amigos golpistas, é que não param de surgir vazamentos sobre sua “brilhante” carreira. Desde maio de 2017, quando Joesley Batista, dono da JBS, gravou um áudio em que o tucano pedia R$ 2 milhões e ainda falava em matar delatores e outros absurdos, “as denúncias se somariam e a estratégia de Aécio Neves foi a de se manter longe dos holofotes” – confirma a Folha.
A estratégia aparentemente tem dado resultado. Até agora, o grão-tucano segue impune. Na semana passada, a Justiça de Minas Gerais determinou a extinção de um processo que ordenava o bloqueio de R$ 11,5 milhões em bens do ricaço mineiro. Na generosa sentença, o juiz Rogério Santos Araújo Abreu, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte, atendeu a um pedido da defesa de Aécio Neves, que apontou prescrição das denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Estado.
De acordo com as acusações do MP-MG, o ex-governador realizou 1.424 deslocamentos aéreos de janeiro de 2003 a março de 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado. Destes, apenas 87 tiveram justificativas. Os demais foram feitos para transporte de passageiros que não foram identificados no momento dos voos. Depois se soube que o grão-tucano, metido a playboy, usou as aeronaves para deslocar jogadores, artistas e outras celebridades midiáticas, principalmente da TV Globo.
Segundo as denúncias, 116 desses voos foram feitos para o aeroporto de Cláudio, cidade a 150 quilômetros de Belo Horizonte que é reduto eleitoral da famiglia Neves. Ele foi construído dentro da fazenda de um tio do ex-governador e consumiu quase R$ 14 milhões dos cofres públicos durante a gestão “moderna e eficiente” de Aécio Neves. O playboy ainda fez 124 viagens ao Rio de Janeiro durante o seu governo, tanto à capital como a outras cidades fluminenses, como Búzios e Angra dos Reis. E há também seis viagens para Florianópolis, onde morava a namorada e atual esposa do deputado mineiro, a ex-modelo Letícia Weber.
Distante dos holofotes da mídia, o vaidoso tucano que hoje se esconde como um rato escapou de mais essa ação na Justiça, sempre tão imparcial e implacável.
Em tempo: No início de março último, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal também decidiu bloquear R$ 1,7 milhão em bens de Aécio Neves e o mesmo valor da sua irmã, a ex-toda-poderosa Andrea Neves. O bloqueio decorreu da ação penal em que os dois são réus sob a acusação de pedir e receber R$ 2 milhões em propina da JBS. A tendência, porém, é que esse processo – além de outros três inquéritos no STF derivados da delação da Odebrecht – também vire pó!
Em uma nota minúscula publicada nesta sexta-feira (19), a revista Época tratou do sumiço de Aécio Neves, o grão-tucano que ajudou a atolar o Brasil na instabilidade política após perder as eleições presidenciais de 2014, sendo um dos responsáveis pela cavalgada golpista que derrubou Dilma Rousseff, alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer e permitiu a ascensão fascista no país com a vitória do miliciano Jair Bolsonaro. Segundo revelou o jornalista Guilherme Amado:
“Fugindo de qualquer holofote, Aécio tem recorrido a uma passagem discreta para entrar no plenário da Câmara Federal. Ele atravessa uma copa de cozinha e passa por dentro da TV Câmara para alcançar uma pequena escada em espiral que dá no plenário. Assim, não tem de pisar no lotado Salão Verde, onde ficaria exposto ao público”.
O sumiço do mais famoso golpista tucano – que parece ter virado pó, chegando ao fim da carreira e não aspirando mais nada – já havia sido motivo de outras reportagens. Em meados de março, a Folha publicou uma picante matéria sobre o candidato derrotado do PSDB que teve o apoio indireto da famiglia Frias, dona do jornal:
“Na segunda semana de trabalhos da Câmara, durante uma das votações, o deputado federal Aécio Neves entrou sozinho no plenário para marcar presença... Para quem frequentou a Casa de 1987 a 2002 e a presidiu por um ano (2001-2002), o ambiente mudou. Dragado pela Operação Lava-Jato, Aécio perdeu o protagonismo de quem, por uma diferença de 3,5 milhões de votos, não se elegeu presidente da República. Agora, a palavra é discrição. Não sem motivos”.
“Uma semana antes, no dia 1º de fevereiro, o tucano e os outros 512 deputados federais eleitos foram tomar posse. Só ele foi vaiado ao ter o nome anunciado ao microfone. Aécio votou rapidamente na eleição da Mesa Diretora e disparou pelo salão verde em direção a seu gabinete, escondido no térreo do prédio principal. O ritual se repetiria nas semanas seguintes”.
“São raros os momentos em que o tucano é visto pelos corredores ou mesmo em plenário. Segundo colegas, ele tem evitado comparecer até a reuniões da bancada tucana na Câmara. Quando decide ir, chega com ela em curso e vai embora antes do fim. Só se manifesta se questionado”.
Justiça extingue bloqueio de R$ 11,5 milhões
O sumiço do vaidoso Aécio Neves não se deve a problemas no seu partido – que se travestia de ético, mas era um ninho bem sujo e hoje coloca a espécie em extinção. Ainda de acordo com a matéria da Folha, “o clima no PSDB se apaziguou. No mês passado, a executiva comandada pelo paulista Geraldo Alckmin decidiu arquivar um pedido de expulsão do mineiro, em uma espécie de ‘operação panos quentes’”.
O maior problema do atual deputado, que perdeu força política e foi descartado pela cloaca burguesa e até pelos ex-amigos golpistas, é que não param de surgir vazamentos sobre sua “brilhante” carreira. Desde maio de 2017, quando Joesley Batista, dono da JBS, gravou um áudio em que o tucano pedia R$ 2 milhões e ainda falava em matar delatores e outros absurdos, “as denúncias se somariam e a estratégia de Aécio Neves foi a de se manter longe dos holofotes” – confirma a Folha.
A estratégia aparentemente tem dado resultado. Até agora, o grão-tucano segue impune. Na semana passada, a Justiça de Minas Gerais determinou a extinção de um processo que ordenava o bloqueio de R$ 11,5 milhões em bens do ricaço mineiro. Na generosa sentença, o juiz Rogério Santos Araújo Abreu, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte, atendeu a um pedido da defesa de Aécio Neves, que apontou prescrição das denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Estado.
De acordo com as acusações do MP-MG, o ex-governador realizou 1.424 deslocamentos aéreos de janeiro de 2003 a março de 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado. Destes, apenas 87 tiveram justificativas. Os demais foram feitos para transporte de passageiros que não foram identificados no momento dos voos. Depois se soube que o grão-tucano, metido a playboy, usou as aeronaves para deslocar jogadores, artistas e outras celebridades midiáticas, principalmente da TV Globo.
Segundo as denúncias, 116 desses voos foram feitos para o aeroporto de Cláudio, cidade a 150 quilômetros de Belo Horizonte que é reduto eleitoral da famiglia Neves. Ele foi construído dentro da fazenda de um tio do ex-governador e consumiu quase R$ 14 milhões dos cofres públicos durante a gestão “moderna e eficiente” de Aécio Neves. O playboy ainda fez 124 viagens ao Rio de Janeiro durante o seu governo, tanto à capital como a outras cidades fluminenses, como Búzios e Angra dos Reis. E há também seis viagens para Florianópolis, onde morava a namorada e atual esposa do deputado mineiro, a ex-modelo Letícia Weber.
Distante dos holofotes da mídia, o vaidoso tucano que hoje se esconde como um rato escapou de mais essa ação na Justiça, sempre tão imparcial e implacável.
Em tempo: No início de março último, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal também decidiu bloquear R$ 1,7 milhão em bens de Aécio Neves e o mesmo valor da sua irmã, a ex-toda-poderosa Andrea Neves. O bloqueio decorreu da ação penal em que os dois são réus sob a acusação de pedir e receber R$ 2 milhões em propina da JBS. A tendência, porém, é que esse processo – além de outros três inquéritos no STF derivados da delação da Odebrecht – também vire pó!
A Tucanalha sempre está acima da Lei !!!😬😈😈😈🐀🐀🐀São ratos que sabem lidar com esgoto.
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